TEOLOGIA EM FOCO

sábado, 27 de fevereiro de 2016

O ESPÍRITO HUMANO


1. Definição do termo.
A palavra “espírito” vem de uma raiz hebraica: “ruach”, do qual se deriva o vocábulo grego “pneuma”; e no lat. spiritus. Nas três línguas clássicas, o termo espírito comporta o mesmo significado: sopro, hálito, vento, princípio de vida. O seu significado teológico, porém, vai muito além. Espírito é a parte imaterial que o Supremo Deus insuflou no ser humano, transmitindo-lhe a vida, o movimento e a semelhança com a divindade. O espírito é o âmago e a fonte da vida humana. É a sede das qualidades espirituais do indivíduo, ao passo que os traços de personalidade residem na alma. Maria cantou para Deus e estabeleceu diferença entre espírito e alma (Lc 1.46-47).

Em geral os escritores bíblicos, especialmente os do Antigo Testamento, não se preocupam em distinguir o espírito da alma ou vice-versa. A distinção entre espírito e alma é decorrente da revelação progressiva de Deus no Novo Testamento.

Quando nos referimos ao “homem interior”, a Bíblia emprega vários termos: alma, espírito, coração, e mente. Destes termos, os dois – alma e espírito, são dadas proeminente especial.

Números 16.22 e 27.16, dizem que Deus é o Criador do espírito humano, e que Deus o fez de forma individual. Ele está na parte interior da natureza do homem, e é capaz de renovação e de desenvolvimento. O Espírito é a sede da imagem de Deus no homem, imagem perdida com a queda, mas que pode ser restabelecida por Jesus Cristo (Cl 3.10; 1ª Co 15.49; 2ª Co 3.18).

2. O espírito humano é obra do Criador.
O Senhor Deus soprou o espírito de vida no corpo inanimado “e o homem foi feito alma vivente”.

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente” (Gn 2.7).

Habitando no ser humano, existe o espírito dado por Deus em forma individual (Nm 16.22 e 27.16).

O espírito foi formado pelo Criador, na parte interna da natureza humana, capaz de renovação e desenvolvimento. Este espírito é o centro e a fonte da vida humana. A alma por sua vez possui e usa essa vida, e lhe dá expressão por meio do corpo.

Segundo Myer Parlmam “A alma é um espírito encarnado”.
Somos uma alma que habita num corpo e possui um espírito (Gn 2.7 e Sl 51).
O espírito fez o homem diferente de todas as demais coisas criadas, é dotado de vida humana e inteligência, e isto distingue da vida dos irracionais, (Jó 32.8).
O espírito é a lâmpada de Deus dentro de nós.

3. O espírito do homem e o Espírito Santo.
3.1. Deus é Espírito. Jo 4.24: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.

Entende-se que, para que possamos ter contato com a matéria precisamos ser matéria, da mesma forma, para que possamos ter contato com Deus que é Espírito, precisamos ser um espírito também. Não ouvimos a voz de Deus com os nosso ouvidos físicos e tão pouco o veremos com os olhos da carne. Mas, a Bíblia afirma que é possível conhecer a Deus e este contato é possível apenas através de nosso espírito

Assim como o espírito humano foi divinamente inspirado no primeiro homem, assim também o Espírito Santo foi soprado aos primeiros discípulos: “E havendo dito isso, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22). Adão foi feito vivo pelo sopro de Deus e nós, como “novas criaturas” em Cristo, somos feitos espiritualmente vivos pelo “sopro de Deus”, o Espírito Santo (2ª Co 5.17, João 3.3, Romanos 6.4). Após a aceitação de Jesus Cristo, o Espírito Santo de Deus se une com o nosso próprio espírito de maneiras que não podemos compreender. O apóstolo João disse: “Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele em nós: por ele nos ter dado do seu Espírito” (1ª João 4.13). Esse Espírito Santo é o Espírito de Deus. E ele não é o mesmo do espírito do homem. Deus dá o Espírito Santo a quem Ele quer, “Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo” (1ª Ts 4.8).E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (João 20.22).

“Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.

A Bíblia explica que se você não tiver esse Espírito Santo, você não vai entender as coisas espirituais de Deus. O Espírito Santo de Deus é que nos dá a capacidade de entender as coisas de Deus. Sem esse Espírito é impossível tentar entender qualquer coisa espiritual.

Deus exige de você uma condição para Ele lhe dar Seu espírito, “E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem”, Atos 5.32.

“O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm. 8.16).

O espírito do homem regenerado é o lugar onde o homem opera junto com Deus. Nosso espírito é regenerado e renovado e Aquele que habita neste novo espírito é o Espírito Santo. Os dois dão testemunho juntos.

5. Os cinco sentidos do espírito.

5.1. Fé. Significa confiança, crença. Logo a fé vem pelo ouvir, e o ouvir vem pela Palavra de Cristo (Rm 10.17).
Então de acordo com a Bíblia posso garantir que a fé está ligada ao ouvir, mas ela também está ligada ao imaginar. Ao ouvir a Palavra ficamos mais fortes e confiantes e imaginamos o que queremos atingir com a nossa fé. Em Hebreus 11.1 diz que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem. Podemos dizer também que a fé sem ação é uma fé morta, então não adianta nada ter fé e não por ela em ação. Para agir usamos nosso corpo e nossa mente, ou seja corpo e alma.

