TEOLOGIA EM FOCO

segunda-feira, 21 de abril de 2014

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

1ª Co 15.14 “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé”.

De todas as religiões existentes no mundo, o cristianismo é a única que teve seu fundador ressurreto. De fato, os primeiros apóstolos demonstravam a autenticidade do cristianismo baseado no fato da ressurreição do Senhor Jesus Cristo. É interessante notar que a maioria das mensagens apresentadas no livro de Ato enfatiza a morte, sepultamento e ressurreição (At 1.22; 4.33; 17.18-31).

Paulo mostra que o fato histórico da ressurreição de Cristo é fundamental ao Evangelho. Sem um Cristo ressurreto, não teríamos Evangelho nenhum para anunciar! “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã a nossa fé. Se mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo perecem”. (1ª Co 15.14,17-18).

Paulo confessou abertamente que a ressurreição de Cristo era um fato absolutamente fundamental à sua pregação, pois sem essa ressurreição, não havia mensagem alguma de salvação e nem esperança para se pregar.

I. O FUNDAMENTO DO CRISTIANISMO – A RESSURREIÇÃO HISTÓRICA

O fundamento da igreja cristã é a confiabilidade da ressurreição de Jesus Cristo. Como observamos antes, o apóstolo Paulo disse: "Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permanecereis nos vossos pecados" (1ª Co 15.17). Este é um fato extremamente poderoso. A igreja cristã não é uma religião filosófica como o hinduísmo, o budismo, ou as várias e "novas espiritualidades". Em vez disso, ela está ligada a uma questão extraordinariamente central – que a ressurreição de Jesus é um fato histórico!

Não dizemos que a ressurreição de Jesus Cristo seja a única questão teológica importante no cristianismo; longe disso. A crucificação de Jesus foi o evento que propiciou a salvação (foi o sacrifício) para aqueles que possuem um relacionamento pessoal com Ele. No entanto, foi a ressurreição de Jesus que confirmou a reivindicação profética de que Ele era o Filho de Deus – o Messias – e venceria a morte para que pudéssemos ter a vida eterna. Apenas Deus poderia realizar esta ressurreição. Era absolutamente necessário que isto acontecesse a fim de que a promessa de salvação tivesse um significado e uma importância incomensurável. Nenhum outro líder religioso fez algo semelhante. A ressurreição fez os primeiros discípulos se alegrarem por saber que Jesus era quem dizia ser, e que a vida eterna estava assegurada. A ressurreição deu aos discípulos a confiança necessária para enfrentarem a morte alegremente, sabendo que existia uma maior recompensa para eles, no céu.

Devido ao fato de o cristianismo ser baseado em um evento histórico que demonstra a divindade de Jesus, ele é muito diferente de qualquer outra religião. O cristianismo pode ser testado e confirmado por este único evento histórico – a ressurreição. Se isso ocorreu, então Jesus é de fato o Senhor e Salvador. Se não ocorreu, Ele não o é.

O meio de provar qualquer evento histórico desse tipo é através de provas "legais" – isto é, a prova pelo depoimento das testemunhas e também por outras provas que são frequentemente circunstanciais, a saber, as evidências.

Há um grande número de depoimentos de testemunhas de que a ressurreição ocorreu. Este conjunto de provas foi proporcionado por muitas testemunhas, incluindo os discípulos que tiveram uma mudança radical de atitude ao se tornarem ousados defensores e divulgadores de Cristo, imediatamente após a ressurreição do Senhor.

II. EVIDÊNCIA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

A ressurreição de Jesus como um evento real e histórico tem sido a pedra de esquina do cristianismo através dos séculos. O fato de que isso é crido por inúmeras pessoas por uma sucessão ininterrupta de gerações, tem dado pouca oportunidade para o surgimento de repentinos “mitos de Jesus” ou lendas. Além disso, sempre podemos comparar a crença moderna com milhares de escritos antigos do Novo Testamento, e com escritos não-cristãos, para verificar a coerência de vários relatos e garantir a exatidão histórica na doutrina e nas crenças.

Diferente de outras religiões, o cristianismo é baseado em fatos históricos. Ele não é uma filosofia ilusória. Se a ressurreição de Jesus nunca tivesse acontecido, não haveria absolutamente nenhuma base para a igreja cristã. Ela não existiria. Como vimos, há uma história contínua da igreja sem interrupção. Podemos voltar ao passado recorrendo aos documentos mais antigos da igreja (primeiros manuscritos do Novo Testamento) e encontrar o dogma essencial da igreja, que permanece o mesmo.

Os muitos mártires da fé cristã morreram todos por essencialmente uma coisa – defender o fato histórico de que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. Os inimigos da igreja esperavam que a execução dos líderes da igreja fizesse a expansão do cristianismo cessar. Em vez disso, aumentou a determinação dos cristãos e fornece evidências pungentes da historicidade da ressurreição de Jesus às gerações posteriores.

III. CRISTO FALA DA SUA RESSURREIÇÃO

Em Jo 2.19 Jesus diz aos seus ouvintes: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei”. Cristo mesmo afirmou que Sua futura ressurreição seria o sinal pedido pelos judeus.

IV. O VALOR DA RESSURREIÇÃO

Cristo considerou tão importante a Sua ressurreição que permaneceu quarenta dias na terra após ressuscitar para apresentar e mostrar muitas provas incontestáveis. At 1.3 a estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.

Não somente os crentes em Jesus consideram o fato da ressurreição de Cristo como de suprema importância de sua fé, também os inimigos de Cristo se puseram desmentir esse acontecimento, destruiria pela base a fé cristã.

A recusa de muitos em admitir e confessar o fato da ressurreição não é novidade do século XX, pois tal atitude se manifestou logo após a ressurreição do Mestre! Lemos em Mt 28.12-15 diz: “Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dEle e o roubaram, enquanto dormíamos. Caso isso chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança. Eles, recebendo o dinheiro fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até o dia de hoje”.

Outros indivíduos, não querendo admitir o fato da ressurreição, preferem acreditar que Jesus apenas desmaiou, mas não morreu. Tal teoria não convence as pessoas de mente sadia e bem intencionadas, o mesmo Cristo reapareceu em pleno vigor físico e mental; não estado de fraqueza ou semi-inconsciência. Além disso, os mesmos soldados que crucificaram Jesus cravaram uma lança no Seu lado esquerdo, e observaram que das Suas feridas saíram sangue e água, do qual João foi também testemunha ocular (Jo 19.34-35).

Os fisiologistas dos nossos dias são unânimes em declarar que tal efusão de água e sangue dos órgãos vitais do corpo resulta da morte do organismo previamente ocorrida.

Outros críticos incrédulos preferem dizer que Jesus apareceu apenas em espírito. Porém Jesus fez questão de comer na presença de muitas testemunhas após Sua ressurreição, comprovando assim a qualidade física do seu corpo ressurreto. Vejamos o que Jesus diz em Lc 24.39 “Vede as minhas mãos e os meus pés, que Sou Eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho”.

É mais correto concluir que aqueles que não creem, nem aceitam a ressurreição corporal do Senhor Jesus Cristo, adotam tal atitude para por meio dela tentarem acalmar sua consciência e daí evitarem a responsabilidade de responder à chamada pessoal e insistente de Jesus Cristo em seus corações, para que creiam no Evangelho, se arrependam, abandonem as vis imaginações humanas, as heresias e recebam a salvação que Jesus lhes oferece graciosamente.

