TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 5 de abril de 2013

PNEUMATOLOGIA



I. INTRODUÇÃO

Pneumatologia é a consideração das Escrituras concernente ao Espírito Santo. Muito erro e confusão existe em nossos dias no tocante à personalidade, às operações e às manifestações do Espírito Santo. Eruditos conscientes, mas equivocados, têm sustentado pontos de vista errôneos a respeito desta doutrina. Inclusive Hebert Lockyer diz: “O erro de tratar o Espírito Santo de uma maneira impessoal pode ser reconstituído até o terceiro século quando a teoria foi estabelecida que o Espírito Santo era uma mera influência, uma aplicação de energia divina e poder, uma emanação de Deus”. O Espírito Santo não é uma força impessoal. Este ponto é especialmente importante agora por causa das tendências panteístas que estão nos influenciando através das religiões orientais.

No N.T., o Espírito Santo é mencionado quase 300 vezes, e muita proeminência é dada à Sua Pessoa e trabalho. O p´roprio entendimento do Espírito Santo é básico, inclusive a muitas doutrinas – inspiração da Bíblia, muitos aspectos importantes da salvação, e muitos facetas da vida cristã. É vital para a fé de todo crente cristão, que o ensino bíblico a respeito do Espírito Santo seja visto em sua verdadeira luz e mantido em suas corretas proporções.

II. O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA

1. Gramaticalmente.

A gramática no grego, nos mostra que “o Espírito Santo é uma pessoa”. Uma evidência da personalidade do Espírito Santo é o uso do pronome masculino ao representá-lo. A palavra grega para espírito é pneuma que é substantivo do gênero neutro. A própria gramática nos ensina que quando um pronome é substantivo por um substantivo, o pronome deve ser do mesmo gênero (pessoa e número) como o substantivo.

Mas no N.T. grego, isto nem sempre é o caso quando pronomes são substituídos pela palavra Espírito. João 16.13-14 diz: “Quando (ele) (ekeinos) vier, porém, o Espírito (pneuma) da verdade, ele (incluído no verbo) vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele (ekeinos) me glorificará, porque há de receber do que é meu e vô-lo há de anunciar”.

Nestes dois versículos o pronome “ele” (subentendido em português) no verso 13 “quando (ele vier” e no verso 14 “Ele me glorificará” é masculino, onde esperaríamos um pronome neutro - (ver também Ef 1.13b, 14): “…fostes selados com o Santo Espírito da promessa. O qual é o penhor da nossa herança…”, onde a palavra traduzida “o qual é atualmente o pronome masculino no grego.

Estes dois exemplos de má gramática são excelente teologia, pois mostra que o Espírito Santo não é uma coisa neutra, mas uma pessoa definida. Também em João 15.26: “… o Espírito da verdade, que dele procede, esse (ekeinos)…”. O uso do pronome masculinos em vez de neutro, mostra que o Espírito é uma pessoa.

Há ainda um testemunho que precisa ser mencionado: é o uso do substantivo masculino (parakletos) empregados por Cristo ao referir-se ao Espírito Santo (Jo 14.16-17). O próprio Cristo era Consolador dos discípulos (1ª Jo 2.1) e consolou-os diante da iminência de deixá-los, prometendo-lhes outro Consolador (parakletos).

Esta palavra “outro” (Jo 14.16 é alllos que expressa uma diferença numérica) e denota outro da mesma espécie ou tipo. Aqui, então, Jesus ia enviar um outro como Ele mesmo. Tudo o que Jesus era para Seus discípulos, o outro Consolador havia de ser, e ainda mais (devido às limitações humanas de Jesus) – uma pessoa que viria substituir outra pessoa. Noutras palavra, o Espírito Santo dá prosseguimento ao que Cristo fez aqui na terra.

Consolador. Jesus chama o Espírito Santo de “Consolador”. Trata-se da tradução da palavra grega parakletos, que significa literalmente “alguém chamado para ficar ao lado de outro para ajudar”. É um termo rico de sentido, significando Consolador, Fortalecedor, Conselheiro, Socorro, Advogado, Aliado e Amigo.

Ele possui as características de uma pessoa: “inteligência, emoção e vontade ou volição”.

Quando falamos em “pessoa” normalmente pensamos em seres humanos. Um ser humano possui inteligência, emoção e vontade que distingue dos irracionais. Porém estas características fazem parte do homem interior, do ser imaterial. Por isso, é que usamos esta expressão ao Espírito Santo.

Em conexão com Cristo (Jo 16.14; 17.4). O Espírito Santo glorifica outro membro da Trindade, a saber, Cristo e Cristo ao Pai. Em Jo 16.14, o Espírito Santo está relacionado ao Senhor de tal maneira que podemos concluir que ambos são pessoas.

2. O Espírito Santo tem percepção intelectual ou capacidade de pensar.

“Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais” (1ª Co 2.1-13- outras ref. Rm 8.27; NE 9.20; Jo 14.26; Is 11.2; Jo 15.26; 16.12-14).

Então, o Espírito Santo não é mero poder ou influência, e sim uma Pessoa dotada de intelecto que conhece as profundezas de Deus e no-las revela.

3. O Espírito Santo tem reação emocional ou a capacidade de sentir:

“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4.30 – outras ref. Is 63.10; Rm 8.26; Rm 15.30).

Ninguém pode entristecer a lei da gravidade ou fazer que o vento oriental se lamente. Portanto, a não ser que o Espírito Santo seja uma pessoa, a exortação de Paulo em Efésios 4.30, seria sem significado e supérflua.

4. O Espírito Santo tem determinação volitiva ou capacidade de escolher.

“Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente” (1ª Co 12.11 – Is 63.10; Is 59.19; At 13.2-4; 16.6-7; 15.28). Aquele que é impessoal não possui volição.

“Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?” (Tg 4.5).

III. A EXISTÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO

“Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hb 9.14).

Se o Espírito Santo existe como Ser divino, Ele não é uma parte deste, mas é o próprio Deus Espírito (Jo 4.24). Ele tem existência própria, mas isto não significa que esteja separado da divindade. As pessoas da Trindade são distintas em suas manifestações, mas pertencem à mesma essência indivisível e eterna. O Espírito Santo não se originou em nada e em ninguém, pois tem origem em si mesmo. Ele é a expressão da unicidade de Deus. Nós e os anjos fomos criados e, por isso, dependemos do Criador. Mas o Espírito Santo não depende e nem precisa de alguém, embora queira e possa livremente relacionar-se com sua criação. Jesus declarou que o Pai tem vida em si mesmo (Jo 5.26). Se o Pai pertence á mesma essência divina do Filho, o Espírito Santo também possui existência própria e total independência de todas as coisas.

