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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
VISÃO DO TRONO DA MAJESTADE DIVINA APOCALIPSE - 4
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE APOCALIPSE
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
Pr. Elias Ribas
terça-feira, 18 de novembro de 2014
OS QUATRO ÚLTIMOS IMPÉRIOS MUNDIAIS - DANIEL CAPÍTULO 7
O sonho do profeta Daniel no capitulo sete, é a mesma
profecia do capitulo dois que interpretou ao rei Nabucodonosor; esta se deu 40
anos depois, já no reinado de Belsazar filho de Nabonido (Dn 7.1). No capítulo
dois, ele descreve aparência exterior deste império; ao passo que, no capitulo
sete, revela sua índole e caráter.
No capítulo 2 os impérios são representados por uma imagem de
metais em quatro partes, no presente capítulo, estes mesmos impérios são representados
por quatro animais.
A imagem de metais é descendente, começando com metal mais valioso (ouro) para o mais forte (ferro). De forma similar, a hierarquia dos animais move-se do mais honroso (leão, rei dos animais) ao poder mais esmagador (animal indescritível, mais feroz que qualquer um conhecido na natureza).
I. O CURSO DOS TEMPOS DOS GENTIOS
1. O paralelo entre os capítulos 2 e 7 de Daniel. Duas revelações paralelas no livro de Daniel nos dão a descrição completa deste período. No capítulo 2, por meio de Nabucodonosor, Deus revelou o lado político destes últimos impérios mundiais. No capítulo 7, por meio do profeta Daniel, Deus revelou o lado moral e espiritual através de quatro animais. A história política havia sido mostrada a Nabucodonosor, mas a história espiritual foi mostrada a Daniel. Notemos ainda o seguinte: No capitulo 2, as figuras representadas são tomadas da esfera inanimada, materiais como ouro, prata, bronze, ferro e barro. No capítulo 7, as figuras são representadas por seres animados, aqueles animais estranhos. Nos dois, aparecem quatro elementos, que obviamente seguem um ao outro cronologicamente, alcançando o clímax escatológico – o estabelecimento final do reino de Deus sobre a terra.
2. O Mar agitado. Dn 7.2-3 “Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande. “E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar”.
A palavra “mar” na linguagem escatológica sempre representa
as nações gentílicas (Is 17.12,13). O
mar agitado representa as nações inquietas (ref. Ap 17.15). A inquietação e perplexidade das nações é uma
característica do fim dos tempos, isto pelas crises mundiais cada vez maiores.
“Os ventos” podem ser os poderes do mal que incitam e afligem as nações. São poderes usados por Deus para agitar a humanidade e
são específicos. Obedecem e cumprem fielmente sua missão, agitando
geologicamente mares, rios e a terra com seus vulcões. Açoitam a terra varrendo
os continentes, e também sopram brandamente sobre a terra, avisando-a de
possíveis catástrofes.
Em seguida é revelado a Daniel quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar (Dn 7.3), isto é, saem do meio dos povos.
II. O PODER DOS GENTIOS
As nações usam imagens de animais como seus representantes,
comunicando uma mensagem sobre como eles vêm a si mesmas. Algumas escolheram
uma águia, outras um leão e ainda outras um urso ou um antílope.
Em Daniel 7 também encontramos vários animais. Entretanto, estes animais são indefiníveis ou misturas estranhas de bestas e todos eles são ferozes. Este capítulo nos leva para a parte escatológica do livro.
1. O Leão com asas de águia. “O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem, e foi-lhe dado um coração de homem” (Dn 7.4).
Era como o leão e tinha asas de águia (Império Babilônico).
O leão corresponde a cabeça de ouro da estátua do capítulo 2 (2.32, 37, 38), a
Nabucodonosor, rei do Império Babilônico.
O leão é a cabeça de ouro, refere-se ao orgulho, a vaidade e a fineza da Babilônia; leão com duas asas como de águia, nos diz a respeito da força e rapidez nas suas conquistas, como revela a história do nosso mundo.