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com.br

FONTE DE PESQUISA

1.       BÍBLIA PENTECOSTAL. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida - Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
2.       BÍBLIA SHEDD. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri - SP.
3.       BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida 1995. Sociedade Bíblica do Brasil. Barueri - SP.
4.       BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, R.C. CPAD.
5.       BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Revista e Corrigida, S.B. do Brasil.
6.       Cristologia – EETAD.
7.       Dicionário Teológico Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD.
9.       Pequena Enciclopédia Temática da Bíblia CPAD – Geziel Gomes.


sábado, 12 de abril de 2014

O JULGAMENTO DE JESUS

I. JESUS E OS FARISEUS

 “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram!” (Lc 13.34).

A tristeza e as lágrimas (cf. Lc 19.41) de nosso Senhor, por causa da rebeldia de Jerusalém, evidenciam a livre vontade do homem de resistir à graça e à vontade de Deus.

Deus fez tudo pelo Seu povo, mas este rejeitou a Jesus. A entrada a Jerusalém deveria ser triunfal; todavia foi motivo de lamentação e maldição por causa da incredulidade.

A salvação dos judeus não tem outro caminho senão a confissão do Senhor Jesus Cristo, reconhecendo-o como Salvador e Filho de Deus. Os líderes religiosos terão de participar do júbilo das multidões, descrito em Mt 21.9, e não confiar na sua própria religiosidade.

Jesus, desde o início, havia perturbado o estabelecimento judaico. Para começar, ele era irregular para os judeus, embora fosse Rabi. Além disso, Ele chamado sobre si mesmo a controvérsia por causa do seu comportamento provocante, confraternizando com gente de má fama, festejando em vez de jejuar, e profanando o sábado por meio de curas. Não estando contente com as tradições dos anciões, ele havia, na realidade, rejeitado um grupo, e tinha também criticado aos fariseus por exaltarem a tradição, colocando-a acima da Escritura. Eles se importavam mais com os regulamentos tradicionais do que com as pessoas, mais com a purificação cerimonial do que com a pureza moral, mais com as leis do que o amor. Ele até mesmo havia denunciado como “hipócrita”, chamando-os de “guias de cegos”, e comparando-os a “sepulcros caídos, que por fora se mostravam belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia (Mt 23.1-27). Essas foram acusações intoleráveis. Pior ainda, Jesus estava minando a autoridade deles. Ao mesmo tempo Ele fazia afirmações ultrajantes acerca de ser o Senhor do sábado, conhecer Deus como Seu Pai, até mesmo ser igual a Deus. Para os fariseus, era blasfêmia.


Ele até mesmo havia denunciado como “hipócrita”, chamando-os de “guias de cegos”, e comparando-os a “sepulcros caídos, que por fora se mostravam belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia (Mt 23.1-27). Essas foram acusações intoleráveis. Pior ainda, Jesus estava minando a autoridade deles. Ao mesmo tempo Ele fazia afirmações ultrajantes acerca de ser o Senhor do sábado, conhecer Deus como Seu Pai, até mesmo ser igual a Deus. Para os fariseus, era blasfêmia.


De modo que estavam cheios de indignação auto-justificada para com Jesus. Sua doutrina era herética. Seu comportamento era uma ofensa a lei sagrada. Ele desviava o povo das tradições dos anciões. Eles os odiavam e tinham grande ciúme porque a multidão lhes seguia. Foram estes os motivos para prender Jesus.

Os dirigentes judaicos ficaram furiosos com sua atitude desrespeitosa para com a lei e com suas reivindicações provocadoras. Os judeus fizeram uma aliança maligna (fariseus e saduceus) a fim de acusarem com falsas testemunhas contra Cezar.

Quando Jesus e Seus discípulos comeram sem lavar as mãos, os fariseus o acusarão de quebrar as tradições dos anciões, conforme Mateus capitulo 15.

Os judeus consideravam os samaritanos uma classe inferior de pessoas nem se quer, podiam cumprimentar, ou conversar com um samaritano, mas Jesus não somente conversou, mas passou a falar com a mulher samaritana no poço de Jacó, discutindo a vida inteira dela, e como poderia transformá-la. A mulher samaritana ao conhecer Jesus foi até a cidade anunciará que havia encontrado o Messias.

Os homens até podem ter êxito em preservar um pouco de sua retidão no desempenho do dever público e religioso, mas por traz dessa fachada espreitam emoções violentas e pecaminosas, as quais estão ameaçando a explodir. Os evangelistas expõem esses pecados secretos dos líderes relógios da época de Jesus.

Jesus sabia que ia morrer por cauda da hostilidade dos líderes nacionais judaicos. Parece que esta hostilidade fora despertada bem cedo durante o Seu ministério. A Sua atitude no descumprimento da lei em geral, e para com o Sábado em particular, os enraivecia. Quando Ele insistiu em curar numa sinagoga, no dia de Sábado um homem que tinha a mão ressequida, Marcos nos diz que: “retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra Ele, em como lhe tirariam a vida” (Mc 3.6).

Jesus deve ter percebido a intenção deles. Ele também conhecia o registro da perseguição dos profetas fies no Antigo Testamento. Embora soubesse que era mais do que profeta, ele também sabia que não teria tratamento melhor por parte dos fariseus. Ele era uma ameaça à posição e preconceito dos líderes.

II.     JESUS PASSOU POR TRÊS JULGAMENTOS

Jesus enfrentou dois inquéritos preliminares nas casas de Anãs (cf. Jo 18.19-23) e Caifás, o sumo sacerdote (Lc 22.54; Jo 11.49), e finalmente, depois do amanhecer (para ser legal), diante do Sinédrio. Este tribunal não podia aplicar a pena capital sem autoridade do procurador romano (cf Jo 18.31).

Quando os líderes judaicos levaram Jesus a Pilatos O acusaram dizendo: “Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, o Rei” (Lc 23.2).

Procuram a única acusação formal que pesaria perante Pilatos. Admitir que fosse rei implicaria que Cristo estava em rebelião contra o estado. O Sinédrio não debate agora o ponto de vista para descobrir a verdade, mas para arrancar uma confissão condenatória. Para os interessados Jesus podia mostrar, pelas profecias messiânicas, quem Ele era (Lc 24.44).

Pilatos estava convicto da inocência de Jesus. Ele obviamente ficou impressionado com a nobre conduta, com o domínio próprio e a inocência política de Jesus. Pilatos os ouviu, fez algumas perguntas a Jesus, e depois de uma audiência preliminar anunciou: “Não vejo neste homem crime algum” (Lc 23.4).

Pilatos, ao ouvir que Jesus era da Galiléia, e, portanto, estar sob a jurisdição de Herodes, enviou-o ao rei para julgamento, esperando transferir a ele a responsabilidade da decisão. Herodes, porém, devolveu Jesus sem sentença (Lucas 23.5-12).

Pilatos disse aos sacerdotes judaicos e ao povo: “apresentaste este homem como um agitador do povo, mas tendo interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes que acusais. Não tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar. È, pois claro que nada contra ele se verificou digno de morte”.

Na semana da Páscoa era costume dos judeus soltar um preso e crucificar outro. Nesta hora Barrabás está preso porque era criminoso e Jesus sendo inocente está diante do sinédrio e de Pilatos aguardando a Sua hora. E então Pilatos então pergunta a Caifás: “A quem devemos soltar: Jesus o Messias e Rei dos Judeus ou Barrabás, o prisioneiro? E este respondeu: Solte Barrabás e crucifique Jesus”. Então o povo gritou: solte Barrabás e crucifique Jesus.

Pilatos pergunta ao povo por três vezes. Que mal fez este? De fato nada achei contra ele para condená-lo à morte. A convicção pessoal do procurador acerca da inocência de Jesus foi confirmada pela mensagem enviada por sua mulher: “Não te envolva com esse justo; porque hoje, em sonhos, muito sofri por seu respeito” (Mt 27.19).

Jesus o Filho de Deus sendo julgado inocentemente pelas autoridades, foi trocado por um mau feitor, um bandido e ladrão. Foi Ele condenado à morte pelos religiosos da época que valorizaram mais um bandido do que o Filho de Deus.