IV. OS ATRIBUTOS DO ESPÍRITO SANTO

Quando nos referimos ao termo “atributo”, falamos de algo que também pertence ao Espírito Santo. De fato, são propriedades qualitativas, jamais adquiridas ou acrescentadas, mas pertencentes a Ele eternamente. Um atributo é uma qualidade ou característica inerente em um ser. Destacaremos apenas dois atributos.

1. A imutabilidade.

Ela é própria do Espírito Santo. Significa que Ele está livre de toda a mudança (Ml 3.6). Tudo o que se diz a respeito dele, como Deus Espírito, é perfeito e imutável. Este atributo não é exclusivo de uma pessoa da Trindade, mas pertence às três (Rm 1.23; Hb 1.11).

2. Eternidade (Hb 9.14).

Ela é um atributo intrínseco na divindade. Por isso, o autor da carta aos Hebreus identifica o Espírito Santo como “o Espírito Eterno”. Ele transcende a todas as limitações temporais. Dois outros termos ligados à eternidade ilustram e aclamam ainda mais este atributo. O Espírito Santo é infinito e imenso. Por infinidade, entende-se que sua existência não tem fim. Nada confina o Espírito Santo no espaço, nem o retém no tempo. Por imensidade, compreende-se que o Espírito é total, pleno e completo. Ele na se divide, mas pode estar presente em toda parte com todo o seu Ser (Sl 139.7-12).

3. Ele é Santo (Ef 4.30-31; Rm 1.4).

Embora o homem possa possuir uma santidade relativa, santidade absoluta pertence a Deus; e sendo que esta santidade é atribuída ao Espírito Santo no Seu próprio nome, é um indício de sua deidade (Ef 1.3).

V. O ESPÍRITO SANTO NA CRIAÇÃO

Muito tempo antes que fosse criado o homem, e mesmo antes que houvesse mundo, o Espírito Santo existia. Em Gn 1.2 descreve-se a terra como uma massa informe, vazia e envolta em trevas. Um raio de esperança penetrava na escuridão: “O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Todos os 3 membros da Trindade tomaram parte na criação. O Pai exerceu volição e planejou a obra da criação; o Filho por Sua vez, executou esse plano. O Espírito Santo também contribuiu com a Sua cooperação que é especialmente a de conceder vida. Assim foi na criação e assim foi na ressurreição de Jesus; assim também é quando alguém nasce de novo. É o Espírito Santo quem provê a vida espiritual, seja para uma pessoa, seja para a Igreja.

O Espírito Santo é o provedor e sustentáculo da natureza, obra sobre a qual o livro de Jó tem muito que informar, por exemplo, em Jó 26.13, lemos: “E Pelo Seu Espírito ornou os céus”. A palavra “ornar” significa decorar ou adornar. Com que estão adornados os céus? Noite resplandece com o brilho dos corpos celestes. Os astrônomos estudam as mudanças de cor das estrelas. Quem não aprecia a beleza da aurora e do sol poente? O Cristão, muito especialmente, fica encantado com essas maravilhas porque também conhece o Artista cuja mão pinta tão lindas cenas. O salmista disse no Salmo 33.6: “Pela Palavra do Senhor foram os céus e todo o exército deles pelo Espírito de Sua boca”. O “Espírito de Sua boca” é o Espírito Santo que ajudou na criação dessas maravilhas encontradas no Universo. (Outras Ref. Jó 33.4 e Salmos 29.1).

VI. O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

Embora tenha sido muito poderoso o ministério do Espírito durante o Velho Testamento, encontramos no Novo Testamento que Seu ministério será ainda mais amplo, considerando a Sua manifestação na vida e no ministério de Jesus Cristo e na Igreja por Ele estabelecida. Durante 400 anos aproximadamente, antes do nascimento de Jesus, o Espírito Santo não falou aos homens. Nenhuma voz profética havia proclamado a mensagem de Deus ao seu povo. Então, de repente, inaugura-se um período de atividade espiritual incomum; um velho sacerdote e sua esposa, Zacarias e Isabel, ouviram um mensageiro celeste dizer -lhe que, contrariando a natureza, eles teriam um filho. Essa profecia cumpriu-se com o nascimento de João Batista, que era “cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe” (Lc 1.15). O próprio pai, Zacarias, também foi cheio do Espírito Santo em razão do que proferiu a maravilhosa profecia concernente ao menino, registrada em Lc 1.67-79.

“Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo:...” (Lc 1.67).

“E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.39). Trata-se de uma referência à glória de Cristo na cruz (ver 12.23-24). O Espírito não pode ser concedido na sua plenitude, enquanto o caso do pecado não for resolvido. O termo “Espírito”, aqui, diz respeiro à totalidade da obra do Espírito Santo no crente, tanto a regeneração (20.22) como no batismo no Espírito (At 2.4).

VII.O ESPÍRITO SANTO OPERANDO EM CRISTO

1. O Nascimento Virginal - Lucas 1.26-45.

Um anjo apareceu a uma virgem por nome Maria, em Nazaré, anunciando-lhe que pelo Espírito Santo conceberia e daria à luz um filho. O Salvador do mundo. O anjo também apareceu a José, com quem ela era desposada, assegurando-lhe que a gravidez seria resultante da agência do Espírito Santo.

2. Apresentação no Templo - Lucas 2.31-36.

Após o nascimento de Jesus, em Sua apresentação no templo, outra vez o Espírito manifestou-se de modo especial. A Simeão Ele revelou a verdadeira identidade desse menino, dizendo-lhe que era o Messias Prometido. Simeão, um homem sobre quem o Espírito Santo estava, veio pelo mesmo Espírito ao templo, no momento oportuno, e por Ele falou concernente a Jesus, a quem tomou nos braços.

“Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, 31 a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel” (Lc 1.26-32).

3. Jesus, o Servo de Jeová - Filipenses 2.5-8.

Após um período de aparentemente menor atividade, o Espírito Santo tomou a manifestar-se de um modo especial na vida de Jesus. Melhor entenderemos essa atividade, se compreendermos como Jesus esvaziou-se de Sua glória, experiência está mencionada em Fp 2.7, onde está dito que Cristo era co-igual com Deus, sim, era o verdadeiro Deus; fazia parte da Deidade. Embora gozando dessa posição elevadíssima, Ele voluntariamente renunciou-a, tomando-se homem, a fim de sofrer a morte. Ele despojou-se da glória que tinha junto com o Pai, antes que o mundo existisse, Jo 17.5. Vindo ao mundo em corpo humano, Ele voluntariamente tomou sobre Si a forma de servo.

Através do ministério do Espírito Santo, Ele tornou-se dependente de Deus. Limitou-se a operar obras sobrenaturais pelo poder do Espírito Santo, no qual confiou.

Esta verdade deverá encorajar os crentes de hoje, pois eles também poderão receber o mesmo poder que operou em Cristo o do Espírito Santo.