1.1. Breve história do Império Babilônico. O império Babilônico
teve início no ano
A cidade era extravagante; luxuosa e pomposa além do que se
possa imaginar; era sem rival na história do mundo. Isaías diz a respeito de
Babilônia: “Babilônia, a joia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus” (Is 13.19). Jeremias diz que a
Babilônia era a “glória de toda terra” (Jr 51.41).
Os antigos historiadores declaram que seu muro alcançava
1.2. O orgulho pessoal e político do rei. “A grande
Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder, e para
glória da minha majestade” (Dn 4.30).
O homem mais orgulhoso da época se vã gloria pelos seus feitos; o Senhor Deus diz ao profeta Isaías: “E a minha glória não a darei a outro” (Is 48.11b). Devemos ter o cuidado, pois, com o costume de receber a glória que pertence só a Deus.
1.3. As profecias referentes à Babilônia. Veremos a seguir algumas profecias bíblicas
vaticinadas pelos profetas que se cumpriram em Babilônia.
Nunca mais seria habitada. “E Babilônia, o ornamento
dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra,
quando Deus as transtornou. Nunca mais será habitada nem reedificada de geração
em geração: nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores ali
farão os seus rebanhos. Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas casas
se encherão de horríveis animais” (Is
13.19-21 – outras ref. Jr 50.13, 39; Jr 51.37, 58).
Aos olhos humanos era impossível a Babilônia ser conquistada,
mas o que Deus falou por intermédio de Seus profetas cumpriu-se. Diz a história
em confirmação com a Bíblia que o rio Eufrates que passava sob a Babilônia
secou-se e os Medos e Persas a conquistaram.
“Cairá à seca sobre as suas águas, e secarão” (Jr 50.38). “Quem diz às profundezas:
seca-te, e eu secarei os teus rios” (Is
44.27).
Jeremias profetizou 50 anos antes da queda do Império
Babilônico e que seria dominado pelo rei da Média. “Alimpai as flechas,
preparai perfeitamente os escudos: O Senhor despertou o espírito dos reis da
Média: porque o seu intento contra Babilônia é para destruir” (Jr 51.11). Cinquenta anos após
Jeremias ter profetizado, o profeta Daniel relata no capítulo
No ano
Os Persas formaram uma colisão para derrotar a Babilônia. A Média sob o comando de Dário e a Pérsia sob Ciro. Na mesma noite em que Belsazar teve a visão, os Medos e os Persas invadiram a Babilônia, mataram Belsazar e tomaram o Palácio. Assim terminou o magnífico império babilônico, (a cabeça de ouro da estátua de Dn 2.32, o leão com duas asas de Dn 7.4).
2. O Urso destruidor. “Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual levantou-se de um lado, tendo na boca três costelas entre seus dentes; e foi-lhe dito: levanta e come muita carne.” (Dn 7.5).
Depois do império babilônico viria um império que seria um
pouco inferior, representado pela prata (Daniel 2.39).
O urso representa o segundo império mundial dos gentios,
Medo-Persa. E corresponde ao peito e os braços da estátua (Dn 2.32-39). Este império teve início
no ano de
As três costelas na boca do urso aludem à conquista da Babilônia, Lídia e Egito pelo império.
3. O Leopardo altivo. “Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas: tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.” (Dn 7.6).
O leopardo representa o terceiro império mundial o império
Grego, que surgiu no período de 331a168 a.C., tendo como Governante Alexandre o
Grande e os quatro generais; Este animal leopardo tinha asas em suas costas,
que significa que era rápido como foi Alexandre em suas conquistas.
O leopardo corresponde ao ventre e as duas pernas de bronze da estátua do capítulo 2.
O leopardo tinha “quatro asas e quatro cabeças”. As quatro asas do leopardo, indicam mais rapidez nas conquistas do que Babilônia, pois era um exército relâmpago em suas conquistas na guerra. As quatro cabeças falam da divisão do Império Grego em 4 partes (quatro reinos). Após a morte de Alexandre, o império Grego foi dividido entre os quatro generais: Cassandro (Macedônia), Lisímaco (Trácia), Ptolomeu(Egito) e Seleuco(Síria) isto representa a divisão do império em quatro reis.