5.2. Esperança. É quando desejamos muito que aconteça alguma coisa na nossa vida e por mais que demore esperamos que aconteça. A esperança está ligada a nossa mente, ela nos fortalece para que possamos seguir em frente, mesmo quando tudo da errado. A esperança está ligada a fé, pois mesmo quando tem tudo para dar errado continuamos confiantes e esperançosos.

5.3. Devoção. É uma dedicação a Deus, as pessoas tem canalizado a devoção para o lado errado. Então devoção é um encontro diário com Deus, é um momento intimo entre você e o criador. Ele, porém, retirava-se para os desertos, e ali orava. A devoção está ligada a fé e a esperança, devemos nos dedicar, crer e esperar em Deus.

5.4. Reverência. Sentimento de respeito, amor e humildade. Quando reverenciamos Deus de joelhos demonstramos nossa gratidão, pois sem a presença dele somos vazios, solitários e inúteis. De joelhos em reverencia demonstramos nossa fé, nossa esperança e nossa devoção.

5.5. Adoração. A adoração verdadeira é a honra prestada a Deus, a adoração exige amor, honra e respeito. A adoração é espiritual, pois Deus é espirito. A verdadeira adoração exalta a grandeza e a gloria de Deus. A adoração verdadeira está descrita na oração que Jesus deixou, o pai nosso, basta seguir e será um verdadeiro adorador. A Bíblia diz que Deus habita nos louvores, então cante e exalte ao senhor. Atribuam ao Senhor a glória que o seu nome merece; adorem o Senhor no esplendor do seu santuário.

6. Os animais tem espírito e alma?
Os animais não tem espírito. Eles somente possuem alma (Ec 3.21, Jó 32.8). Os irracionais não podem conhecer Deus, (1ª Co 2.11; 14.11; Ef 1.17; 4.23, e não tem relações pessoais com Ele.

Os animais têm uma nephesh (Gênesis 1.20), mas os seres humanos têm uma neshamah. Neshamá é a consciência e intelecto do homem que é uma parte da Divindade e, portanto imortal, por isso quando lemos no relato das Escrituras Hebraicas que D’us assoprou nas narinas do homem o Fôlego da vida, em hebraico lemos a palavra neshamá.
Deus fez o homem diferente dos animais por ter nos criado “à imagem de Deus” (Gênesis 1.26-27). Portanto, o homem é capaz de pensar, sentir, amar, projetar, criar e desfrutar de música, humor e arte. E é por causa do espírito humano que temos um “livre-arbítrio” que nenhuma outra criatura na terra tem.

7. O Espírito tem vida própria?
Efésios 2.5: “Estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)”.

Sem Jesus o homem está morto espiritualmente é o que diz o apóstolo Paulo. Estávamos mortos em nossos pecado, mas quando aceitamos a Cristo como nosso Salvador, somos vivificados nascemos de novo pela Sua graça.

Portanto, para mantermos nosso espírito vivos precisamos alimentá-lo, pois ele necessita basicamente de três “alimentos”, que são: LOUVOR, PALAVRA E ORAÇÃO. Ele deve buscar renovação constante no Espírito de Deus.

8. O espírito do homem representa a natureza suprema do homem, e a qualidade de seu caráter.

Há dois pecados que o homem pode cometer no seu espírito. Orgulho e rebeldia.
Aquilo que domina o espírito torna-se tributo de seu caráter. Por exemplo:

8.1. Orgulho. Arrogância de viver, orgulho, jactância, insolência, presunção; o homem que pensa e fala muito de si mesmo e seus bens e benefícios, suas riquezas, seus feitos, sendo estes quase sempre falatórios e exageros seus; um petulante convencido e vaidoso.

- Pv 16.18:A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda”. Isto reflete a queda do caráter, vejamos a seguir, outros espíritos que podem levar-nos a queda de caráter.

8.2. Espírito rebelde. Rebelde é um adjetivo para qualifica alguém que não obedece ninguém e nem escuta conselhos, que acredita que possui uma autoridade legítima.

1ª Samuel 15.22-23: “Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.
Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei”. Jeremias 5.23: “Mas este povo é de coração rebelde e pertinaz: rebelaram-se e foram-se”.

Números 20.10: “E Moisés e Arão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes, porventura tiraremos água desta rocha para vós”?

Salmo 78.8: “E não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração que não regeu o seu coração, e cujo espírito não foi fiel a Deus”.

Quando o espírito luta, mas perde, o homem torna-se vítima de seus sentimentos e apetites naturais (é carnal). Esse estado de vida é descrito como morte espiritual, então faz-se necessário um novo nascimento (Ez 18.31; Sl 51.10).

Is 19.14. Espírito impaciente - Sl 106.33. Espírito de servidão - Pv 14.29 e Rm 12.15, e outros. Porém, em Ez 18.31, nos fala sobre o arrependimento que renova o espírito.

9. A fusão do espírito com a alma após a morte.

“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12.7).

O homem interior “espírito e alma” se desintegram do homem exterior “corpo físico” e seguem o seu destino: Céu ou Inferno, dependendo do contexto (cf. Lc 16.31). Esse é o momento em que se descreve o momento da morte. A morte é, então, a separação da alma e espírito do corpo, e através dos quais (alma e espírito) são introduzidos no mundo invisível.