4. O início do ministério - Mateus 3.13-17.

Quando Jesus foi batizado por João no Rio Jordão, o Espírito Santo “desceu sobre Ele, assinalando o início do Seu Ministério. Que cena aquela! Ao imergir Jesus, o Filho de Deus, o João Batista viu o sinal que Deus lhe indicara”. Sobre aquele que vires descer o Espírito Santo e sobre Ele repousar (Jo 1.35). Assim, quando os céus se abriram e o Espírito Santo desceu em forma de pomba, João percebeu que contemplava o próprio Cristo.

5. O ministério público.

O Espírito Santo operou de uma maneira especial no ministério do Filho de Deus. Primeiramente, o Espírito conduziu-o ao deserto para ser tentado ou provado pelo Diabo.

Mt 4.1-10. Marcos descrevendo o mesmo incidente, emprega um termo mais forte: impeliu-o. Quem pensaria que o Espírito Santo “impeliria” Jesus a ser tentado? Vamos lembrar que o Espírito não levou Jesus ao deserto, para então abandoná-lo aos ataques de Satanás. Em verdade foi pelo Espírito que Jesus ganhou a vitória sobre toda a tentação, usando Ele a espada do Espírito, a Palavra de Deus (Hb 4.12).

Ungiu Seu ministério público (At 10.38). A seguir teve início Seu Ministério de 3 anos e meio, tão repleto do poder de Deus, no qual enfrentou e venceu todos os inimigos da humanidade. Os Demônios fugiram ante a Sua presença; a lepra desapareceu ao toque de Sua mão; as vistas que nunca enxergaram, viram; abriram-se os ouvidos aos surdos; tal ministério não tinha precedentes na história humana.

A própria natureza obedeceu à Sua ordem “aquietai-vos”, acalmando a fúria da tempestade. As águas do mar solidificaram-se sob seus pés. Ele multiplicou pães e os peixes de modo a alimentar milhares.

A própria morte perdeu seu poder ante a Palavra de Cristo, dizendo à filha de Jairo: “Talita cumi”, ou ao filho único da viúva, “moça, eu te digo” ou “Lázaro, para fora!”; a Sua voz se fez ouvida nas regiões dos mortos, ordenando-lhes o retorno da vida. A pregação de Jesus era diferente da de qualquer outro homem. “Nunca homem algum falou como este homem”, disseram aqueles que O ouviram. Não era somente o conteúdo de Sua mensagem, como também a maneira de expressar, que causava admiração. Havia força e tremenda autoridade do Seu falar que transformava a vida de Seus ouvintes. Sim, esse maravilhoso ministério de Cristo era o resultado do poder do Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade, que nele operava. Cristo exerceu Seu ministério, não como divino apenas, mas sim como um homem perfeito, ungido pelo Espírito Santo.

A começar no dia de Pentecostes, o Espírito Santo tem estado em atividade incomum, muito especialmente desde o início do século XX, quando surgiu o moderno movimento pentecostal. Entendemos que este derramamento do Espírito representa um dos importantes sinais do regresso de Jesus a este mundo.

A proeminência que o Espírito Santo em Sua obra ocupa, nestes dias, torna imperativo que os crentes sejam bem informados acerca da Terceira Pessoa da Trindade. A pessoa que se aprofunda, biblicamente, neste assunto desfrutará de ricas experiências espirituais, pois é através do Espírito que Cristo se revela ao mundo.

É pelo Espírito que Cristo opera com poder na Sua Igreja.

Precisamos de Sua plenitude. Os tempos que atravessamos são tempestuosos e Satanás, sabendo que seu tempo é curto, opera vigorosamente contra Deus e contra a Sua causa.

Somente pelo poder do Espírito Santo poderemos vencer essas forças diabólicas assestadas contra nós.

Enquanto estudamos acerca da natureza e do ministério do Espírito Santo, não nos contentemos com apenas um conhecimento superficial do assunto, mas imploremos ao Senhor, a plenitude dessa bênção e do poder que o Espírito Santo veio ao mundo suprir.

6. Na ressurreição de Jesus.

“Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Rm 8.9-11).

Como se pode ver, Paulo alude sem menor constrangimento às três pessoas da Trindade: o Pai que ressuscita, o Filho ressuscitado e o Espírito da ressurreição. E tem mais: a ressurreição de Cristo é o penhor e o padrão da nossa ressurreição. O mesmo Espírito que o ressuscitou haverá de nos ressuscitar. O mesmo Espírito que dá vida ao nosso espírito (v.10).

VIII. O ESPÍRITO SANTO NA IGREJA

Tendo se realizada a ascensão de Cristo à destra do Pai, o Espírito veio ocupar um lugar ainda mais proeminente entre os homens.

Cristo prometeu aos Seus discípulos que receberiam poder lá do alto, afim de que cumprissem a Grande Comissão que lhes ordenara (At 1.8). O Senhor identificou essa experiência dizendo-lhes que dentro de poucos dias seriam batizados com o Espírito Santo (At 1.5).

1. Pentecostes.

No Cenáculo, os 120 seguidores de Cristo esperavam a vinda do Espírito Santo, a qual verificou-se no dia de Pentecostes. Esse evento Poderoso, incluindo Línguas como que de fogo, experiência que encheu os corações desses irmãos, possibilitando-lhes falar línguas por eles desconhecidas, mediante poder sobrenatural.

2. Os Atos do Espírito Santo.

O livro de atos bem poderia ser chamado “Os Atos do Espírito Santo”. Qual era o poder que transformou os homens? Qual a razão de tantos milagres operados na Igreja do primeiro século? Como se explica a divulgação tão rápida do evangelho nesse tempo, iniciando um movimento que perdura em nossos dias? Essa foi à obra do Espírito Santo.

Espírito Santo pode ser definido como um fluido que emana de Deus Jeová, porém não se trata de uma pessoa coexistente com Ele, como ensinam as religiões organizadas”.

Em At 5.3,4 diz: “Mentiste ao Espírito Santo... mentiste a Deus”.

No Sl 139.7.12, vemos o Espírito Santo como onipresente; a onipresença é um atributo de Deus.

Em At 10.19,20, o Espírito Santo fala com uma pessoa e chama a Si mesmo “Eu”.

Sl 143.10 O Espírito Santo guiando-nos. Somente uma pessoa pode guiar outra. Uma influência ou poder não pode.

3. Na adoração.

Como precisamos que o Espírito Santo inflame nossa adoração! Como nosso espírito precisa ser estimulado pelo Espírito Santo para que a nossa adoração seja verdadeira. A Palavra de Deus nos diz: “Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus senão pelo Espírito Santo” (1ª Co 12.3).