4. O animal terrível e espantoso. “O quarto monstro que vi naquela visão era terrível, espantoso e muito forte. Tinha enormes dentes de ferro e com eles despedaçavam e devoravam as suas vítimas; o que sobrava ele esmagava com as patas. Esse monstro era diferente dos outros três e tinha dez chifres” Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nessa ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente.” (Dn 7.7-8).
O quarto animal seria um rei ou um reino, como os demais
animais. Ele representa o quarto
império mundial o império romano. Esta besta causou espanto em Daniel, por isso
o chamou: espantoso, terrível e muito violento. Este animal tinha dentes
de ferro, assim como as pernas de ferro
e os pés, correspondem à visão de Nabucodonosor de que o quarto reino é forte
como ferro, quebrando em pedaços e esmagando todos os outros (Dn 2.40,41),
portanto o ferro representa dureza e maldade deste reino. Este reino seria
forte, ou seja, um reino da força, da ferocidade, do esmagamento, como
foi o império romano, diferente de todos os reinos.
O reino de ferro dominou o mundo numa amplitude que nenhum império dantes o fizera. Com seus dentes de ferro despedaçava e devorava suas vítimas.
4.1. Os dez chifres da besta. Este animal possui dez chifres (Dn 7.7, 20) e a estátua possui os dez dedos dos pés da estátua (Dn 2.33, 41) que representam as dez nações na grande do Império Romano que irá ressurgir no governo do Anticristo na tribulação (Ap 17.12).
4.2. Ele abaterá três reis. “E, quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis.” (Dn 7.24).
A identificação do
império pretendido por esta besta tem sido o ponto crucial dos intérpretes.
Os dez chifres são dez reis ou reinos anteriores ao “pequeno chifre” (v. 8), o qual arranca três deles. Aqui está uma nova fase do quarto império. O o pequeno chifre simboliza o aparecimento do anticristo (2ª Ts 2.3-4,8). Também a simbologia usada sugere que esse chifre se refere a um indivíduo e não a um reino. Nesse chifre havia olhos como os de homem e uma boca que proferia palavras insolentes.
4.3. Pequeno chifre. Desejo ser sucinto neste quesito, pois no estudo do último Império mundial, desejo elucidar com mais clareza.
Segundo a visão de
Daniel a ponta pequeno se eleva após sua ascensão, a princípio “pequeno” (Dn 7.8);
mas depois de destruir três dos dez, ele se torna maior que todos (Dn 7.20; Dn
7.21). Para entendermos este mistério precisamos nos reportar para o livro
apocalíptico onde o anjo explica para o apóstolo João dizendo: “o mistério da
mulher e da besta e tem sete cabeças e dez chifres.” (Ap 17.7); “E a besta, que
era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. (Ap 17.11).
Esta visão nos traz
ao fim dos tempos dos gentios. Quando a quarta besta com dez chifres e o chifre
pequeno, a última coisa falada sobre este império mundial, está em pleno
andamento, então chega o fim.
Os três
desaparecidos, ele é o oitavo (cf. Ap 17.11); uma cabeça distinta, e ainda “dos
sete”. Como os reinos mundiais anteriores tinham suas cabeças representativas,
vejamos:
1º O primeiro
império mundial na história, conforme a Bíblia foi o Egito, na época de José no
Egito, e da fome generalizada sobre a terra; quando também os israelitas
permaneceriam escravos no Egito por aproximados 400 anos. (Livro de Êxodos –
Bíblia). E o Egito, nessa época chegava a ter sob seu comando mais de um milhão
de escravos hebreus a servir-lhe.