Pilatos tentou protestar sua inocência. Tomando água, lavou as mãos na presença do povo, dizendo: “Estou inocente do sangue deste justo” (Mt 27.24).

Agora devemos passar além dos detalhes da traição e da prisão de Jesus, seus julgamentos perante Anás e Caifás, Herodes e Pilatos, as negações de Pedro, a zombaria cruel dos sacerdotes e soldados, a malevolência e o açoite, e a história da multidão que exigiu a sua morte.



Pilatos, então O entregou nas mãos dos soldados para ser açoitado. Desde Sua prisão começaram a espancar, a esbofeteado, cuspir. Vedaram Seus olhos e batiam insultando: “Se tu és o Filho de Deus nos diga quem te bateu”. O corpo do nosso salvador ficou todo riscado pelos açoites, e Seu sangue marcava o chão pelas chicotadas que os carrascos lhes davam. Aquele homem forte, bonito, humilde, justo, sincero, amoroso ficou transfigurado e irreconhecível, conforme relata o profeta messiânico (Isaías 53.1-10).

Lá no alto da cruz Ele bradou com alta voz: “está consumado”; “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”! Jesus na cruz proclama o grito da vitória. Foi para sempre consumado. Percebemos a realização que Jesus reivindicou logo antes de morrer. Não foram homens que consumaram sua ação brutal; foi Ele que realizou o que veio ao mundo realizar. Ele levou os pecados do mundo. Deliberada, livre e perfeitamente em amor Ele suportou o juízo em nosso lugar. Na cruz Ele declarou a nossa salvação, estabelecendo uma “Nova Aliança” entre Deus e a humanidade, e tornou disponível a principal benção da aliança, o perdão dos pecados. Imediatamente a cortina do templo, que durante séculos tinha simbolizado a alienação dos pecadores de Deus, rasgou-se de alto a baixo, a fim de demonstrar que Deus havia destruído a barreira do pecado, e aberto o caminho à sua presença.

Trinta e seis horas mais tarde, Deus ressuscitou a Jesus dentre os mortos. Aquele que havia sido condenado à morte em nosso lugar foi publicamente vindicado em sua ressurreição. Foi a demonstração decisiva de Deus de que Jesus não havia morrido em vão.

Jesus foi executado publicamente como um criminoso. Achavam que as doutrinas que ele ensinava eram perigosas até mesmo subversivas. Foi um julgamento inocente, uma morte angustiante. A sentença que era contra nós, Jesus pagou na cruz do Calvário. Fomos justificados pela sua morte.

“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós que estáveis longes, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenança, para que dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Ef 2.13-16).

Ele perdoou todos os nossos delitos, não importando o tamanho deles. Por isso não estamos mais sob o jugo das antigas normas legais e tradições dos homens. A condição para ganhar o céu é crer no sacrifício de Jesus, arrepender-se dos seus pecados e ter uma nova vida e perfeita com Cristo, que é o novo nascimento e uma vida separada do pecado que é a santidade. O que era impossível ao homem, pelas leis judaicas e as tradições dos homens, Jesus fez por amor a nós.
Muitos não compreendem a supremacia do amor e da graça de Cristo. Deus podia com justiça, ter-nos abandonado ao nosso próprio destino. Ele podia ter-nos deixados sozinhos para colhermos o fruto de nossos erros e perecermos em nossos pecados. É isso o que merecíamos. Mas Ele não nos abandonou, por causa de Seu amor por nós, ele veio procurar-nos em Cristo. Ele foi ao encalço até mesmo na desolada cruz, onde levou o nosso pecado a nossa culpa, o nosso juízo e a nossa morte. É preciso que o coração seja duro e de pedra para não se comover face a um amor como esse. É mais do que amor. Seu nome correto é “graça”, que o amor aos que não merecem.

A salvação de Cristo é um dom gratuito. Ele a “comprou” para nós com o alto preço de Seu próprio sangue. Quando Jesus bradou la no alto cruz dizendo “está consumado”, nada há com que possamos contribuir. Não, é claro, que agora temos a permissão de pecar e podermos sempre contar com o perdão de Deus. Pelo contrário, a mesma cruz de Cristo que é o fundamento de uma salvação gratuita, é também o incentivo mais poderosos a uma vida santa. Mas essa nova vida vem depois. Primeiro, temos de nos humilhar aos pés da cruz, confessar que pecamos e nada merecemos de suas mãos a não ser o juízo, agradecer-lhe por Seu amor profundo, e receber dele um perdão completo e gratuito. Contra essa humilhação própria e nosso orgulho pelas tradições, se rebelamos contra o nosso Deus. Ressentimos a ideia de que não podemos ganhar, nem mesmo contribuir para a nossa própria salvação. De modo que tropeçamos, como disse Paulo, na pedra de tropeço da cruz, quando exigimos santidade pelas normas humanas.

“Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó” (Lc 20.18).

Cair, tropeçar em Cristo, na cegueira espiritual, trará despedaçamento nesta vida pelo julgamento divino. Temos como exemplo a destruição de Jerusalém em 70 d. C. Mas se os religiosos persistirem na dureza de coração até passar o dia da graça, Cristo os levará ao juízo final como a palha soprada por um temporal.

A morte vicária de Cristo satisfez as exigências da lei quanto a morte pelo pecado. Há porém, uma segunda exigência que precisa ser cumprida para levar o homem ao céu. A obediência perfeita a Santa Palavra de Deus (Rm 10.5; Gl 3.12).

Jesus pagou nossa divida com Sua morte na cruz do Gólgota, e com Sua morte Ele abriu o Caminho para o céu. Agora todos são chamados para entrar por este caminho: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28) . Esse Caminho é Jesus. No Evangelho segundo João Ele Diz: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Ele é o novo Caminho: “Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hb 10.20).

Pr. Elias Ribas

1.      TACITUS. Annals. Texto estabelecido, traduzido e comentado por A. J. Woodman. Indianapolis/Cambridge: Hackett Publishing Company, Inc., 2004. http://sm.claretiano.edu.br/upload/4/revistas/sumario/pdf/31.pdf
2.      História e Bíblia. UMA PONTE PARA O CONHECIMENTO. Disponível: http://historiaebiblia.blogspot.com.br/2010/01/nero-o-incendio-de-roma-e-perseguicao.html
3.      HECTOR OMAR NAVARRO, Conheça os dogmas do Catolicismo, 3ª Edição, Editora Hon, Uruguaiana RS.
4.       RAIMUNDO OLIVEIRA, Heresiologia – 2ª Edição – EETAD, São Paulo SP.
5.       RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.






domingo, 23 de março de 2014

TESTEMUNHAS CONFIRMAM A DEIDADE DE CRISTO



Desde cedo o judeu era instruído a ouvir: “Ouve, Israel, o Senhor Deus é o único Senhor” (Dt 6.4) Estamos informados de que depois do cativeiro da Babilônia nunca mais a nação israelita se entregou à idolatria. Ainda que Israel como uma nação tivesse muitas falhas, quando Jesus começou o seu ministério, a idolatria e politeísmo não se evidenciam entre elas. Diante deste fato histórico, destaca-se a importância do culto divino que os judeus convertidos prestavam a Cristo, o que não fariam se tivessem dúvida da sua divindade.

I. NO INÍCIO

Antes que tratemos do culto que os homens prestam a Cristo vamos notar que no eterno passado na ordem divina; Hb 1.6 “todos os anjos de Deus o adorem”. “Depois de seu nascimento os magos vieram do Oriente a Jerusalém e depois a Belém”. Mt 2.11 “Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se O adoraram”. João Batista deu testemunho da divindade de Jesus quando disse: “Pois eu de fato vi e tenho testificado que Ele é o Filho de Deus” (Jo 1.34).