Se não podemos dizer que Jesus é o Senhor sem Ele, como podemos adorar em espírito sem o poder do Espírito Santo? Deve haver uma revelação do Espírito Santo em nosso espírito, permitindo-nos adorar a Deus, que é Espírito, em espírito.

“O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16).

O Espírito Santo nos transmite confiança de que, por Cristo e em Cristo, agora somos filhos de Deus (Jo 1.12). Ele torna real a verdade de que Cristo nos amou ainda nos ama e vive por nós no céu, como nosso mediador (Hb 7.25). O Espírito Santo nos revela que o Pai nos ama como seus filhos por adoção, não menos do que Ele ama Seu Filho Unigênito (Jo 14.21-23; 17.23). Finalmente, o Espírito cria em nós o amor e a confiança que nos capacita a lhe clamar “Aba, Pai” (Rm 8.15).

IX. OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO

A prova da personalidade do Espírito Santo certamente não inclui a prova de que Ele é Deus. O contrário é verdade, porém, pois se Ele é Deus Ele deve ser também uma pessoa como Deus é. A negação da deidade e da personalidade normalmente vão juntas, embora alguns creiam que Ele é uma pessoa sem ser que Ele é também divino. Mais argumentos da deidade do Espírito Santo são os nomes divinos que lhe são atribuídos.

A essência corpórea do Espírito não é oposta à idéia da transcendência do Espírito, que é contra toda a existência carnal.

O Espírito Divino é mencionado no Antigo Testamento sob diversos nomes, e suas atividades podem ser vistas através da dispensação. Embora designações como “Espírito de Deus”, “meu Espírito”, “seu Espírito”, Espírito Santo”, e outras sejam vistas, a expressão mais comum é “Espírito de Yahweh”, ou “Espírito de YHWH”.

Uma vez que a esfera do AT é a prática, a espiritualidade de Deus no sentido filosófico não pode ser encontrada em suas páginas. A doutrina do Espírito não foi uma idéia central nem mesmo constante na religião hebraica, mas em alguns períodos “o Espírito desempenhou um papel proeminente na vida nacional”.

Knudson Albert C., apresentou três significados distintos da palavra “espiritualidade” aplicada a Deus:

“Ela significa que Deus é um espírito distinto da existência material ou física. Ela significa que Ele é livre da fraqueza da carne, e é um poder sobremundano, superior às forças da natureza. Ela significa também que há um lado interior em sua personalidade, lado racional e ético, e que é aí que Sua natureza essencial é encontrada”.

As limitações da espiritualidade de Deus no AT são devidas à ênfase sobre a personalidade de Iawé, com os resultantes antropomorfismos e a externalidade da adoração.

1. Espírito de Deus.

São muito significativos os nomes e títulos do Espírito Santo, pois esses revelam muito, concernente à obra e natureza. Por exemplo, às vezes, como em 1ª Co 3.16 é chamado “O Espírito de Deus”. Isso significa que Ele mantém uma relação especial para com o Pai tal qual Eliezer, o servo de Abraão que representou seu senhor quando foi buscar a esposa para o filho Isaque (Gn 24). Assim o Espírito Santo está cumprindo a obra de Deus em preparar uma esposa (a igreja Universal) para Cristo durante a dispensação atual.

Este nome retrata o Espírito Santo como alguém que procede da parte de Deus. Ele é enviado pelo Pai e pelo Filho. (Outras ref. At 5.3-4 e 2ª Co 3.17-18).

2. Espírito de Jeová.

“Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR” (Is 11.2).

Este nome se refere ao Espírito Santo como Aquele por meio de Quem os profetas falavam.

3. O Espírito do Senhor.

“O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados” (Is 61.1).

Ele chamado de “Senhor”. O Espírito Santo é identificado como Deus nessas passagens, de modo tal que comprova a Sua Divindade. Em Lc 3.21,22, o Espírito Santo é chamado “Senhor”. O original aqui é Kurios = senhor supremo.

Este título mostra o Espírito Santo como agente por intermédio de Quem é exercida a soberania de Deus.

4. Espírito de Vida.

“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2).

Esta “lei do espírito de vida” é o poder e a vida do Espírito Santo, reguladores e ativadores operando na vida do crente. O Espírito Santo entra no crente e o liberta do poder do pecado (cf. Rm 7.23). Ele não é apenas o Espírito vivo, mas também, é o Espírito que transmite vida.

Um dos mais sublimes nomes do Espírito Santo é o “Espírito de vida” (Rm 8.2). A vida que Jesus prometeu a Seus seguidores torna-se uma realidade através do Espírito Santo. Seu poder aniquila o poder do pecado e da morte. A cura divina também é efetuada em nossos corpos pelo mesmo Espírito, Rm 8.2; 1ª Co 12. O dia chegará quando Ele ressuscitará os nossos corpos mortais, como ressuscitou o corpo de Jesus.

5. Espírito de Adoção.

Nós, como crentes, regozijamo-nos no fato de sermos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, Rm 8.17. De que maneira isso se torna realizado? Pela operação do Espírito que em Rm 8.15 é chamado “Espírito de Adoção”. O testemunho íntimo do Espírito em nossos corações nos faz compreender que de fato somos os filhos de Deus, adotados para sermos participantes da família celestial.

6. Espírito Santo.

“Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11.13). O caráter e essencial do Espírito é salientado neste nome. Ele santo em pessoa e caráter, e também é o autor direto da santidade do homem.

A razão do Espírito Santo ser chamado de santo com mais freqüência que as demais Pessoas da Trindade, não é porque Ele seja mais santo que as outras duas, pois a santidade infinita não admite graus. Ele é assim oficialmente designado porque Sua obra é santificar. Se refere ao Espírito Santo cuja a santificação de crentes é a evidência de Cristo ter sido apontado Filho de Deus em poder e sendo agora exaltado.

O Espírito Santo tem valor inexplicável para o cristão. O caminho da Santidade é trilhado quando permitimos que o Espírito Santo cumpra em nós o Seu ministério. Ele é santo, esta santidade se transmite a quem anda pelo Espírito. Oxalá todos os crentes compreendessem bem que Ele vive em nós, renovando-nos segundo a imagem de Deus, criando em nós o anelo pela santidade, possibilitando uma vida vitoriosa. O segredo da Santidade é uma Pessoa, e esta Pessoa é o Espírito Santo.

7. Espírito da graça.

Em Hb 10.29 faz-se referência ao “Espírito de Graça”. Todo evangelho é um Evangelho de Graça. Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu Filho sem reservas. O Senhor Jesus oferece Seus dons simplesmente por Graça. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras para que se glorie” (Ef 2.8,9). De perfeito acordo com o Pai e o Filho, o Espírito Santo apresenta os tesouros celestiais em qualidade de dons gratuitos para o homem, trazendo a este mundo Espírito único do Pai e de Seu Filho e a proposta da Graça. Ele recusa tratar com aqueles que querem negociar Suas bênçãos. Jamais aceitará retribuição por Seu trabalho. Não permitirá jamais que se lhe atribuam méritos em retribuição por Seus dons. A graça é a Lei fundamental do Seu ministério; o Espírito é especialmente o “Espírito de Graça” (Zc 12.10).