2º Segundo império
mundial na história conforme a história é a Assíria. No tempo dos reis de
Israel e Judá. São exatamente os reis da Assíria que deportam os judeus (do
norte em Israel) transportando-os a outras nações, destruindo Israel (reino do
norte) em cumprimento ao castigo da lei de Moisés; e, ao mesmo tempo, os reis
da Assíria levariam povos estrangeiros p/ habitarem Israel, em lugar dos
hebreus (por toda a Galileia e Samaria). (Isaías e 2º Reis e 2º Crônicas).
3º Terceiro império
mundial na história – Babilônia – Daniel 1 e 2.
4º Quarto império
mundial – Medos e Persas – Daniel 6 – Esdras e Neemias.
5º Quinto império
mundial – Grécia – Daniel 2.32c – Daniel
7.6 – Daniel 11 – Livro de Macabeus.
6º Sexto império
mundial na história – Roma – Daniel 2.33a – Daniel 7.7 – os Evangelhos.
7º E o Sétimo e
último império mundial. O sétimo reino (ONU), surgira com dez reis e entregarão
o poder ao Anticristo no final dos tempos.
8º O oitavo império
mundial. O governo único através do Anticristo.
Desde Antíoco
Epífanes, o anticristo do terceiro reino em Daniel 8.1 e Daniel 8.27 era o
inimigo pessoal de Deus; assim será o anticristo final do quarto reino, seu
antítipo.
“O anticristo que já
se manifestou na pessoa de Atíoco Epifânio (Dn 8.9,22), reaparecerá em forma
ainda mais forte e global”. [Comentário Russel Shedd].
A Igreja sempre sofreu perseguições por vários anticristos no decorrer da história, porém, após seu arrebatamento da terra, levantar-se-á um que receberá poder de satanás no final dos tempos (Ap 13.2); será diferente dos outros reis (Dn 7.24); falará coisas espantosas (Dn 7.7); vai blasfemar contra Deus, caluniar Seu nome, (Dn 7.25; 11.36; Ap 13.5); irá perseguir o povo de Deus (Israel – Ap 12.3), fará guerra contra os santos (Dn 7.21,25; Ap 13.6-7), irá oprimir os santos e será́ bem sucedido por 3 anos e meio (Dn 7.25; Ap 13.7). Ele Mudará os tempos e as leis. Ele vai tentar mudar o calendário, talvez para definir uma “nova era” Nova ordem mundial, relacionada a si mesmo (Dn 7.25).
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
A HISTÓRIA MUNDIAL NO SONHO DE NABUCODOSSOR - DANIEL CAPÍTULO 2
O Antigo Testamento não foi projetado para ser um compêndio de “história antiga”. É a história do povo de Israel. As nações somente são referidas na medida em que entram em conexão com Israel. Babilônia era o mais antigo dos reinos (Gn 10.10). Compare Deuteronômio 32.8, Nabucodonosor não foi o primeiro rei, mas ele era a “cabeça” ou o princípio do domínio gentio na terra quando Israel foi levado para o cativeiro babilônico (cf. Jr 15.4; Jr 24.9; Jr 29.18). Esses reinos sucessivos são considerados apenas quando obtiveram a posse de Jerusalém. Eles existiam antes disso e cada um, por sua vez, foi absorvido no que teve sucesso.
I. O SONHO DO REI NABUCODOSOR
1. A crise provocada
pelo sonho (Dn 2.1-19). Certa noite, o rei Nabucodonosor teve um sonho, uma
grande revelação. Ao levantar-se pela manhã esqueceu o que havia sonhado, e seu
espírito ficou grandemente perturbado. Então o rei mandou chamar os sábios do
palácio: os magos, astrólogos, encantadores, e os caldeus, para revelar ao rei
qual tinha sido o seu sonho. Mas, nenhum desses adivinhos e místicos puderam
revelar (trazer conhecido) ao rei, o que ele havia sonhado. Jamais alguém
poderia revelar sem ajuda divina. Nem mesmo o sonhador ou o próprio Satanás
saberia, pois ele não é onisciente para saber os mistérios de Deus.