II. O POVO

Notemos o que o povo que o conhecia dizia d’Ele. O cego de nascença depois de curado e de Cristo se revelar a ele afirmou: “... creio, Senhor, e o adorou” (Jo 9.38). O leproso aproximou-se d’Ele “O adorou” (Mt 8.2). O mesmo fez Jairo (Mt 9.18), e ainda a Cananéia (Mt 15.25). Maria, irmã de Lázaro, disse: “... eu te tenho crido que Tu és Cristo, O Filho de Deus que devia vir ao mundo” (Jo 11.27).

III. OS DISCÍPULOS

O apóstolo Pedro faz pelo menos duas declarações quanto a deidade de Jesus.

Em Mt 14.33, na ocasião em que Pedro andou por sobre o mar com Jesus, os discípulos que ficaram no barco o adoraram, dizendo: “Verdadeiramente és o Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”.

Jo 20.28 “e nós temos crido e conhecido que Tu és o Santo Deus”. Mt 16.16 “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Tomé não mais duvidando da ressurreição do Senhor, exclamou em Jo 20.28 dizendo: “Senhor meu e Deus meu!”. Finalmente João escreve concernente ao seu Evangelho (Jo20.31).“... estes, porém, foram registrados para que creias que Jesus é o Cristo o Filho de Deus”.

VI. OS DEMÔNIOS E OS ÍMPIOS

Em várias ocasiões, os próprios demônios confessaram: “Tu és o Filho de Deus” (Lc 4.41; 8.28 e Mc 3.11). Também os soldados romanos disseram: “Verdadeiramente este era Filho de Deus” (Mt 27.54).

V. DEUS O PAI

Depois de Cristo ser batizado no rio Jordão por João Batista, Deus o Pai falou dos céus dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). Também no monte da transfiguração de novo o Pai falou: “Este é o Meu Filho amado: a Ele ouvi” (Mc 9.7).

VI. O TESTEMUNHO DAS ESCRITURAS

Muitas declarações a respeito de Jeová no Antigo Testamento, são afirmadas e interpretadas no Novo Testamento, referindo-se profeticamente a Cristo. Compare as citações bíblicas da coluna à esquerda com a direita.

Is 40.3-4 “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro serão abatido: e o que está torcido se endireitará, e o que é áspero se aplanará”.

Lc 1.68-70 “Bendito o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo. 69 E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi seu servo. 70 Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo. 76 E Tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar o Seu caminho”.

Êx 3.14 “E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós”. Jo 8.58 Disse-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse EU SOU”.

Jr 17.10 “Eu, sou o Senhor, esquadrinho o coração, Eu provo os rins: e isto para dar a cada segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações”.

Ap 2.23 Jesus diz: “E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que Eu Sou aquele que sonda os rins e os corações”.

Sl 2.1 “O Senhor é meu Pastor e nada me faltará”.

Jo 10.11 “Eu Sou o bom Pastor: o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. 1ª Pe 5.4 “E quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória”.

Is 11.2 “E repousará sobre Ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. Mt 3.16 “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele”. Jo 1.32-33 E João testificou, dizendo: “Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba, e repousou sobre Ele”.

Dt 6.16                                          Mt 4.7

Ez 31.11-12                                   Lc 19.10

 Pr. Elias Ribas

quarta-feira, 19 de março de 2014

JESUS CRISTO VERDADEIRO HOMEM VERDADEIRO DEUS


Mateus 13.58 “E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles”.
 
A Natureza do Miraculoso.
Visto que o termo milagre é popularmente aplicado a ocasiões incomuns, até mesmo por aqueles que professam não acreditar no sobrenatural, nem sempre é fácil atribuir o verdadeiro significado bíblico à palavra. É provável que a definição mais simples seja. “Uma interferência na natureza por um poder sobrenatural” (C.S Lewis, Miracles, p.15). Uma definição de Machen também é útil. “Um milagre é um evento no mundo exterior, que é trabalhado pelo poder imediato de Deus” (J. Gresham Machen, The Christian View of Man, p.117). Com isto ele quer dizer que uma obra Divina é milagrosa quando Deus “não usa meios, mas utiliza o seu poder criativo, como o utilizou quando fez todas as coisas a partir do nada” (loc. cit.). Em outras palavras, um milagre acontece quando Deus dá um passo para fazer algo além do que poderia ser realizado de acordo com as leis da natureza, do modo como a entendemos, e que na verdade pode estar em desacordo com elas e ser até uma violação delas. Além disso, um milagre está além da capacidade intelectual ou científica do homem.

Termos Gregos.
Quatro palavras gregas aparecem nos Evangelhos para descrever as obras sobrenaturais do Senhor Jesus. teras (traduzido como “maravilha”) fala do seu caráter extraordinário; sēmeion (“sinal”) simboliza a verdade Celestial e indica a imediata conexão com um mundo espiritual mais elevado; dynamis (“poder”) descreve um exercício de poder Divino e demonstra o fato de que forças superiores penetraram e estão trabalhando neste nosso mundo inferior; ergon (“trabalho”) se refere aos feitos miraculosos que Cristo veio realizar. Os primeiros três desses termos estão reunidos em Atos 2.22. “A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas [ou milagres, dynamesi], prodígios [terasi] e sinais [sēmeiois], que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis” (veja W. Graham Scroggie, A Guide to the Gospels, pp.203-204).

O Propósito dos Milagres.
Alguns tendem a ver os milagres como eventos isolados na vida dos profetas ou do Senhor Jesus Cristo. Presumivelmente, o desespero medonho de uma pessoa, a seriedade de uma situação, ou a iniciativa de Elias ditaram se um milagre deveria ou não ser realizado. Mas os milagres não estão espalhados em uma confusão geral ao longo da Bíblia Sagrada. Eles estão caracterizados em quatro períodos na história bíblica: os dias de Moisés e Josué, Eliseu e Elias, de Daniel, da igreja primitiva, e do próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo. Em cada caso, os milagres serviram para dar crédito à mensagem e ao mensageiro de Deus, em ligações importantes no desenvolvimento da tradição judaico-cristã. Eles também preservaram a verdade de Deus da extinção.

a) Moisés. Moisés era um estranho ao seu povo e precisava de alguns meios para demonstrar que havia sido enviado por Deus para guiá-los, tirando-os da escravidão. Além disso, ele precisava de uma forma de persuadir Faraó a libertar os israelitas escravizados. E é claro, uma vez que Deus guiou os israelitas para fora do Egito, Ele tinha que exercer um poder miraculoso para passar com milhões deles pelo deserto até Canaã.
b) Eliseu. Eliseu e Elias ministraram a Israel em uma época em que a adoração ao bezerro e a Baal ameaçavam exterminar a fé no Deus verdadeiro. Atos milagrosos mostraram que a mensagem dos profetas era verdadeira e digna de crédito, e que o Deus deles era o único Deus verdadeiro. Este fato fica especialmente claro no confronto entre Elias e os profetas de Baal no Monte Carmelo.