Mas o corpo foi formado do pó da terra (Gn 2.7). A herança do pecado é a morte física: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás” (Gn 3.19).

Pr. Elias Ribas

sábado, 30 de janeiro de 2016

A TRÍPLICE NATUREZA DO HOMEM


Quando passamos a analisar o homem do ponto de vista de sua constituição, a antropologia teológica passa a descrevê-la como um trino, isto é, composto de três partes: corpo, alma, e espírito. Porém, quando o analisamos do ponto de vista de sua natureza, então ele é visto como um ser portador de duas naturezas: a humana (ligada com o corpo) e a divina (ligada com a alma e o espírito). No início, quando Deus criou o homem, Ele o formou do pó da terra e depois soprou o “fôlego de vida” em suas narinas. Tão logo o fôlego de vida, que se tornou o espírito do homem, entrou em contato com o corpo do homem, a alma foi simultaneamente produzida. Portanto, a alma é a combinação do corpo e do espírito do homem.

Segundo está declarado, o homem é formado de corpo, alma, e espírito. Isso significa que, etimologicamente falando, ele se compõe de duas partes: material e imaterial.

A primeira parte, o corpo - fala daquilo que é material; a segunda, porém, composta da alma e do espírito – fala daquilo que é espiritual.

O homem sendo uma criatura de Deus, possui mente, emoções e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão.

O corpo é o veículo usado pela alma e o espírito. A consciência é o órgão que discernente que distingue entre o certo e o errado. A fé é a crença em um Deus; é o ato de confiar e crer em Deus.

Seria bom reconhecer que, quando necessário, a Bíblia dá aos dois termos um significado distinto e, quando nenhuma diferença especifica está sendo considerada, a Bíblia dá entender tanto a dicotomia (duas partes) como a tricotomia (três partes).

Mas quando há necessidade especifica, a Bíblia define com precisão a distinção de ambos e, evidentemente, o significado do pensamento que se fizer necessário.

Somente a Palavra de Deus estabelece a diferença real entre a alma e espírito: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12).

Assim como no início da criação a Palavra de Deus operou na modificação caótica, separando a luz das trevas, assim também agora ela opera dentro de nós, como a espada do Espírito, penetrando até a divisão da alma e do espírito.

Daí, a mais nobre habitação de Deus; nosso espírito. A alma e o espírito, assim distinguidos, não podem se não as duas substâncias imortais da natureza imaterial do homem, entre as quais as Escrituras, ao contrário do que muitos pensam, sempre distingue.

O homem é comparado a um templo, especialmente ao antigo templo judaico. A primeira parte (o corpo) representa o átrio exterior. A segunda parte (a alma) figura o Santo lugar. Enquanto que a terceira parte (o espírito) prefigura o Santo dos Santos.

Para que se tivesse a aproximação dos dois últimos (o Santo e o Santíssimo), se fazia necessário algum sacrifício. O sacerdote dividia o sacrifício, assim também agora o Sumo Sacerdote divide nossa alma e espírito.

A faca sacerdotal era de tal agudeza que fazia com que o sacrifício fosse cortado em dois – sempre no expressivo: “aquelas metades” (Gn 15.10-17).

Essa divisão da alma e do espírito não significa apenas sua separação, mas também uma fenda aberta na própria alma. Visto que o espírito está envolvido pela alma, ele não pode ser alcançado antes que a Palavra da Cruz de Cristo penetre abrindo um caminho (o da obediência) à vontade divina. Quando assim sucede, Deus atravessa as duas camadas anteriores (corpo e alma), alcançando “...com poder, pelo Seu Espírito, no homem interior” (Ef 3.16). Agora, a ação poderosa de Deus opera em nós, não de “fora para dentro” (do corpo para o espírito), e sim, de “dentro para fora” (do espírito para o corpo) e é isso que diz Paulo, por amor de seu argumento: “...todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis...” (1ª Ts 5.23).

O homem é composto, então, de dois elementos: um material e um imaterial. Ao material chamamos corpo. Nele são exercidas as relações do imaterial, tais como intelecto, consciência, alma. Ao imaterial chamamos de alma e espírito. Esta parte imaterial do homem torna-se uma personalidade espiritual. Nesta condição imposta pelo Criador, o homem difere bastante dos outros seres criados.

Sobre o conjunto completo que denominamos ser “o homem”, diz o doutor C.I. Scfield: “sendo o homem espírito, e capaz de ter conhecimento de Deus e comunhão com Ele; sendo alma, ele tem conhecimento de si mesmo; sendo corpo, ele tem através dos sentidos, conhecimento do mundo em que vive”. Portanto, é através do conhecimento do corpo físico que o homem entra em contato com o mundo material. Assim, podemos classificar o corpo como aquela parte que nos dá “consciência do mundo”. A alma inclui o intelecto, que nos ajuda no presente estado de existência e as emoções, que procedem dos sentidos. Visto que a alma pertence ao próprio ego do homem e revela sua personalidade, ela é denominada a parte da “autoconsciência”.


O espírito é aquela parte pela qual nós temos comunhão com Deus e somente pela qual nós podemos compreendê-lo e adorá-lo. Por indicar nosso relacionamento com Deus, o espírito é denominado o elemento da consciência de Deus.