Porém, Nabucodonosor vendo que não podiam trazer conhecido o
seu sonho, fez um decreto ordenando a morte de todos os magos, sábios e
encantadores. O profeta Daniel e seus três amigos, Ananias, Misael e Azarias,
sendo jovens e recém formados na corte babilônica, não foram chamados pelo rei
juntamente com os outros sábios, mas o decreto da matança também os incluía.
Daniel, avisado sobre o decreto, prudentemente Daniel pediu ao chefe da guarda (Arioque era seu nome), permissão para falar com o rei, e pedir um pouco mais de tempo para que pudesse dar a interpretação do sonho. Isto lhe foi concedido. E em seguida foi para sua casa e comunicou o fato aos seus três amigos, que juntos em oração pediram misericórdia ao Senhor Deus, a fim de não perecerem com os demais sábios. Sendo YAHWE um Deus compassivo e misericordioso para com seus servos, revelou o sonho do rei ao profeta Daniel numa visão de noite.
2. Daniel Louva a Deus pela revelação (Dn 2.20-23). A noite enquanto dormia, todo o mistério lhe
foi revelado. Observe que após o tempo de oração eles foram dormir. Imagine,
você saber que sua vida corre perigo, que seu tempo de vida pode estar chegando
ao fim e mesmo assim, dormir tranquilamente.
A atitude de Daniel e seus amigos mostram que eles de fato confiavam no
Senhor, e estavam tranquilos com relação a Sua providência.
Foi exatamente enquanto Daniel dormia que o Senhor lhe revelou o sonho e
sua interpretação. Enquanto ele descansava em Deus.
Após o Senhor Deus ter revelado
o sonho do rei ao profeta Daniel, ele O louvou grandemente dizendo: “Seja
bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força;
Ele muda os tempos e as horas; Ele remove os reis e estabelece os reis; Ele dá
sabedoria aos sábios e ciência aos entendidos. Ele revela o profundo e o
escondido e conhece o que está em trevas; e com Ele mora a luz” (Dn 2.20-22).
O Deus de Daniel é o nosso Deus e continua nos dias de hoje,
fazendo milagres, operando maravilha e revelando a Sua Palavra aos seus servos,
é por isso que Jesus diz: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas” (Ap 3.22).
Após Daniel ter louvado ao Rei dos reis e Senhor dos senhores, foi ter com o rei Nabucodonosor, não para reivindicar mérito pessoal por revelar o sonho e a interpretação. Devemos tomar cuidado para nunca aceitar mérito e louvor por aquilo que Deus faz através de nós. Mas foi para fazer conhecido ao rei o que ele havia sonhado.
3. Daniel na presença do
rei (Dn 2.25-30). Posto na presença do rei, este jovem judeu declarou as
visões que o rei havia tido em sua cama, exatamente como elas aconteceram. Esta
primeira visão, embora não tenha sido dada primariamente a Daniel, foi
interpretada. Isto causou uma grande surpresa no coração do rei, pois era exatamente
o que havia sonhado alguns dias anteriores a este encontro.
Quanto à entrada de
Daniel na presença do rei foi algo surpreendente, e Daniel falou as palavras
que se seguem:
“Então, Arioque depressa introduziu Daniel na presença do rei e lhe disse: Achei um dentre os filhos dos cativos de Judá, o qual revelará ao rei a interpretação. 26- Respondeu o rei e disse a Daniel, cujo nome era Beltessazar: Podes tu fazer-me saber o que vi no sonho e a sua interpretação? 27- Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos nem astrólogos o podem revelar ao rei; 28- mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça, quando estavas no teu leito, são estas: 29- Estando tu, ó rei, no teu leito, surgiram-te pensamentos a respeito do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela mistérios te revelou o que há de ser. 30- E a mim me foi revelado este mistério, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses as cogitações da tua mente.” (Dn 2.25-30).