8. Espírito de oração.

Em Zacarias 12.10 se faz referência ao Espírito Santo com o nome de Espírito de Oração. Do mesmo modo o apóstolo Paulo diz o seguinte: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.

E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito, e é Ele que segundo Deus intercede pelos santos, Rm 8.26-27. Em 1ª Co 14.2 diz: “Porque se eu orar em língua estranha, o meu Espírito ora bem, mas meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com espírito, mas também com o entendimento”.

Isso designa particularmente o dom de línguas como o mistério de oração no espírito. O Espírito Santo é tão eficiente e competente em virtude de ser Deus mesmo e conhecer todas as coisas, que está capacitado na forma preeminente para dirigir a vida de oração do crente.

Ao falar por meio dos crentes cheio do Espírito Santo, mediante o dom de línguas, ou inspirando-lhes o entendimento, o Espírito Santo se constitui no poderoso Espírito de Súplica. Como é necessário que os crentes estejam cheios do Espírito de Súplica! Quanto poder-se-ia realizar para o reino de Deus na atualidade se os crentes cheios do Espírito Santo se dedicassem ao ministério da intercessão, permitindo que o Espírito de Súplica ore por meio deles, de acordo com a vontade de Deus?

9. Espírito da Verdade.

Estudaremos agora a revelação divina, no sentido de que o Espírito Santo é o Espírito de verdade - Jo 16.13. Na profecia de Isaías com respeito à vinda do Messias, tal como se registra no capítulo 11.2-3, o Espírito do Senhor se menciona como o “Espírito de sabedoria e de inteligência, Espírito de conselho e de fortaleza, Espírito de conhecimento e de temor a Jeová. E deleitar-se no temor do Senhor”. Temos aqui sete vocábulos referentes ao Espírito de Verdade. Dos sete Espíritos este é o único que se define com sete termos. Quando Cristo informava aos discípulos com respeito à descida do Consolador, que devia ocupar Seu lugar aos discípulos, afirmou que a obra e ministério especial desse Consolador seria de Ensinar-lhes todas as coisas (Jo 14.26; 16.13). Foi Cristo quem lhe deu o título de “Espírito de Verdade”, declarando ainda que “quando o Espírito de verdade viesse testificaria dele” (João 15.26). Uma vez que o Senhor Jesus é a Verdade, (Jo 14.16), é de esperar que o Espírito de Verdade testificará de Cristo, que é a verdade. Pela terceira vez o Senhor denomina o Espírito Santo como o Espírito de Verdade, em Jo 16.13. Declara que “Ele guiará em toda a verdade” e, ainda, “porque há de receber do que é seu e vo-lo há de anunciar”.

10. Espírito de Glória.

O último dos sete espíritos de Deus é o “Espírito de Glória” 1ª Pe 4.14; Rm 8.18. O que sofre vitupérios por causa de Cristo, não somente experimentará o Espírito de Glória em seu ser, senão que a glória que nele reside manifestar-se-á no último tempo. Pelas feridas do corpo e do Espírito, o Espírito de Glória acumula Sua Glória em nossa vida para o dia da redenção. Desta maneira proporciona nossa glorificação e do mesmo modo se glorifica o Senhor. Este foi o Espírito que repousou sobre Estevão, em circunstâncias que seus inimigos rangiam os dentes e se preparavam para matá-lo, At 7.55. Estevão foi glorificado, pois o Senhor se pôs de pé para recebê-lo. Cristo também foi glorificado pela lealdade resoluta e a devoção desse Seu servo.

11. O Consolador.

Cristo mesmo, ao anunciar a descida do Espírito Santo, menciona-o como “Consolador” (Jo 14.16). Em nenhuma outra parte das Escrituras há um título do Espírito Santo, revelando-o tão misericordioso. Os discípulos estavam atribulados. Necessitavam consolo divino. Jesus fez face a esta necessidade, prometendo-lhes o Dom, o qual lhes proporcionaria abundante consolo. O consolo que o Espírito Santo lhes daria não seria uma mera compaixão; de fato, Ele sararia as feridas de seus corações ao comunicar-lhes valor e fortaleza. Todo crente deve permitir que o Espírito Santo realize esse ministério em sua vida, At 9.31.

12. Espírito de Cristo.

A terceira pessoa da Trindade é chamada também o “Espírito de Cristo” (1ª Pe 1.11). Alguns erroneamente têm pensado que havia e há dois Espíritos diferentes. Mas esse não é o caso. O crente não recebe dois Espíritos, mas sim o Espírito Santo que vem em nome de Cristo, que o envia. A obra especial do Espírito é glorificar o Filho de Deus, e por esta razão tem o nome “Espírito de Cristo”.

“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9).

É evidente que o mesmo Espírito significa ambos: Espírito de Deus e Espírito de Cristo.

Todo o crente, desde que o momento que aceita Jesus Cristo como Senhor e Salvador, tem o Espírito Santo habitando nele. “E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”. E se não é dele então é de quem?

Esse nome mostra a relação do Espírito com o Messias, o Ungido de Deus. O próprio Espírito é que unge.

13. O Espírito de Seu Filho.

“E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gl 4.6).

O Espírito de Seu Filho produz, no coração do crente, o Espírito filial, dando-lhe a certeza que é um dos filhos de Deus.

Espírito de Cristo ou Espírito Santo de Jesus e o Espírito de Deus, não se referem a espíritos diferentes, mas são nomes dados a Sua personalidade, que mostram a harmonia entre a Trindade Divina.

14. Espírito de Jesus Cristo

“Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação” (Fp 1.19).

Comparar com At 2.32-33: “A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis”.

Ver Isaías 11.2 e comparar com Hebreus 1.9). Este nome identifica o Messias divino como o homem Jesus, e mostra a relação que o Espírito Santo sustenta com Ele, conforme aqui indicado.

São dados nomes ao Espírito Santo que revelam Sua relação com o Filho de Deus em Seu estado pré-existente, durante a Sua vida terrena, e após Sua ressurreição.

15. Espírito que sonda.

O Espírito Santo Sonda as profundezas de Deus (1ª Co 2.10-11) Não quer dizer que Ele sonda para saber ou descobrir, como não quer dizer isso também em Rm 8.27; Ap 2.23; Sl 139.1.

Expressa a atividade do Espírito Santo em lançar Sua luz sobre as profundezas de Deus para aqueles em quem Ele habita.

■O Espírito Santo fala (Ap 2.7; At 8.29; Hb 13.7; At 10.19; Jo 16.13; Mt 10.20).