Pr. Elias Ribas

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

ANTROPOLOGIA BÍBLICA




I.         INTRODUÇÃO

Etimologicamente, Antropologia significa ciência do homem; ciência que estuda o homem, suas obras e seu comportamento desde seu aparecimento sobre a Terra.

Homem do heb. Adam, gênero humano; do gr. anthropos, aquele que olha para cima; do lat. homo, originário de humus, chão, terraaquele que veio da terra. Ser racional composto de: espírito, alma e corpo (1ª Ts 5.23).

Essa ciência pode ser examinada de dois ângulos totalmente diferentes, a saber, o da filosofia humana e o mandamento da Bíblia. Razão por que a antropologia meramente humana distingue-se como ciência que estuda o homem do ponto de vista físico-somático e do ponto de vista histórico, sua origem e seus princípios.

Evidentemente, no estudo em foco, vamos destacar o homem segundo a Bíblia, por se tratar da doutrina da salvação. Portanto, iremos estudar cada tema e assunto à luz de cada texto e contexto.


E, neste vasto mundo de ideias, tomamos como fonte principal a Bíblia, a imortal Palavra de Deus.

II. A ORIGEM DO HOMEM
 

Gn 1.26-27: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. 27 Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.

Gn 2.7:E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente”.

A Bíblia nos apresenta um duplo relato da origem do homem, o primeiro relato está em Gênesis capítulo 1, versículos 26 e 27; e o segundo está no capítulo 2, versículos 7, 21-23, do mesmo livro. A primeira narrativa contém o relato da criação de todas as coisas na ordem em que ocorreu, enquanto que a segunda agrupa as coisas em sua relação com o homem, sem nada implicar com respeito à ordem cronológica do aparecimento do homem na obra criadora de Deus, e indica claramente que, tudo que o precedeu, serviu para preparar uma adequada habitação para o homem, como rei da criação. As Sagradas Escrituras nos mostra como o homem foi criado, rodeado pelo mundo animal, vegetal e como iniciou a sua história.

1.      Deus formou o homem do pó da terra.
Para formar o corpo do homem, Deus utilizou de matéria existente. Deus tomou o pó da terra e com ele modelou o ser que chamou de “homem”.

A frase hebraica que traduzimos como “pó da terra” é “apar min-hadamah”. APAR significa “poeira” e MIN-HADAMAH significa “do solo”. APAR é o mesmo nome usado na frase muito conhecida de Gênesis 3.19: “pois tu és pó e ao pó tornarás.

A expressão hebraica significa claramente “terra solta que encontramos no chão”.

O homem foi feito do pó da terra, sendo, portanto, da terra (Salmos 10.18). Seu corpo consiste dos elementos da terra, cujas exatas proporções são conhecidas. Segundo as melhores autoridades, foram encontrados 34 elementos químicos no corpo humano. Os principais são:
Oxigênio: 66,0 %.
Carbono: 17,5 %.
Hidrogênio: 10,2 %.
Nitrogênio: 2,4 %.
Cálcio: 1,6 %.
Fósforo: 0,9 %.
Potássio: 0,4 %.
Sódio: 0,3 %.
Cloro: 0,3 %.
Enxofre: 0,2 %.
Magnésio: 0,105 %.
Ferro: 0,005 %.
Há ainda outros elementos que, apesar de importantes, aparecem em quantidades bastante reduzidas. É o caso do manganês, cobalto, iodo, flúor, cobre, alumínio, níquel, bromo, zinco, silício e outros.

Todos estes elementos estão contidos na terra. É, portanto, estritamente e literalmente verdade que o homem é formado do pó da terra.

2.      O significado de Adão.
“Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará” (Gn 3.19).

Segundo a Bíblia no Livro de Genesis, Adão e Eva foram o primeiro casal criado por Deus.
Adão (do heb. אדם relacionado tanto a adamá, solo vermelho ou do barro vermelho, quanto a adom, “vermelho”, e dam “sangue”) é considerado dentro da tradição judaica-cristã o primeiro ser humanos criado por Deus. Teria sido criado a partir da terra à imagem e semelhança de Deus para domínio sobre a criação terrestre.

3.      O homem como um ser físico.
O físico é o aspecto pelo qual o homem é melhor conhecido.
O homem é composto por: Cabeça; tronco e membros.
O corpo humano possui 13 elementos, sendo 8 sólidos e 5 gasosos.

4.      A criação do homem foi precedida por um solene conselho divino.
Antes de mencionar a criação do homem, Moisés nos leva a conhecer o conselho de Deus, relacionado à criação do homem nas seguintes palavras: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26).

5.      A criação do homem foi um ato imediato de Deus.
Algumas das expressões utilizadas na narrativa da criação do homem indicam que ela acontece de uma forma imediata, ao contrário do que aconteceu na criação dos demais seres e coisas criadas em geral. Observem as seguintes expressões:

Criou Deus a relva. “E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que deem semente, e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim foi...” (Gn 1.11).

Criou Deus a demais coisas. “Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus” (Gn 1.20). “Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez” (Gn 1.24-ARA) Compare estas expressões com a simples declaração:

“Criou Deus, pois, o homem” (Gn 1.27). Ele criou as várias espécies e então as deixou para que se desenvolvessem e propagassem segundo as leis do seu ser. Deus planejou a criação do homem, imediatamente o criou.