c) Daniel. Daniel e seus associados foram impulsionados às posições de liderança, no dia em que o templo e o poder político judeu foram destruídos, e quando uma grande porcentagem de membros e líderes da comunidade hebraica foi exilada da sua terra natal. Muitas questões devem ter passado pela mente dos exilados. Deus não existe mais? Ele estava sempre com eles? Os assírios e babilônios estavam certos quando zombavam, dizendo que o deus deles era mais poderoso do que o Deus dos hebreus? O Deus hebreu era um Deus local capaz de proteger seus adoradores apenas na Palestina? Será que Deus ainda tinha poder, agora que o seu templo estava destruído, e não tinha mais aonde habitar? Daniel e seus associados estavam enganados em sua visão a respeito de Deus e de seu poder? Os milagres realizados na Babilônia responderam várias vezes a todas essas perguntas. O Deus Celestial era o único verdadeiro, universal em seu poder e amoroso em sua terna supervisão para com os seus. Ele honrou o testemunho dos seus servos fiéis; mostrou que a imagem de Nabucodonozor não era nada quando comparada ao seu poder; Ele abateu Belsazar no exato momento em que este ousou profanar as vestes sagradas do templo e ridicularizar a Divindade judaica. Um povo tirado da sua terra natal e de seus padrões normais de adoração precisava de tal demonstração de poder para suportar os seus dias de cativeiro. O fato dos hebreus não se assemelharem à população mesopotâmia, mas manterem a sua nacionalidade distinta, por si só é um milagre. É ainda mais notável que tantos que vieram à Mespotâmia como prisioneiros de guerra e escravos, tenham se tornado proeminentes na sociedade babilônia e persa. Descobertas arqueológicas atestam este fato de uma forma incrível.

d) Jesus. Durante o ministério terreno de Jesus, Ele usou os milagres para demonstrar a sua Divindade, para provar que era o Enviado de Deus, para sustentar o seu Messianato, para ministrar com compaixão às multidões necessitadas, para guiar seus seguidores à fé salvadora, para evidenciar um renascimento espiritual interior (como no caso da cura do paralítico, Mc 2.10,11), e como um auxílio na instrução e preparação de seus discípulos para o ministério que eles estavam prestes a desempenhar (por exemplo, Mc 8.16-21). E também está claro que os milagres da encarnação, ressurreição e ascenção são parte integrante da provisão Divina da salvação para a humanidade.

Depois que o Senhor Jesus Cristo ascendeu ao Céu, os seus discípulos começaram a pregar em seu Nome, interpretando os acontecimentos de sua vida e especialmente de sua morte, escrevendo aos seus convertidos mensagens que traziam em si a autoridade do Espírito Santo.

Então a questão da comprovação (ou da autenticação) surgiu mais uma vez. Eles eram verdadeiros mensageiros de Deus, interpretando corretamente a mensagem e a obra de seu Filho? Os seus pronunciamentos deveriam ser tratados como se fossem inspirados? Os milagres ajudaram a responder estas perguntas de forma afirmativa.

A Plausibilidade dos Milagres
O homem que vive na época da ciência tem dificuldade de aceitar os milagres. Desde o início da nossa época de escola, ficamos impressionados com a lei natural - com a constância ou uniformidade das operações do universo. Quando crescemos e começamos a desenvolver um mundo e uma visão da vida por nós mesmos, um conflito surge entre este ponto de vista sobre a natureza e o sobrenatural. Como podemos resolver esta questão? Podemos aceitar os milagres?

O fundamento para a solução de qualquer problema desta natureza é uma visão adequada de Deus. Uma forma de começar a chegar a este conceito é através de argumentos filosóficos para a existência e a natureza de Deus.

a) Argumento Ontológico. O primeiro deles é o argumento ontológico, aquele que simplesmente afirma e argumenta que o homem tem dentro de si a ideia de um ser perfeito. Se este ser é perfeito, ele deve existir porque a perfeição inclui existência.

Alguns filósofos alegam que é impossível discutir a existência real a partir de um pensamento abstrato; mas Hegel, dentre outros, sentiu que o ontológico era o argumento supremo para a existência de Deus.

b) Argumento Moral. Kant, por outro lado, acreditava que o argumento moral era o mais importante. Começando com o “deve” ou com um imperativo categórico no homem, ele defendia a existência de um ser que tinha o direito absoluto de comandar o homem - um legislador e juiz. Outros expressam este argumento de forma diferente, e sustentam que a ampla divergência entre a conduta do homem e sua presente prosperidade requer um acerto de contas no futuro, o que por sua vez requer um juiz absolutamente justo. Contudo, alguns que utilizam o argumento moral enfatizam que a alma ou o espírito religioso no homem exige um objeto pessoal que seja infinito, ético e que possa ser conhecido.

c) Argumento Cosmológico. Um terceiro argumento é chamado cosmológico ou argumento da casualidade. Cada parte do universo é dependente de algo. Nem mesmo o universo é eterno, mas é um acontecimento, e por isso deve ter uma causa. 

O argumento retorna através da relação de causa e efeito à causa que não foi induzida, e Àquele que é auto-existente. Ao pensarmos na causa do universo, concluímos que: (1) seja qual for a sua causa, o universo é algo real; (2) o próprio universo é uma grande causa que pode ser infinita; (3) esta causa deve ser livre ou autodeterminada; (4) deve ser uma causa única ou unificada; se existissem muitos deuses, eles estariam necessariamente trabalhando juntos.

d) Argumento Teológico. Um quarto argumento é o teológico. Há uma ordem, um ajuste, e um projeto visível em todos os lugares no universo. Existe a evidência de um projetista do universo. A partir deste argumento, podemos concluir que: (1) este Criador deve ter um grande poder; (2) Ele deve ter grande inteligência; (3) a partir de uma inteligência tão grande, podemos concluir que este Glorioso Ser possui a sua personalidade e autoconsciência.

Através de uma cuidadosa consideração, podemos ir mais além nestes argumentos teístas chegando a uma possibilidade, a uma probabilidade, e até mesmo a uma alta probabilidade de um teísmo total: uma crença em um Deus pessoal, sobrenatural, e onipotente. Embora possamos chegar a certezas morais, não poderíamos chegar à verdadeira certeza intelectual sem restar nenhuma dúvida intelectual por parte do indivíduo. A certeza intelectual a respeito de um Deus pessoal e ético só pode ser alcançada através dos fatos da revelação cristã, e, de forma conclusiva, apenas através de uma experiência interior com Deus. Não é razoável concluir que o onipotente projetista do universo não teria poder para revelar a si mesmo, ou que não teria interesse em se revelar às suas criaturas (isto é, através da Palavra escrita, a Palavra Viva).

Uma vez que admitimos a existência de Deus, não podemos negar a sua atividade sobrenatural no universo, no tempo e no espaço. Boettner comenta. “Se a oposição ao sobrenatural for realizada de forma consistente, ela não pode apenas negar os milagres, mas deve levar a pessoa diretamente ao agnosticismo ou ao ateísmo. A pior e mais acentuada inconsistência para o modernista é admitir a existência de Deus e, contudo, negar os milagres registrados nas Escrituras, por considerar que estes se opõem à lei natural. Uma pequena reflexão deveria convencer qualquer um de que uma concepção teística do universo como um todo coloca em risco a crença nos milagres” (Loraine Boettner. Studies in Theology, p. 53).

Porém muitos encontram pouca ou nenhuma ajuda nos argumentos teístas para o estabelecimento dos milagres. Então considere uma outra abordagem. olhe as próprias leis da natureza. O que elas são? Será que elas impedem a possibilidade dos milagres? Quanto ao caráter das leis da natureza, Boettner observa. “Elas não são por si só forças na natureza, mas simplesmente declarações gerais do modo como estas forças atuam, de maneira que possamos ser capazes de observá-las. Elas não são forças que governam toda a natureza forçando a obediência, mas sim meras abstrações sem uma existência concreta no mundo real” (ibid., p. 61).

Nesse mesmo ponto, C. S Lewis conclui. “Temos o hábito de falar como se as leis da natureza induzissem os acontecimentos; mas estes nunca foram induzidos... E estas leis não induzem; elas ditam o padrão a que cada acontecimento – se é isto que está sendo considerado como indução - deve se adequar, assim como as regras da aritmética definem o padrão a que todas as transações com dinheiro devem se adequar – se houver algum dinheiro. Assim, por um lado, as leis da natureza cobrem todo o campo do tempo e do espaço; e, por outro, o que elas deixam de fora é precisamente o universo real e inteiro - uma torrente incessante de eventos que fazem a verdadeira história. Isto deve vir de algum outro lugar. Pensar que as leis podem produzir, é como pensar que você pode criar dinheiro verdadeiro apenas fazendo contas” (Lewis, op. cit., p. 71).