II. DANIEL REVELOU E INTERPRETOU O SONHO (Dn 2.36-43).
Daniel 2.31-35 “Tu, ó rei, estavas
vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta, que era imensa e de extraordinário
esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. 32- A
cabeça era de fino ouro, o peito e os braços, de prata, o ventre e os quadris,
de bronze; 33- as pernas, de ferro, os pés, em parte, de ferro, em parte, de
barro. 34- Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos,
feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. 35- Então, foi
juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se
fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se
viram mais vestígios. Mas a pedra que feriu a estátua se tornou em grande
montanha, que encheu toda a terra.”
Na enorme estátua do sonho do rei, está predita a história
das nações dos “tempos dos gentios”, começando por Nabucodonosor até a vinda de
Jesus em glória.
Esta visão revela, em caráter profético, como dar-se-ão
os acontecimentos sociais e políticos concernentes aos grandes reinos, impérios
e confederações de países no mundo contemporâneo a Daniel, no período posterior
aquele e no futuro (nossos dias).
Prosseguindo, vemos Daniel descrevendo o relato da interpretação do tal sonho. E a interpretação, que segundo ele é fiel, pois ela cumpre-se na íntegra na história da humanidade que são os quatro últimos impérios mundiais.
1. Cabeça de ouro, o reino Babilônico (
A cabeça de ouro é a Babilônia,
o reino do conquistador Nabucodonosor. O Império Babilônico representa o começo, o início dos tempos dos gentios. Sobre a expressão
“tempos dos gentios” (cf. Lc 21.24).
Babilônia nos dias
de Nabucodossor, detinha a hegemonia mundial, após ter derrotado a Assíria, em
Depois da morte de
Nabucodonosor, encontramos entre os seus sucessores o rei Nabonido (556-
2. O peito e
os braços de prata, o reino Medo-Persa. “Depois de ti, se levantará outro
reino, inferior ao teu...” (2.39a).
“Depois de ti...” O reino babilônico seria seguido por um reino inferior, representado pelo
peito e braços de prata (v. 32), este reino seria o império medo-persa fundado
por Ciro (539 a.C.), o segundo Império mundial.
Para identificar os próximos
dois, consideramos uma visão de Daniel no finalzinho do domínio babilônico,
relatada no capítulo 8. Nesta visão, Deus mostrou-lhe mais detalhes sobre os
próximos dois reinos, e os identificou como a Média-Pérsia (8.20) e a Grécia
(8.21). Ligando as duas profecias, percebemos que a parte de prata representa
Média-Pérsia, o reino que venceu a Babilônia em
3. O ventre e as
coxas de cobre, o reino Grego. “...e
um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra.” (2.39b).
Um terceiro reino, simbolizado pelo ventre e coxas de cobre,
representava o império grego fundado por Alexandre Magno (330 a.C.).
Aqui Daniel não traz os pormenores deste império. Mas no capítulo 7, sim. Trata-se do terceiro império mundial, a Grécia. O império que conquistou um território enorme no quarto século a.C.
4. As duas pernas de ferro, o reino Romano. “O quarto reino será forte como ferro; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará.” (Dn 2.40).
O reino de ferro (v. 33) representa o Império Romano. As pernas são a parte mais longa do corpo, o que indica a extensão do domínio romano. O Império Romano é considerado a maior civilização da história ocidental. Durou cinco séculos: começou em 27 a.C. e terminou em 476 d.C., conquistou praticamente todo o mundo antigo conhecido. As duas pernas correspondem a divisão do império romano ocidental e oriental. O imperador Diocleciano em 286 introduziu o sistema da tetrarquia, com dois imperadores intitulados Augusto, um no Oriente e um no Ocidente, cada um com um César nomeado. No entanto, o Império Romano do Oriente prolongou-se por mais um milénio, tendo sido conquistado pelo Império Otomano em 1453. [Wikipédia. Império Romano https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romano#:~:text=O%20Imp%C3%A9rio%20Romano%20(em%20latim,na%20Europa%2C%20%C3%81frica%20e%20%C3%81sia - Acesso dia 14/052022].