6.        O home foi criado segundo um tipo divino.
Com respeito aos demais seres vivos, tais como os peixes, aves do céus e dos seres marinhos inexistente na declaração da criação do homem. Isto é, Deus planejou a criação do homem e imediatamente a efetuou.

7.        O homem foi feito coroa da criação.
O homem é mostrado na Bíblia como alguém que está no ponto mais elevado de todas as coisas criadas por Deus. Foi coroado como rei da criação e recebeu o domínio sobre todas as criaturas. Como dominador, foi dever do homem fazer com que toda a natureza e todos os seres criados, que foram colocados sob o seu governo, servissem à sua vontade e ao seu propósito, para que ele e todos os seus gloriosos domínios, magnificassem o Todo-poderoso criador e Senhor do Universo (Gn 1.26-28; Sl 8.4-9).

8.      O s elementos da natureza humana se distingue.
Em Gênesis 2.7, vemos a distinção clara entre a origem da alma. O corpo foi formado do pó da terra, material preexistente. Na criação da alma, no entanto, não foi usado material preexistente, mas sim a formação de uma nova substancia. Isto quer dizer que a alma do homem foi usada uma nova criação de Deus.

A Bíblia diz que o Senhor soprou nas narinas do homem “...o folego de vida e o homem passou a ser alma vivente”. (Gn 2.7).

III.         QUE É O HOMEM

O patriarca Jó foi o primeiro dos homens mencionados na Bíblia a interrogar o homem.
“Que é o homem, para que tanto o engrandeças, e ponhas sobre ele o teu pensamento, 18 e cada manhã o visites, e cada momento o proves”? (Jó 7.17-18).

Depois foi a vez do salmista indagar: “Que é o homem, que dele te lembres?” (SI. 8.4), “Senhor, que é o homem para que dele tomes conhecimento? E o filho do homem para que o estimes?” (Sl. 144.3).

Se quisermos conhecer o homem, temos de ir além do que ensina a filosofia e as demais ciências humanas, temos de tomar posse das Escrituras, pois só elas respondem satisfatoriamente toda e qualquer indagação quanto ao passado, presente e futuro do homem.

Alguém definiu o homem nas seguintes palavras: “O homem é um embrulho postal que a parteira despachou ao coveiro”. A Bíblia fala acerca do homem como um ser cuja a existência física está limitada aos poucos anos que Deus lhe deu na terra.
A. Os dias de um jornaleiro (Jó 7.1).
B.  Uma lançadeira (Jó 7.6).
C. Uma sombra (Jó 8.9).
D. Um corredor rápido (Jó 9.25).
E. A extensão de alguns palmos (Sl 39.5).
F. A urdidura de um tecelão (Is 38.12).
G. A neblina passageira (Tg 4.14).

Pr. Elias Ribas

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O ESTADO ETERNO E UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA





 I.   O ESTADO ETERNO - (Ap 21.1-7).

No momento que o Trono Branco for recolhido ao Céu de Glória, nós estaremos com o Senhor e o mundo entrará num colapso ou cataclismo mundial e as potências do céu serão abaladas por causa da destruição eminente.

No Estado Eterno o tempo deixará de existir, será eterno. Haverá apenas dois lugares para todos os seres (anjos e homens), que foram criados por Deus.

1.       Estado Eterno com Deus. Para aqueles que praticaram a justiça.
2.       Estado Eterno sem Deus. Para aqueles que praticaram a injustiça.

Para apagar todos os sinais do pecado, haverá a destruição da Terra, das estrelas e galáxias. O céu e a Terra serão abalados (Ag 2.6; Hb 12.26-28) e desaparecerão como fumaça (Is 51.6); as estrelas se derreterão (Is 34.4) e os elementos serão dissolvidos (2ª Pe 3.7, 10, 12). A Terra renovada se tornará a habitação dos homens e de Deus (Ap 21.2, 3, 10; 22.3-5).

Depois destas transformações cósmicas, Deus trará um NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1). “Eis que faço nova todas as coisas” (Ap 21.5).

Depois do Juízo do grande trono branco e da destruição do antigo céu e Terra, o Senhor outra vez “plantará” os céus e fundará a Terra, enquanto esconde os Seus na sombra de Sua mão (Is 51.16). Assim Deus terá separado de Si para sempre todos os rebeldes e incrédulos e trazidos para a Sua presença todos os que aceitaram Jesus por seu Salvador. ALELUIA!

 II.    ONDE FICARÁ A NOVA JERUSALÉM

A cidade de Jerusalém celestial descerá e pairará nas alturas, acima da Jerusalém terrestre (Is 2.2; 4.5 e 24.23; Ml 4.1).

A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela descerá à Terra como a cidade de Deus, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual Deus é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13,16).

A Nova Terra será a sede do governo Divino e Ele, o Senhor habitará para sempre com o Seu povo. Será nessa cidade de ouro e pedras preciosas que os justos reinarão com Cristo eternamente (Ap 21.9-10).

O céu é o lugar onde a Igreja passará eternamente, é obviamente o Novo Céu que será criado por Deus, que tomara o lugar do primeiro Céu (Ap 21.1). Esse céu, claro, será diferente do antigo céu ou o universo com suas galáxias, constelações, planetas, estrelas etc.