■O Espírito Santo intercede (Rm 8.26; Zc 12.10; Jo 16.7).

■O Espírito Santo ensina (Jo 14.26; 15.25-26; 16.12-14; Mc 9.20; Lc 12.12; 1ª Co 2.13; Gl 4.6; Rm 8.16; 1ª Tm 4.1; 1ª Pe 1.11; 2ª 1.21; Is 11.2-3; Sl143.10).

■O Espírito Santo guia e conduz (Rm 8.14; At 16.6-7; Gl 5.18; Lc 2.27; At 10.19-20).

■O Espírito Santo chama os homens e os comissiona (At 13.2; 20.28; Is 61.1).

■O Espírito Santo convence o mundo (Jo 16.8.11; Gn 6.3).

■O Espírito Santo santifica (separa pessoas para o uso divino) (1ª Pe 1.2; Rm 15.16; 2ª Ts 2.13; At 15.8-9; 1ª Co 16.11).

■O Espírito Santo capacita o crente (At 1.8; cp. Lc 24.49).

■O Espírito Santo consola (Jo 14.16; 16.7; At 9.31).

■O Espírito Santo ouve (Jo 16.13).

■O Espírito Santo ama (Rm 15.30).

■O Espírito Santo pene e castiga (At 5.1-11).

■O Espírito Santo revela (1ª Co 2.10; Ef 3.5; At 20.23).

■O Espírito Santo faz lembrar (Jo 14.26).

■O Espírito Santo convida (AP 22.17).

■O Espírito Santo glorifica a Jesus (Jo 16.14).

■O Espírito Santo inspira (2ª Pe 1.21).

■O Espírito Santo peleja (Is 63.10).

■O Espírito Santo livra ou liberta (Rm 8.2).

■O Espírito Santo controla (Ef 5.18).

■O Espírito Santo fortalece (Ef 3.16).

■O Espírito Santo coloca-nos no corpo de Cristo (1ª Co 12.13).

Aquele que sonda, sabe, fala, testifica, revela, convence, muda, esforça-se (Gn 6.3), move, ajuda, cria, santifica, inspira, faz, intercessão, manda nos afazeres da Igreja, realiza milagres e ressuscita os mortos – não pode ser um mero poder, influência ou atributo de Deus, mas deve ser uma pessoa. (STRONG).

Pr. Elias Ribas


FONTE DE PESQUISA



1. BÍBLIA PENTECOSTAL, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
2. BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
3. BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
4. CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
5. FRANCISCO DA SILVEIRA BUENO, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11 ª Edição, FAE, Rio de Janeiro RJ.
6. GILMAR SANTOS. Teologia Sistemática. Faculdade de Teologia de Goiânia.
7. IBADEP, Religiões e seitas, 1ª Edição, 2003, Site, www.ibadep.com
8. ICP, Instituto Cristã de Pesquisa, Série Apologética, Volomes I ao VI, Site, www.icp.com.br
9. JOSÉ ELIAS CROCE, Lições Bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
10. Sociedade bíblica do Brasil: Concordância exaustiva do conhecimento bíblico. Sociedade bíblica do Brasil, 2002; 2005.
11. Strong James: Léxico hebraico, Aramaico e grego - Sociedade bíblica do Brasil
12.S.E. Mc NAIR, A Bíblia explicada, 4ª edição, 1985, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
13.WAGNER TADEU GABI, Religiões e Seitas, Revista Obreiro, ano 22, nº 11, DPAD, Rio de Janeiro RJ.

sexta-feira, 29 de março de 2013

JESUS NOSSO CORDEIRO PASCAL


Êx 12.2, 6, 7, 11, 12 “E falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: 2 - Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. 3 - Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. 4 - Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro. 5 - O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras. 6- E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. 7 - E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem.8 - E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. 9 - Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura. 10 - E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo. 11 - Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor. 12 - E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor. 13 - E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. 14 - E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.”

I. O SIGNIFICADO DA PASCOA

Quatrocentos anos antes, Jeová disse a Abraão: “Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. “Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas” (Gn 15.13-14).

Os quatro séculos de trevas haviam terminado. Era tempo de sair da escravidão para a riqueza; da opressão para a liberdade; da escuridão para a luz. Eles deixaram o Egito para trás, pois a Terra Prometida estava diante deles, fluindo com leite e mel.

O Faraó usava uma coroa com uma serpente naja na parte frontal. Esta serpente era o símbolo de Satanás (Gn 3.1-14; Ap 12.9). A coroa de Faraó simbolizava o principado dominante no mundo espiritual sobre o Egito. O tempo de Deus havia chegado para livrá-lo do domínio tirânico e satânico de Faraó, para o benévolo Reino de Deus, sob a liderança de Moisés. Assim como Satanás governou através de Faraó, Deus estenderia o Seu domínio através de Moisés e de seu cajado de pastor. “Toma, pois, este bordão na mão, com o qual hás de fazer os sinais” (Êx 4.17).

Faraó não desistiria dos seus escravos sem uma batalha. Dez pragas terríveis cairiam sobre o Egito antes que o Faraó e o povo egípcio suplicassem (Êx 12.31-32). Deus disse a Moisés que a última das dez pragas seria a destruição e a morte de TODOS os primogênitos dos animais e dos homens. Para salvar o Seu povo, Deus fez preparativos para “PASSAR SOBRE” eles, assim surgiu a PÁSCOA (Êx 12.11).

Páscoa no hb – pecach, (passagem); no gr - pasca - pascha - de origem aramaica e significa: Festa com que os israelitas comemoravam a saída do Egito, e a passagem à liberdade e à comunhão plena com Deus. É o acontecimento mais importante do Antigo Testamento. Foi a partir daí que a história da salvação começou a ser esboçada com cores mais fortes. Ceia pascal, sacrifício pascal (que era comum ser oferecido por causa da libertação do povo do Egito).

Cordeiro pascal, o cordeiro que os israelitas tinham o costume de matar e comer no décimo quarto dia do mês de Nisã (o primeiro mês do ano para eles) em memória do dia no qual seus pais, preparando-se para sair do Egito, foram ordenados por Deus a matar e comer um cordeiro, e aspergir as ombreiras de suas portas com o seu sangue, para que o anjo destruidor, vendo o sangue, passasse por sobre as suas moradas; Cristo crucificado é comparado ao cordeiro pascal imolado.

II. CONSERTO PERPÉTUO

Êx 12.24-28 “Guardai, pois, isto por estatuto para vós outros e para vossos filhos, para sempre. 25 - E, uma vez dentro na terra que o SENHOR vos dará, como tem dito, observai este rito. 26 - Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? 27 - Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou”.

A festa da Páscoa não deveria ser esquecida pelos israelitas, pois celebravam a libertação e a saída da escravidão do Egito. Seria uma festa perpetua.