Os pés, em parte é ferro, em parte de barro. (Dn 2.33,
41-43). Ferro e barro não se misturam. Isto revela que neste tempo do fim
não haverá “nações unidas” de fato. A propalada união das nações nestes últimos
dias através da ONU. O ferro é o governo ditatorial, totalitário que hoje cada
vez aumenta em todos os continentes (v. 40). O barro é o governo do povo,
democrático, republicano. O barro é formado de partículas soltas, o que indica
governo do povo, como apresenta-se o regime democrático. Já o ferro é formado
de blocos compactos, indicando poder centralizado. Temos hoje no mundo estas
duas formas de governo. Vemos assim pela Palavra de Deus que a última forma de
governo na terra será o governo do Anticristo (ditatorial).
Os dez dedos dos pés na imagem (2.41-42) são dez reinos, como forma de expressão final do Império
Romano, que ressurgira no governo do Anticristo e do falso profeta, no fim dos
dias.
Como os pés são ao mesmo tempo
10 dedos, seria imaginação demais supor que o último império mundial humano
será formado por 10 reinos? Não, pois no livro do Apocalipse capítulo 13, diz
claramente que o último reino dos homens (liderado por um líder soberbo chamado
a Besta) será formado inicialmente por exatamente 10 reis (que também são
chamados pelo profeta de 10 chifres da Besta). A Profecia é perfeita e
combina-se entre si em cada detalhe. Em resumo: Os 10 dedos da estátua formarão
um novo reino, com um só propósito (conforme fala Apocalipse, capítulos 13 e
17, os 10 chifres da Besta), entregar o governo mundial para o Anticristo, mas
este reino será um fracasso. Será a última tentativa do homem de fazer a coisa
certa, antes do Reino de Deus ser implantado na terra. Esta mistura fracassada
de ferro e barro (Oriente e Ocidente) já está acontecendo em nossos dias, como
provamos anteriormente. Basta prestar atenção ao noticiário. Líderes mundiais
viajam de um lugar para outro, todos falam em Globalização governo único. Em
que ponto da estátua encontramo-nos atualmente? Justamente nos dedos, ou seja,
a época dos dedos da Estátua.
A escala decrescente dos valores dos metais na estátua profética (2.32-33). Ouro, prata, bronze, ferro com barro, mostra a degradação da raça humana, na área moral, social e política, basta vermos as notícias mundiais para comprovarmos a imoralidade, corrupção e injustiças que fazem parte da humanidade sem Deus.
III. O REINO DO SENHOR JESUS CRISTO
“Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus fez saber ao rei o que há de ser futuramente. Certo é o sonho, e fiel, a sua interpretação.” (Dn 2.44-45).
Nabucodonosor viu, em seu sonho, uma Pedra vindo do céu e atingindo a estátua nos pés. Mas o que ela representa? O Reino de Deus, através de Jesus Cristo, que será implantado em breve, cuja capital será Jerusalém. Em várias partes da Bíblia Jesus é comparado a uma Rocha, uma Pedra para edificação e proteção do seu povo, mas também para destruição dos seus inimigos.
1. Este reino é proveniente do céu. O versículo 34
diz: “Uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos” No evangelho segundo Mateus 21.42-44, temos a explanação da
profecia da Pedra, dada por Jesus, que é a própria Pedra. A Pedra rejeitada por
Israel Atos 4.11 “Este Jesus é a
pedra rejeitada por vós”. Pedro referindo-se aos judeus que crucificaram Jesus,
pois os judeus não queriam que Jesus reinasse sobre eles; “Não queremos que
este reine sobre nós” (Lc 19.14).
Paulo em 1ª Co 10.4 também fala
sobre Jesus com pedra dizendo: “E beberam todos duma mesma bebida espiritual,
porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo” (rf. 1ª Pe 2.4). A Pedra angular da igreja,
a pedra de esquina (Ef 2.20).
A Pedra esmiuçará as nações (2.44): “aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó”. Isto é
futuro, e refere-se ao Senhor Jesus na sua vinda em glória, com os santos (a
Igreja) e os anjos para esmiuçar (quebrar) as nações e estabelecer o seu reino.