A Igreja estará glorificada com Cristo na Jerusalém Celeste, como povo escolhido (Cl 3.4; 1ª Pe 5.1; Rm 8.17, 18, 30). Todos os redimidos terão corpos semelhantes ao corpo ressurreto de Cristo, corpo real, visível e tangível, porém incorruptível, poderoso e imortal (Rm 8.23; 1ª Co 15.51-56).


 III.             QUEM HABITARÁ NA NOVA JERUSALÉM

A Nova Jerusalém descerá do novo céu e ficará pairada no espaço, ela não necessita de luz, porque a glória de Deus é o seu fulgor (Ap 21.11).

A nova Jerusalém é o lugar que Jesus tem preparado para todos aqueles que creram na Suas promessas, e guardaram Sua Palavra, ou seja, a Sua noiva.

 IV.             COMO SERÁ A NOVA JERUSALÉM – Ap 21.16-17.

A Nova Jerusalém tem a forma de cubo, ou seja, possui a mesma medida em todos os lados, e mede 12 mil estádios de todos os lados, sendo que um estádio corresponde a 180 metros, sendo assim, a cidade mede aproximadamente 2.160 Km de cada lado da cidade e 4.665.600 km² (Quatro milhões, seiscentos e sessenta e cinco mil, e seiscentos) Quilômetros quadrados. Comparando as medidas em Apocalipse 21.16-17, a Nova Jerusalém corresponde a aproximadamente 3.124 vezes a cidade de São Paulo. Podemos então imaginar o tamanho da cidade que os salvos irão morar. Se fosse dividas em ruas, teria lugar para 8.000.000 de ruas de 2.500 Km cada uma. As ruas serão totalmente limpas. Nesta cidade não haverá noite nem precisam eles de luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles e reinarão pelos séculos dos séculos. Que lar glorioso será a residência dos fiéis do Senhor.

De acordo com o número apresentado pela Bíblia, a Nova Jerusalém será uma cidade extremamente grande, aqui na Terra não existe nada parecido, não da para imaginar como seria morar numa cidade como esta, “onde as muralhas são de jaspe, e a cidade de ouro puro semelhante ao vidro límpido. Os fundamentos da cidade são adornados de toda espécie de pedras preciosas (jaspe, safira, calcedônia, esmeralda, sardônio, sárdio, crisólito, berilo, topázio, crisópraso, jacinto, deametista). As portas de pérolas, a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente. A cidade não precisa de sol, nem de lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é sua lâmpada. As nações andarão sobre sua luz, suas portas nunca se fecharão, porque nela não haverá noite. Nela nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem prática abominável e mentira, mas somente os escritos no Livro da Vida do Cordeiro” (Ap 21.18-27).


 V.     UMA CIDADE ALÉM DA NOSSA IMAGINAÇÃO

Deus tem preparado para aqueles que O amam e obedecem a Sua Palavra algo inédito, muito lindo, de arquitetura extremamente moderna. Na revelação de Paulo aos Coríntios ele diz: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus tem preparado para os que o amam” (2ª Co 2.9).


Se olharmos as belezas da natureza e de nosso mundo não se compara com aquilo que Deus tem preparado para seu povo. Nenhuma cidade deste mundo possui um rio tão belo quanto o rio da vida que corre sobre a Nova Jerusalém (Ap 22.1), o rio mais limpo deste mundo não possui água potável que possa beber antes de um verdadeiro tratamento, mas o rio que corre sobre a Nova Jerusalém além de possuir a água mais pura que qualquer outra, ela procede do trono de Deus, uma verdadeira cachoeira Santa, isto eu posso garantir que nenhum olho na Terra conseguiu contemplar. Jamais alguém poderá ver as grandezas desta cidade, a menos que aceite a Jesus como Seu salvador.

O que Deus tem preparados para nós na Nova Jerusalém, é algo que nunca ouvimos falar, para ser exato, não existe em nenhum lugar no mundo, a cidade mais segura deste mundo não proporciona tanta segurança quanto à cidade que vem de Deus. O dinheiro existente no mundo inteiro não pode proporcionar segurança contra terremotos, maremotos, enchentes, frio, calor, porém tudo isto Deus dará aqueles que o amam e creem que Ele é o Messias o Filho de Deus enviado do Pai para nossa Salvação. O ouro existente no mundo inteiro não pode comprar um lugar nesta cidade, somente aqueles que creem que o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado.

O Senhor Jesus tem preparado um lugar para aqueles que irão morar na Nova Jerusalém algo que nenhum homem, sábio ou cientista pensou. Quanto mais o homem estuda outros planetas, galáxia, vai a lua etc., jamais conseguirá ver quanto mais imaginar o que Deus tem preparado para aqueles que vão herdar a Salvação.

Muitos estão investindo em bens matérias correndo atrás do dinheiro, mas não sabem que em breve esta Terra será consumida pelo fogo (2ª Pe 3.7).

A cidade possui: Muitas moradas e todos podem ir para lá (Jo 14.1-3); A cidade brilha como a glória de Deus (Ap 21.11); Muros grandes e altos (21.12); Doze portas com o nome das doze tribos de Israel (21.12); O muro da cidade possui doze fundamentos com o nome dos apóstolos (21.14); A cidade é parecida a um cubo, quadrada (21.16); Os muros são de jaspe (21.18); A cidade é de ouro puro (21.18); Na cidade não existe templos, ou igrejas (21.22); Não existe sol ou lua, pois a glória de Deus iluminará toda a cidade (21.23; 22-5); Não existirá noite (21.25; 22.5); Uma cidade com um rio puro, que possui a água da vida (22.1); Nesta cidade também existe uma praça, que fica as margens do rio (22.2).