Então deve ficar claro que as leis da natureza são meramente observações da uniformidade ou da constância na natureza. Elas não são forças que dão início à ação. Elas simplesmente descrevem a forma como a natureza se comporta – quando o seu curso não é afetado por um poder superior. No plano humano, observamos uma constante introdução de novos fatores ou forças para interferirem no curso normal da natureza. É contrário às leis da natureza, imensos navios de aço flutuarem, ou aeronaves pesando toneladas voarem. Outros fatores têm sido introduzidos. De acordo com as leis da natureza, produtos químicos misturados em certas quantidades produzirão um composto benéfico para o homem. Se outra força, como o calor ou outro produto químico for introduzido, o resultado pode ser uma explosão ou um veneno mortal.

O homem está constantemente realizando “milagres” à medida que interfere na natureza. Milhares de suas invenções aparentemente violam as leis da natureza. Será que Deus é menos do que o homem? Lewis chegou a uma boa conclusão. “Quanto mais certos estivermos da lei, mais claramente saberemos que se novos fatores forem introduzidos, o resultado variará. O que não sabemos, como cientistas, é se o poder sobrenatural pode ser um desses fatores... O milagre é, sob o ponto de vista do cientista, uma forma de tratar, e até mesmo de falsificar (como alguns preferem), ou mesmo de trapacear. Ele introduz um novo fator na situação, ou seja, a força sobrenatural que o cientista não tinha avaliado” (ibid., pp. 70-71).

Não precisaria haver um conflito básico entre ciência e religião. “A ciência... para a maioria agora, mostrou claramente que procurar descrever uma ordem na natureza não implica em negar um fundamento da natureza” (C. J. Wright, Miracle in History and in Modern Thought, p. 178). Há uma tendência crescente de se reconhecer que a ciência é uma coisa e a religião é outra. A ciência procura descrever o fenômeno e desenvolver novas invenções no mundo físico. Ela tenta responder à pergunta “Como?” A religião procura descrever o fenômeno e ampliar os horizontes no mundo espiritual. Ela busca as razões que estão por trás do fenômeno. Ela se esforça para responder à pergunta “Por quê? A ciência e a religião podem se harmonizar através de uma abordagem inteligente do problema. Fica claro que uma harmonização é possível pelo fato de muitos cientistas proeminentes em nossos dias serem totalmente sobrenaturalistas – crentes em milagres. A dificuldade vem quando os homens “agem sob a hipótese de que os milagres são algo impossível de acontecer”. Assim, uma visão ateísta de mundo se torna o critério da história. Ao invés de examinar o mundo para obter uma visão de mundo, os incrédulos usam as suas visões de mundo para tentar construir a história do mundo, e a história que eles construíram é autocontraditória” (Gordon H. Clark, “The Ressurrection”, Christianity Today, 15 de abril de 1957, p. 19).

Uma defesa dos milagres no final do séc. XX requer um entendimento da opinião e do pensamento moderno. Por algum tempo houve uma tendência de abandonar a posição extrema de uma negação dos milagres. Na virada do século, Adolf Harnack, um grande liberal, escreveu. “Muito do que foi rejeitado anteriormente tem sido re-estabelecido sob uma investigação mais profunda, e à luz da experiência geral. Quem hoje, por exemplo, poderia desprezar ou escrever apenas resumidamente a respeito da obra de curas miraculosas como aquelas que são descritas nos Evangelhos, como faziam os eruditos de antigamente?” (Adolf Harnack, Christianity and History, p. 63). Desde a sua época, estabeleceu-se uma tendência ainda maior nessa direção. O antigo liberalismo não tinha uma mensagem para o mundo que estava convulsionado e chocado devido a duas guerras mundiais, a corrida das armas nucleares, as guerras frias e quentes entre o Ocidente e o Oriente, os constantes conflitos no Oriente Médio, e os desafios da era espacial. Gradualmente, os baluartes do antigo liberalismo desmoronaram diante dos mundos em colisão, e dos ataques da neo-ortodoxia ou do neo-supernaturalismo. A lei da relatividade de Einstein, e outros fatores, modificaram o antigo conceito Newtoniano do universo, e outras variáveis foram introduzidas, o que abriu a porta para um retorno à posição conservadora sobre os milagres.

Isto não significa que o mundo esteja sendo convertido a um cristianismo conservador, mas que a crença em milagres tem sido muito mais intelectualmente respeitada do que costumava ser. Podemos então concluir que uma crença nos milagres não é apenas plausível nos nossos dias, mas que é a única esperança para uma humanidade presa no redemoinho do poder político e de uma iminente guerra atômica. Sem o elemento miraculoso, o cristianismo não teria uma mensagem e nem um consolo para a nossa era. Um Jesus que é simplesmente um mártir da verdade, um príncipe dos filantropos, um modelo de professores éticos, não poderia apresentar aos homens mais do que um idealismo conhecido e desgastado. A única resposta para os mares agitados da vida é um Salvador que possa dizer, “Cala-te, aquieta-te” (Mc 4.39). A única esperança para a vitória sobre o poder de Satanás, é Aquele que os demônios reconhecem e obedecem. A única esperança para o corpo nesta vida e na próxima reside naquele que é o Senhor da vida e da morte. A única esperança para a alma descansa naquele que morreu pelos nossos pecados, ressuscitou e ainda vive para interceder por nós.

Sugestões Para o Estudo dos Milagres
Muitas vezes, não se dá a devida atenção aos milagres, e assim estes são facilmente considerados um fenômeno interessante e dramático. Porém uma investigação cuidadosa dos milagres proverá informações verdadeiramente valiosas para o estudante da Bíblia, e contribuirá para o aumento de seu conhecimento da metodologia de estudo da bíblia. A seguir estão algumas maneiras de abordar os milagres.

1. Classifique os milagres. Por exemplo, eles podem estar organizados de acordo com a demonstração de poder sobre. a natureza, os demônios, as enfermidades, ou as deformidades físicas.

2. Estude-os como uma ferramenta de ensino. Que ponto o realizador do milagre tentava atingir através do milagre?

3. Observe o valor apologético dos milagres; por exemplo, considere-os como uma evidência da Divindade de Cristo. Reconheça o fato de que, em todos os exemplos, as maravilhas que Jesus realizou eram humanamente impossíveis.

4. Veja o que eles revelam sobre a pessoa do realizador do milagre. Alguns fatos bastante perceptíveis através dos milagres de Cristo são: seu poder, compaixão, amor, atitude em relação ao judaísmo, ao governo, e o respeito pelas pessoas.

5. Observe o método ou procedimento obedecido na realização dos milagres. Jesus falou com as três pessoas que Ele ressuscitou. Ele tocou um leproso, e aplicou lodo aos olhos de um cego.

6. Veja o que eles revelam sobre a pessoa pela qual o milagre é realizado. O que eles falam sobre a sua posição social, econômica, sob o seu ponto de vista religioso e a sua gratidão? Que efeito o milagre exerce sobre a vida psicológica e espiritual desta pessoa?
7. Observe as necessidades relativas daqueles que foram beneficiados pelos milagres.

8. Visualize o drama do momento. Desenvolva uma imaginação santificada. Por exemplo, imagine Jairo profundamente ansioso e até mesmo nervoso e inquieto, enquanto o Senhor Jesus, depois do seu pedido, se volta para a mulher que tocou na orla das suas vestes, para tratar de sua hemorragia. Talvez tenha passado pela mente de Jairo um breve pensamento de que, se o Senhor Jesus tivesse se apressado, a sua filha não teria morrido.