III. LIBERTAÇÃO DO PECADO

Assim como a páscoa foi o fim da escravidão, do sofrimento e da pobreza para os filhos de Israel, da mesma forma, quando nos voltamos para o nosso Cordeiro Pascal, Cristo, temos também um novo começo: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2ª Co 5.17).

Os pecados, erros e fracassos do passado não nos comprometem mais. Fazemos parte de uma nova família, com uma nova genealogia, com uma nova aliança, e com um Libertador mais maravilhoso do alguém jamais poderia imaginar.

A libertação de Moisés foi maravilhosa. Foi uma salvação da escravidão e suas amarras. A salvação de Jesus, no entanto, é ainda mais maravilhosa. Ele salva do pecado e da sua penalidade. Começamos uma nova vida, temos um novo começo, quando nos chegamos a Cristo.

Que maravilhosa ilustração da nossa própria Salvação através de Cristo! A Páscoa retrata perfeitamente “... a nossa grande salvação” (Hb 2.3). A nossa libertação da escravidão ao pecado foi retratada profeticamente nestes eventos há cerca de 3.400 anos atrás no Egito.

IV. JESUS NOSSO CORDEIRO PASCAL

1. Libertação do pecado.
Observe que o cordeiro pascal era separado no décimo dia de Abibe (Abril). Eles tinham que examinar o cordeiro minuciosamente antes de o matarem no DÉCIMO QUARTO dia de Abibe. O cordeiro tinha que ser imaculado.

Lucas 19 registra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém oito dias antes de Sua crucificação. Exatamente na mesma hora em que o povo estava trazendo os seus cordeiros pascais para serem examinados pelos sacerdotes, Jesus, o Cordeiro de Deus, estava Se apresentando diante do povo e dos líderes para um minucioso exame antes do Seu sofrimento e glória.

Ele também, como “... o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo,” tinha que ser declarado: “santo, irrepreensível, imaculado, e inviolado pelos pecadores” (Jo 1.29; Hb 7.26).

2. Jesus foi examinado pelos sacerdotes religiosos.
No décimo dia de Abibe ¹, Jesus Se apresentou para inspeção. Isto é claro em Mateus 22.15-46. Esta incrível passagem mostra Jesus sendo examinado pelos Herodianos, Saduceus, Doutores da Lei, e pelos Fariseus. A conclusão deste tempo de testes e exame encontra em Mateus 22.46: “E ninguém lhe podia responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas”.

3. Examinado pelas autoridades Civis.
Após um minucioso exame do Cordeiro de Deus, o próprio Pilatos declarou que Jesus estava qualificado para ser o Cordeiro Pascal: “... não acho n’Ele crime algum” (Jo 19.4). Este veredicto legal e civil foi dado exatamente na mesma hora em que os cordeiros pascais estavam sendo examinados e declarados imaculados pelos sacerdotes. Pilatos declarou que Jesus era inocente três vezes (Jo 18.38; 19.4, 6).

Pilatos não compreendeu como foi importante esta declaração de inocência. Ele não sabia que Jesus era o Cordeiro de Deus, o Qual estava sendo apresentado a ele para ser inspecionado. Pilatos sabia muito pouco sobre o decreto divino de cerca de quatorze séculos antes: “O vosso cordeiro será imaculado, um macho...” (Êx 12.5). “Porém, se houver algum defeito (falha) nele... não o sacrificará ao Senhor vosso Deus” (Êx 12.21).

Em seu decreto final, as palavras de Pilatos são absolutamente proféticas: “... disse-lhes Pilatos: Tomai-O vós, e crucificai-O; porque não vejo nenhuma falha [imperfeição] n’Ele” (Jo 19.6).

Sem perceber, Pilatos estava declarando que Cristo, o Cordeiro de Deus, era digno de morrer como Cordeiro Pascal de Deus pela humanidade pecaminosa. Sim, após quatro dias de um minucioso exame, Jesus foi sacrificado. O VRDADEIRO SIGNIFICADO da páscoa havia sido alcançado.
Na mesma hora em que os cordeiros pascais estavam sendo sacrificados e o sangue deles estava sendo derramado no altar do Templo, eles levaram Jesus e O crucificaram.

O aspecto passado da páscoa relembra a libertação do Egito. O aspecto profético da páscoa foi cumprido no Calvário.

4. Uma cobertura de proteção.
Jesus tornou-Se uma cobertura de proteção para todos os que O recebiam como Seu Cordeiro Pascal. “O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito” (Êx 12.13). “Mas Ele pagou por vós, com o precioso sangue de Cristo, o imaculado e incontaminado Cordeiro de Deus” (1ª Pe 1.19).

Não foi nada por acaso o fato de que o sangue colocado na verga acima da porta, ao gotejar, formava uma linha vertical como a haste central da Cruz. Quando ligamos sangue colocado nos dois batentes laterais da porta com uma linha horizontal, temos UMA CRUZ.

Isto apontava profeticamente para o futuro, para a vinda do messias, o Cordeiro de Deus, que morreria numa cruz. “Tomai um molho de hissopo, molhai-o no sangue que estiver na bacia e marcai a verga da porta e suas ombreiras com o sangue que estiver na bacia; nenhum de vós saia da porta da sua casa até pela manhã. 23 Porque o SENHOR passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o SENHOR aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir” (Êx 12.22-23).

Quando a Bíblia diz que “Deus passará para ferir os egípcios”, isto significa que Deus Se coloca sobre as casas dos israelitas como uma cobertura. Ele estava lá protegendo-os do anjo destruidor que Ele havia enviado aos egípcios. O sangue nos umbrais, por tanto, retrata claramente o Cristo Crucificado à Porta das casas dos crentes como Salvador, Protetor e Libertador.

Todos os que aceitam o sangue do Cordeiro derramado e se escondem por detrás dele, encontram uma perfeita proteção contra o destruidor. “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1ª Jo 3.8).

O sangue nos umbrais de suas portas trazia a presença de Deus, o que despojava o Destruidor de todo o seu poder naquela casa. Isto afirma o escritor aos Hebreus: “Jesus… aniquilou o que tinha o poder da morte… a saber, o diabo” (Hb 2.14).

Todos precisam experimentar a sua PÁSCOA PESSOAL se quiserem permanecer firmes contra o adversário de suas vidas. O Cristo Crucificado e ressurreto ao terceiro dia, está à porta de nossas vidas, aniquila todo o poder do diabo sobre nós. Que liberdade! Amem!

O aspecto pessoal da páscoa precisa ser cumprido na vida de cada um de nós. Todos nós precisamos ver e receber a Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Hoje a casa é nossa vida e se você não tem a marca do sangue de Jesus na tua casa (vida), posso te dizer: “O caminho da tua vida está aberto para o anjo destruidor entrar”. Você precisa urgentemente receber Jesus o Cordeiro Pascal como teu libertador e salvador assim tu estarás salvo da morte e condenação eterna. Receba-O hoje mesmo e não espera para amanhã.