 VI.         COMO SERÁ A NOVA TERRA

A Nova Jerusalém poderá ser somente uma cidade sobre a nova Terra que o apóstolo João viu em Apocalipse 21.1, pois assim diz a Bíblia: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”. A nova terra será muito maior que a Nova Jerusalém. Não dá para imaginar o tamanho do novo planeta, e também devemos considerar que na Nova Terra não existira o mar, que hoje ocupa a maior parte da superfície da Terra, e sendo assim o número de pessoas na Nova Terra poderá ser muito maior que o atual planeta. Isto é apenas uma hipótese, pois a Bíblia não menciona a quantidade de habitantes.

Na Nova Terra haverá o rio que sai do trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22.1). Simboliza que a nossa salvação foi iniciada por Deus e pelo Cordeiro (Jesus). E fluirá por toda eternidade.

No meio da praça de uma margem do rio a árvore da Vida. Esta seria a árvore que Deus proibiu após a queda de Adão e Eva (Gn 3.24), que estava no meio do Jardim do Éden (Gn 2.9) que será para a cura das nações (Ap 22.2).

Na Nova Terra não haverá maldição, nem morte, nem tristeza, nem noite, porque a glória da cidade brilhará sobre ela, e viverão pelos séculos dos séculos.

 VII.             E DEUS LIMPARÁ TODA LÁGRIMA

Os efeitos do pecado, tais como tristeza, dor, mágoa e a morte, já se foram para sempre. Os crentes apenas se lembrarão das coisas santas que valem a pena ter na memória, decerto não se lembrarão do que lhes causou tanta tristeza (Ap 22.3-5).

A Bíblia termina com a promessa de que Jesus breve voltará, o qual João responde: VEM SENHOR JESUS. Esse anseio é também de todos os cristãos verdadeiros.

Temos toda razão para crer que rapidamente aproxima-se o dia em que é chamado na Palavra de Deus, e a resplandecente Estrela da Manhã descerá do céu para levar da Terra os seus fiéis para a casa do Pai (Jo 14.1-3), depois Ele voltará em Glória e triunfo para reinar para sempre como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

        VIII.             O DESTINO FINAL DOS JUSTOS

O estado final dos crentes é descrito como Vida Eterna, isto é, não apenas uma vida sem fim, mas a vida em toda a sua plenitude, sem nenhuma das imperfeições e dos distúrbios da presente vida (Rm 2.7). Os justos são destinados à vida eterna na presença de Deus. Quando o céu e a Terra forem despovoados (no Juízo Final), o Universo será submetido a um glorioso processo de renovação (2ª Pe 3.7, 10-13). João teve uma visão dessa nova criação em Ap 21.1-5. As Escrituras apresentam o céu como um lugar. Cristo corporalmente ascendeu ao céu, o que significa que Ele foi de um lugar para outro (Lc 24.39, 51). O céu é descrito como a casa de nosso Pai, onde há muitas moradas (Jo 14.1). A vida eterna é desfrutada na comunhão com Deus, o que é realmente a essência da vida eterna (Ap 21.3). Os Justos verão a Deus (1ª Jo 3.2), encontrarão plena satisfação n’Ele e O glorificarão eternamente. As melhores palavras da linguagem humana são inadequadas para descrever as gloriosas realidades da vida eterna com Deus. Quando chegarmos ao céu, em meio ao seu esplendor, com certeza, exclamaremos como a rainha de Sabá: “Eis que não me contaram a metade” (1º Rs 10.7). O céu é lugar de descanso e alívio para os cansados (Ap 14.13; 21.4); é também a realização plena da vida. É lugar de luz e beleza (Ap 21.23; 22.5); lugar da plenitude de conhecimento (1ª Co 13.12); lugar de serviço (Ap 22.3); lugar de gozo (Ap 21.4); lugar de culto, louvor e adoração, exaltação (Ap 21.22). Iremos honrar, o engrandecer o Senhor, é o lugar onde haverá eterna comunhão entre Deus e todos os santos ou sua Igreja.

Atividade principal no Novo Céu será a de louvor e adoração ao nosso Criador, Redentor, Senhor e Rei. Será um culto eterno a Deus que nunca se tornará tediosos ou simplesmente repetições orações, mas ,de aleluias, glórias e “Tu és digno, Cordeiro de Deus”, pois a majestade, a beleza e magnificência do Senhor nos levarão achar mais e mais motivos para glorificar. Os atrativos da Sua glória produzirão em nós eternas razões para exaltar.

Haverá atividades no Céu, entre elas música e canções. Para que não dizer que, também, haverá outros meios de cultuar a Deus. Quem sabe demonstraremos o nosso amor e gratidão a Ele através de dotes, criatividades, habilidades especiais etc. Não encontramos referências bíblicas específicas sobre essa possibilidade, mas o nosso louvor a Deus na Terra não deve apenas consistir do que praticamos num ambiente eclesial, mas, sim, através de outras demonstrações variadas do nosso ser a Ele.