A Questão dos Milagres Hoje
Sempre se levanta a questão se a igreja moderna pode desfrutar do mesmo poder de realizar milagres como ocorria no início do NT. Deve-se considerar que Deus é onipotente e pode capacitar os seus para realizar milagres hoje. Apesar de estar claro pela história que Deus parou de operar através de “sinais” no final do NT, os milagres continuam acontecendo. Ocorrências bem comprovadas de curas milagrosas aconteceram e continuam acontecendo em nossos dias. Entre o povo das tribos, estes milagres serviram para comprovar a mensagem e o mensageiro, em sua primeira apresentação do Evangelho. Naquelas mesmas tribos os milagres aparentemente não ocorreram com tanta frequência depois que a igreja se estabeleceu. Isto não significa que os milagres não ocorreram ou não ocorrerão sob outras condições.

O dom de realizar certos tipos de milagres está sempre relacionado à condição espiritual da igreja, e é confirmado que se a igreja dos nossos dias fosse mais espiritual, ela poderia exercer os dons como fez a igreja do primeiro século. Veja, entretanto, que a igreja de Corinto estava exercendo os preciosos dons, mesmo vivendo em uma condição carnal. Além disso, 1 Coríntios 12 deixa claro que nem todos recebem do precioso Espírito os mesmos dons, mas são dados dons variados aos diferentes membros do Corpo de Cristo. Aparentemente, os dons são concedidos de acordo com a soberana vontade de Deus, e não necessariamente de acordo com a espiritualidade do vaso (veja Dons Espirituais). Deve-se lembrar que alguns dos homens mais espirituais na Bíblia Sagrada - como, por exemplo, Abraão e João Batista (que foi cheio do Espírito desde o ventre materno) - não realizaram milagres. E o apóstolo Paulo nem sempre realizou milagres; lembre-se de que ele deixou Trófimo doente em Mileto.

Fica claro pelas Escrituras, que a realização dos milagres apostólicos em geral está relacionada a um programa ou cronograma Divino. Pode muito bem ser que alguma outra grande manifestação de milagres ocorra nos últimos dias antes da volta de Cristo. No Sermão do Monte das Oliveiras, o Senhor Jesus Cristo profetizou que falsos profetas e cristos realizariam milagres, e seriam tão astutos que, se fosse possível, enganariam até os próprios escolhidos (Mt 24.24). Outras indicações semelhantes podem ser encontradas em 2 Tessalonicenses 2.9 e Apocalipse 13.12-15 (cf Mt 7.21-23). Se no plano de Deus as falsas operações de milagres deverão ser neutralizadas, podemos presumir que Deus permitirá aos crentes uma nova demonstração apostólica de sinais Divinos e maravilhas com esta finalidade específica.

Jamais nos esqueçamos de que o Senhor é o mesmo ontem, hoje e eternamente, e assim busquemos, recebamos e desfrutemos os seus milagres hoje.

Fontes Não cristãs de Poder para Operar Milagres
Já observamos que, no final dos tempos, os milagres serão realizados pelo poder demoníaco. Podemos presumir que o trabalho de Simão, o mágico; e Elimas, o encantador, deveriam ser classificados na mesma categoria (At 8.9-24; 13.6-12), assim como no caso dos mágicos egípcios que competiram com Moisés (Êx 7–8). Para uma discussão sobre esse assunto veja a obra de M F. Unger, Biblical Demonology.

Os Milagres Bíblicos
Os milagres realizados por Moisés e Josué podem ser facilmente encontrados e estudados nos capítulos iniciais de Êxodo, nos capítulos subsequentes do Pentateuco e no livro de Josué. O trabalho maravilhoso de Elias é descrito em 1º Reis 17 – 2º Reis 2, e o de Eliseu em 2º Reis 2–8. Os milagres do período de Daniel estão registrados em sua profecia.

Visto que os milagres de nosso Senhor estão relatados ao longo dos quatro Evangelhos, e que alguns milagres são mencionados em mais de um Evangelho, pode ser útil obter uma única lista completa. Os milagres realizados pelos líderes da igreja primitiva podem ser encontrados no livro de Atos, a partir do capítulo 3.

Os Evangelhos registram 35 milagres separados realizados por Cristo; entre estes, Mateus cita 20; Marcos 18; Lucas 20; e João 7. Não se deve concluir, entretanto, que o Senhor só realizou estes milagres. Mateus, por exemplo, relembra 12 ocasiões em que o Senhor Jesus realizou várias maravilhas (4.23-24; 8.16; 9.35; 10.1,8; 11.4,5; 11.20-24; 12.15; 14.14; 14.36; 15.30; 19.2; 21.14). Obviamente os escritores dos Evangelhos simplesmente escolheram os milagres de acordo com o seu objetivo, dentre os inúmeros que foram realizados pelo Senhor Jesus. Há muitas formas de organizar os milagres individuais registrados nos Evangelhos, dependendo do propósito do comentarista. Pode ser de grande valia enumerá-los em sua ordem de ocorrência, tanto quanto for possível.

 1. A transformação da água em vinho (Jo 2.1-11)
2. A cura do filho de um nobre em Caná (Jo 4.46-54)
3. A cura um paralítico no tanque de Betesda (Jo 5.1-9)
4. A primeira pesca miraculosa (Lc 5.1-11)
5. A libertação de um endemoninhado na sinagoga (Mc 1.23-28; Lc 4.31-36)
6. A cura da sogra de Pedro (Mt 8.14,15; Mc 1.29-31; Lc 4.38,39)
7. A purificação de um leproso (Mt 8.2-4; Mc 1.40-45; Lc 5.12-16)
8. A cura de um paralítico (Mt 9.2-8; Mc 2.3-12; Lc 5.18-26)
9. A cura de um homem que tinha uma das mãos mirrada (Mt 12.9-13; Mc 3.1-5; Lc 6.6-10)
10. A cura do servo do centurião (Mt 8.5-13; Lc 7.1-10)
11. Jesus ressuscita o filho de uma viúva (Lc 7.11-15)
12. A cura de um endemoninhado cego e mudo (Mt 12.22; Lc 11.14)
13. Jesus acalma uma tempestade (Mt 8.18,23-27; Mc 4.35-41; Lc 8.22-25)
14. A libertação de um endemoninhado gadareno (Mt 8.28-34; Mc 5.1-20; Lc 8.26-39)
15. A cura da mulher que tinha um fluxo de sangue (Mt 9.20-22; Mc 5.25-34; Lc 8.43-48)
16.J esus ressuscita a filha de Jairo (Mt 9.18,19,23-26; Mc 5.22-24,35-43; Lc 8.41,42,49-56)
17. A cura de dois cegos (Mt 9.27-31)
18. A libertação de um mudo (Mt 9.32,33)
19. Jesus alimenta mais de 5 mil pessoas (Mt 14.14-21; Mc 6.34-44; Lc 9.12-17; Jo 6.5-13)
20. Jesus anda sobre as águas (Mt 14.24-33; Mc 6.45-52; Jo 6.16-21)
21. Jesus expulsa o demônio da filha de uma mulher siro-fenícia (Mt 15.21-28; Mc 7.24-30)
22. A cura de um surdo-mudo em Decápolis (Mc 7.31-37)
23. Jesus alimenta mais de 4 mil pessoas (Mt 15.32-39; Mc 8.1-9)
24. A cura de um cego em Betsaida (Mc 8.22-26)
25. A libertação de um garoto (Mt 17.14-18; Mc 9.14-29; Lc 9.38-42)
26. Encontrando o dinheiro do tributo (Mt 17.24-27)
27. A cura de um cego de nascença (Jo 9.1-7)
28. A cura de uma mulher em um sábado (Lc 13.10-17)
29. A cura de um hidrópico (Lc 14.1-6)
30. Jesus ressuscita Lázaro (Jo 11.17-44)
31. A purificação dos 10 leprosos (Lc 17.11-19)
32. A cura do cego Bartimeu (Mt 20.29-34; Mc 10.46-52; Lc 18.35-43)
33. Jesus amaldiçoa a figueira (Mt 21.18,19; Mc 11.12-14)
34. A restauração da orelha de Malco (Lc 22.49-51; Jo 18.10)
35. A segunda pesca maravilhosa (Jo 21.1-11).