O salmista já fazia suas predições dizendo: “Tu os esmigalharás
com vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó
reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra servi ao Senhor com
temor, e alegrai-vos com tremor” (Sl
2.9-11).
Uma montanha nada mais é do que barro e pedra sob diferentes
formas. Isto fala de Jesus que nasceria como homem aqui na terra (Is 53.3), sem intervenção humana, isto
é, sendo gerado pelo Espírito Santo, e não pelo homem. Algo idêntico ocorrerá
quando o Reino de Deus for estabelecido aqui brevemente, ou seja, sem auxílio
humano. Sua conquista não será efetuada por armas carnais:
“E então será revelado o iníquo (Anticristo), a quem o
Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor de sua
vinda” (2ª Ts 2.8).
Quanto à expressão “sem o auxílio de mãos” quer dizer, sem o
auxílio de mãos humanas (cf. Dn 8.25).
A pedra bateu violentamente nos pés da estátua e esmiuçou-a. Quatro vezes está
dito que a pedra esmiuçou a imagem (Dn 2.34, 40, 44, 45). Portanto, o mundo não findará convertido pela
pregação do Evangelho, e sim destruído com violência sobrenatural na vinda de
Jesus. Isto ocorrerá em Armagedom, no tempo do domínio mundial das nações
confederadas sob o governo do Anticristo (Ap 17.11-13; 19.11-21).
A pedra que Jesus feriu a estátua nos pés, e em seguida
destruiu a cabeça, o peito, o ventre e as pernas (2.34). Isto indica que todas as formas de governo representadas por
estas partes da estátua, existirão sob a Besta, no futuro que será destruída
por Cristo onde será implantado Seu governo por mil anos. Ainda que o Império
Romano se reerga, Cristo o destruirá. Nosso Senhor é Aquela pedra que, sem
esforço humano, abateu-se sobre a estátua vista por Nabucodonosor.
O Mercado Comum Europeu, Asiático, Mercosul e ALCA: já é o
palco para o Anticristo. A estátua começou como uma obra grandiosa e fina, e
terminou em pó (2.35). A pedra
começou com uma pedra diminuta, mas depois encheu o mundo inteiro: “encheu toda
a terra”. Isto mostra a magnitude e poder de Cristo.
A
profecia de Daniel afirma: “Então foram juntamente esmiuçados o ferro, o barro,
o bronze, a prata e o ouro, os quais fizeram-se como a pragana das eiras no
estio, e o vento os levou, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a pedra,
porém, que feriu a estátua tornou-se uma grande montanha, e encheu toda a
terra” (Dn 2.35).
Os
reinos do mundo (e todos os seus súditos) serão destruídos e soprados para
muito longe, porém o reino da Pedra (e seus súditos) encherão a terra e
reinarão para sempre.
O
rei Nabucodonosor viu esta Pedra em seu sonho. A Pedra caiu do céu, atingia a
grande estátua nos pés e transformava tudo em pó. Isto representa a Segunda
Vinda de Cristo para estabelecer o Seu Reino na terra, após julgar e destruir
seus inimigos.
O rei Nabucodonosor ficou estarrecido ao ouvir do profeta Daniel as revelações contidas em seu sonho. Tudo cumpriu-se exatamente como Deus planejou. Cabe a cada pessoas receber a mensagem do Reino e permitir que ele se estabeleça em sua vida.
“Nos dias desses reis...” isto é, na época da unificação deste
reino dividido, no tempo de formação deste último império, em outras palavras:
em nossa própria época. O nosso tempo é a formação do reino dos dedos da
estátua. Isto já está acontecendo. Agora só falta a pedra.
Portanto,
desde Babilônia, está sendo cumprido hoje e será justamente neste período que
se levantará o Anticristo (6 é o número do homem rebelde). O 7.º período (O
REINO DE JESUS CRISTO) está aproximando-se velozmente. A Profecia é perfeita e
a Matemática de Deus também.
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau SC