[...] John MacArthur complementa: Biblicamente, a vida eterna não é apenas a promessa da vida na eternidade, mas é também a qualidade de vida característica das pessoas que vivem na eternidade. Tem a ver com qualidade tanto quanto duração (Jo 17.3). Não é apenas viver para sempre. A vida eterna é ser participante do reino onde habita Deus. É andar com o Deus vivo, em comunhão infindável.

Termino este livro com a exclamação do apóstolo Paulo “oh profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Rm 11.33-36).


ESSA É A NOSSA IMUTÁVEL ESPERANÇA E JUBILOSA EXPECTATIVA
 (2ª PEDRO 1.19). ORA VEM SENHOR JESUS! AMÉM!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O DESTINO FINAL DOS PECADORES


Ninguém gosta falar sobre o inferno, nem tampouco as igrejas, porém é uma doutrina bíblica e real. A Bíblia Sagrada deixa muito claro que tanto a salvação quanto a perdição são eternas. Muitos não levam a sério a existência do inferno nem a possibilidade de fazer dele a sua morada eterna. O assunto é muito sério já que ir ou não para o inferno dependerá de nossas escolhas e a única escolha que nos poderá livrar-nos do inferno e escolhermos Jesus Cristo, pois Ele diz no evangelho segundo Marcos capítulo dezesseis verso dezesseis: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado!

I.         QUEM ESTÁ NO INFERNO AGORA?

Todas as almas que desobedecem a Deus, começando da raça ímpia de Caim, o povo que morreu no Dilúvio, os que não obedeceram às leis de Deus, e os que morrem hoje nos nossos dias, e os que morreram desde o princípio do mundo sem a salvação, para lá são destinados os que ouvindo o evangelho não quiseram viver uma vida santa com o Senhor, por isso vão para lá. O inferno não foi feito para o homem, mas para o diabo e seus anjos (Mt 25.41).

II.      O LAGO DE FOGO

As Sagradas Escrituras descrevem o estado final dos ímpios como de sofrimento eterno, que vai além da imaginação humana. Após a morte a alma dos ímpios voam para o inferno aguardando o Juízo Final e após este julgamento as almas dos ímpios serão lançadas em lugar chamado de “lago de fogo”. No juízo do grande trono branco, as almas no inferno serão unidas aos seus corpos, que serão ressuscitados dos túmulos. Cristo pronunciará a sentença final do julgamento sobre os mortos ímpios, eles serão lançados no lago de fogo, a morada eterna dos perdidos (Ap 20.10-15).

Como resultado do Juízo Final, os ímpios serão lançados no Lago de fogo. Este é o lugar destinado ao suplício das almas dos perdidos. As designações “lago de fogo”, “fornalha de fogo”, “segunda morte”, “trevas exteriores”, “fogo indistinguível”, etc., são sinônimos de “inferno”.

O inferno pode ser comparado a cadeia local onde o prisioneiro temporariamente espera pela sentença. O réu sai da cadeia para ir à presença do juiz para ouvir sua sentença final. Apocalipse 20.9-15 é o registro do julgamento de Satanás e seus seguidores diante do grande trono branco e todos que rejeitaram a Cristo.

O lago de fogo poderá ser comparado à uma prisão para onde vão aqueles sentenciados por toda a eternidade. Ao descrever o inferno, nosso Senhor fala sobre o verme que não morre e o fogo que não se apaga. Marcos 9.43-48. É um lugar de sofrimento consciente com fogo literal. É a punição eterna pelo pecado

III.   A PUNIÇÃO ETERNA DOS ÍMPIOS SE CONSISTIRÁ EM:

1.       Ausência total do favor de Deus (Lc 16.25).
2.      Uma interminável perturbação da vida, resultado do domínio do pecado (Lc 16.27, 28).
3.      Dores e sofrimentos no corpo e na alma (Lc 16.24).
4.      Castigos pessoais, como agonias da consciência: desespero, choro e ranger de dentes (Lc 16.23, 28).
5.      No inferno, os desejos, os pedidos, as necessidades jamais serão satisfeitos; porque o inferno é lugar de privação de tudo o que o ser humano necessita (Lc 16.23, 25,27). A Bíblia ensina que a duração da punição no inferno é eterna, pois, em Mateus 25.46 a mesma palavra descreve a duração tanto dos justos (vida eterna) como do castigo dos ímpios: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a vida eterna”. (Leia ainda Mt 5.22, 29, 30; 10.28; 13.41-42; 18.8-9; 23.15, 33; 25.41). Todas estas referências foram citadas, não por teólogos, escritores, comentaristas, pastores e evangelistas, mas, por nosso Senhor Jesus Cristo. O ensino bíblico sobre o inferno deveria acrescentar em nós uma maior seriedade no compromisso de pregar e ensinar a Palavra de Deus, assim como ela é.

IV.   QUEM IRÁ PARA O SOFRIMENTO ETERNO

Satanás será lançado no lago de fogo para toda a eternidade. Os que estão morrendo, e agora, sem salvação e sem Jesus, os que lutaram contra o Senhor no vale do Amargedom, os que receberão a marca da besta, os que serão julgados no juízo das nações, os que estiverem à esquerda de Jesus, os que morreram sem Cristo na Grande Tribulação, todos esses e mais outros irão para o suplício eterno chamado na Bíblia de INFERNO.

Pr. Elias Ribas