FONTE DE PESQUISA


Bibliografia. Frank G. Beardsley, The Miracles of Jesus, Nova York. American Tract Society, 1926. John H. Best, The Miracles of Christ, Londres. SPCK, 1937. Alexander B. Bruce, The Miraculous Element in the Gospels, Londres. Hodder & Stoughton, 1886. John Laidlaw, The Miracles of Our Lord, Londres. Hodder & Stoughton, 1890. C. S Lewis, Miracles, Nova York. Macmillan, 1947. H. van der Loos, The Miracles of Jesus, 2a ed., Leiden. Brill, 1968. Richard C. Trench, Notes on the Miracles of Our Lord, Westwood, NJ.. Revell, s.d. H. Wace, “Miracle” ISBE, III, 2062-2066.

sábado, 8 de março de 2014

QUEM É JESUS


Em poucas palavras podemos de forma resumida apresenta algumas respostas fidedignas sobre o Jesus da Bíblia Sagrada. As Escrituras nos dizem de forma clara e verdadeira quem de fato é Jesus.

I. JESUS É DEUS
               
Jesus é Deus que encarnou para salvar o homem. No AT, Jesus é a expressão criadora de Deus. No NT, Jesus é Deus encarnado. Jesus é a Palavra de Deus em ação. O Verbo Eterno (Sl 33.6; Sl 107.20; Is 55.11).

“NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus (João 1.1,2)”.

“...e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mateus 1.21)”.

Jesus é perfeitamente Deus e perfeitamente humano. Esse é um dos conceitos basilares do NT (especialmente da teologia de Paulo) e da fé cristã.

Jesus não perdeu ou renunciou aos seus atributos divinos, como a onisciência, onipotência e onipresença.

 Porém, para que Ele pudesse nascer e viver na Terra como “verdadeiro homem”, voluntariamente, escolheu o caminho da humilhação (ao contrário de Lúcifer e de Adão), e assumiu plenamente a natureza humana de “filho e servo de Deus”, depositando toda a sua glória natural nas mãos de Deus Pai (Jo 1.14; 17.5-24; Lc 9.32; Rm 8.3; Hb 2.17).

II. A VINDA DE JESUS AO MUNDO

“...Cristo Jesus, o qual, tendo plenamente a natureza de Deus, não reivindicou o ser igual a Deus, mas, pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo plenamente a forma de servo e tornando-se semelhante aos seres humanos. Assim, na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, entregando-se à obediência até a morte, e morte de cruz (Filipenses 2. 5 – 8 –NTKJ)”.

Jesus assumiu a forma humana e de uma maneira inexplicável foi gerado na barriga de uma virgem, pelo Espírito Santo (Mt 1.18).

III. A CIDADE DE JESUS

Jesus nasceu em Belém da Judeia (Mt 2.1), e foi criado em Nazaré (Lc 4.16).

IV. JESUS É
Jesus é incomparável. Ele é muitos mais do que o fundador do Cristianismo. Ele é o que nem outro líder religioso foi ou seria.

ELE É:
1) É o único caminho que existe para se chagar a Deus pai (João 14,6);
2) Jesus é o único salvador (Atos 4.12);
3) É o único mediador entre Deus e os homens. E ponto final! (1Tm 2.5);
4) Jesus é advogado de seus seguidores (1 João 2.1);
5) É juiz dos vivos e dos mortos (Atos 10.42).

CONCLUSÃO.

Jesus é aquele que convida a todos nós: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei (Mateus 11.28)”.

Jair Alves
http://cantinhojairalves.blogspot.com.br/2013/10/quem-e-jesus.html


quinta-feira, 6 de março de 2014

QUANTAS CANAS VOCÊ JÁ QUEBROU?

“Não esmagará a cana quebrada…” (Isaías 42.3).

Uma das mais belas profecias a respeito de Jesus Cristo fala sobre uma característica muito presente nos seres humanos em geral, mas que não está presente no Filho de Deus, no Salvador. O ser humano, em muitos momentos, tem prazer em destruir ainda mais aquele que já se encontra sob ruínas, em colocar mais peso em cima dos ombros daquele que já está conduzindo um fardo pesado, em trazer mais desesperança àquele que já não tem forças para crer, em oprimir àquele que já está subjugado, em sufocar àquele que já está asfixiado, em trazer dor àquele que já sofre tormentos terríveis. Esse é o ser humano – cruel – e atuante em toda a sua pecaminosidade, um destruidor da esperança alheia! Jesus, porém, não é assim!


Jesus não esmagaria um “galho” que já estava esmagado. Isso mostra um diferencial muito grande entre Jesus Cristo e as pessoas guiadas por suas atitudes pecaminosas. E esse diferencial foi bastante visto no ministério de Cristo. Enquanto Ele levava esperança aos rejeitados da sociedade, os religiosos – e também outros grupos de pessoas – O censuravam. Não gostavam de vê-Lo NÃO COLOCAR peso na vida das pessoas, antes, libertá-las dos seus pesos. Aliás, vários grupos de pessoas dos tempos de Cristo eram campeões em esmagar ainda mais aqueles que já estavam esmagados. Esse comportamento foi alvo de críticas severas de Jesus: “Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os colocam sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.” (Mateus 23.4 )

Jesus, através de Sua vivência, cumpre a profecia feita a Seu respeito pelo profeta Isaías! Ele vem trazendo esperança e mostra isso na prática em sua passagem por esta terra. Dos vários encontros que Jesus teve com pessoas, vemos claramente que Ele se importava com as suas dores e NUNCA esmagava aqueles que já estavam esmagados pelas intempéries da vida e de seus comportamentos. Pelo contrário, Jesus era um portador da esperança que renovava e transformava! Ele curou pessoas, trouxe esperança de mudança a cegos e aleijados, entrou na casa de cobradores de impostos, trazendo a eles uma visão diferente da vida. Trouxe alimento a quem tinha fome. Perdoou prostitutas e adúlteras. Tirou fardos das costas de muitos. Não é à toa que foi registrado um ousado convite vindo de Sua própria boca: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11.28). Jesus não esmagava, Ele aliviava.

Quem de nós seria ousado o suficiente para chamar a si pessoas problemáticas, cansadas e sobrecarregadas, com diversos problemas dessa vida? E mais: Quem de nós tem deixado de esmagar pessoas e trabalhado para trazer alívio a elas?

E quanto à Igreja, qual tem sido o seu papel real no relacionamento com as almas humanas? Estaria a Igreja mais preocupada em ganhar vidas para o Reino e promover a unidade entre irmãos ou seriam mais fervorosos os seus esforços para se destacar doutrinariamente, impondo regras alimentares, exigências dogmáticas, obrigações sobre a guarda de dias, formas de se vestir, dentre outros hábitos comportamentais? Porventura estaria desse modo aliviando o sofrimento das pessoas ou apenas substituindo fardos velhos por novos?

Cristo teve a ousadia de gerar leveza e paz nos corações humanos. Mas Infelizmente, muitas vezes, ao invés de aliviar as vidas com qualquer atitude que possamos fazer nessa direção, acabamos por esmagá-las ainda mais e apagar as últimas chamas de esperança que ainda queimavam em seus corações.

Um aliviador ou um esmagador: quem é você?