¹ Abibe

Nome original do primeiro mês do calendário sagrado judaico e do sétimo mês do calendário secular. Significa “espigas (de grãos) verdes”. Ia de meados de março até meados de abril. Depois do exílio babilônico, passou a ser chamado de nisã. (De 16.1).

 Pr. Elias Ribas
Assembléia de Deus de Blumenau - SC

sexta-feira, 8 de março de 2013

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ


A seita dos “Testemunhas de Jeová”, quanto à sua doutrina, tem suas origens no Adventismo do Sétimo dia. Perturbado pela doutrina das penas eternas, tornou-se simpatizante da doutrina adventista, às quais abraçou posteriormente. Como Rssuel possui pontos de vista muito pessoais, principalmente quanto à maneira e objetivo da vinda de Cristo, não demorou haver divergência entre seus pontos de vista e os dos líderes adventistas. Em 1872, Russel lança os fundamentos do seu movimento inicialmente com o nome “Torre de Vigia de Sião” e “Arauto da Presença de Cristo”.

Alegam que o título Testemunhas de Jeová deriva de Isaías 43.10 e 44.8, mas o estudo do contexto mostra tratar-se aí de Israel. O Novo Testamento não faz alusão a testemunhas de Jeová. Os cristãos são testemunhas de Jesus (At 1.8).

Os judeus sim eram verdadeiras testemunhas de Jeová, pois estavam sobre o antigo pacto ou antigo concerto (Êx 19. 5-8). Saulo de Tarso antes de seu encontro com Cristo era um deles, e com isto era inimigo de Cristo (At 26. 9). Nós os cristãos somos testemunhas de Jesus (At 1.8; 2.32; 3.15; Ap 1.9; 2.13; 17.6).

Os Testemunhas de Jeová são uma das piores seitas falsas, também conhecida por russelitas. Crêem que integrarão o exército de Jeová que derrotará Satanás na batalha de Armagedom. Eles ensinam que Deus trino é invenção do inferno. Jesus, dizem eles, foi a primeira e a maior criação de Jeová. Negam a ressurreição corpórea de Jesus. Não existe inferno literal. Quem fizer parte dos 144.000 escolhidos de Ap 7.4; 14.1, 3 vai morar no céu. Quem for fiel, mas não fizer parte dos escolhidos, viverá para sempre no paraíso terrestre. Quem não for Testemunha de Jeová será aniquilado num momento, em Armagedom.

No estudo decorrente, mostraremos os ensinos das Testemunhas de Jeová comparando suas doutrinas á luz da Palavra de Deus. Ao analisarmos os ensinos divulgados por esta seita veremos que os Testemunhas de Jeová pregam outro evangelho (Gl 1.6-9). Um evangelho diferente daquele que Paulo pregou, conforme a sua carta de 1ª Co 15.1-6.

I. HISTÓRICO

Charles Taze Russell, o fundador do russelismo, nasceu em 1952 EUA, e morreu no ano de 1916. Seus pais eram presbiterianos. Russel pertenceu a Igreja Congregacional a seguir, à igreja Adventista. Em 1874, fundou formalmente o movimento russelita na cidade de Brooklyn, Nova York, E.U.A. Em 1879, começou a publicação do periódico Torre de Vigia de Sião, hoje chamada A Sentinela.

Russel foi infeliz. Casou-se em 1879 e por várias vezes foi levado ao tribunal, acusado pela esposa por maus tratos e também por pessoas lesadas. Em 1897 ela pediu o divórcio e provou contra ele, cruel tirania no lar, além das relações que mantinha com diversas mulheres. Ele havia isolado a esposa, afastando-a da sociedade, segundo ele, acometida de loucura.

Ele foi passível de acusações por diversos escândalos nos seus negócios. Famoso foi o escândalo do trigo milagroso. A semente foi vendida sob a garantia que produziria 200 a 250 alqueires por hectare à razão de 60 dólares o alqueire.

Quando a semente não produziu o que fora prometido Russel viu-se em aperto. Entre outros casos dele, teve a peça do algodão do milênio e do feijão milenal. Vendou-se aos domésticos da fé, uma delas para o câncer e a outra para apendicite. Os fiéis se desiludiram com seu guia (espiritual, depois de aplicar-lhes consideráveis enganos. Alguns, tão descontentes ficaram, que acusaram-no perante o tribunal).

O juiz de nome Josepf Franklin Rutherford, nos últimos julgamentos foi seu fiel discípulo, mais tarde, ele próprio preso, em Atlanta, Geórgia, por praticar mentirosas palavras. Quando Russel morreu seu manto caiu sobre Rutherford, que imediatamente começou uma campanha mais vigorosa que a de se predecessor.

Russel morreu totalmente frustrado porque suas profecias não tiveram o cumprimento esperado, mesmo após sua morte sua entidade continuou em pleno funcionamento na direção dos seus sucessores.

Seu sucessor Joseph Rutherford (1869-1942), efetuou 148 alterações doutrinárias no sistema de crença das Testemunhas de Jeová. Publicou a obra de Russel intitulada O Ministério Consumado, e o sétimo volume de Estudos das Escrituras, como meio de consolidar em torno de si o domínio e o controle da organização.

Iniciaram as testemunhas uma distribuição de folhetos e literatura de casa em casa, e o Juiz Rutherford, como gostava de ser chamado, gravou, dele mesmo, as mensagens em disco. Entre 1919 as Testemunhas de Jeová cobrirem todos os Estados Unidos, distribuindo folhetos de casa em casa, tocando discos e vendendo literaturas.

Fizeram campanha ativa na Alemanha, China, Japão, Índia, Turquia, México, Canadá, África e vários países da Europa. Em 1942, anunciaram que suas publicações haviam sido distribuídas em 88 línguas. Após a II Guerra Mundial, iniciaram então a invasão da América do Sul e chegaram até o Brasil. Uma organização definitiva só aconteceu após o ano de 1947.

Em 1929 o juiz Rutherford construiu na cidade de San Diego, na Califórnia, uma luxuosa casa, por ele denominada Besarim. No hebraico, significa “casa dos príncipes”. A casa serviu de residência para o juiz até sua morte, depois passou a ser sede das futuras diretorias e adjuntos.

Diretor atual Nathan H. Knorr. Número de Adeptos, de acordo com as Estatísticas de 1974, eram mais de 3 milhões e 200 mil adeptos espalhados em 134 países do mundo.

No Brasil instalaram-se em 1920, e têm sede em São Paulo. Seu título oficial é Sociedade da Bíblia e Tratados da Torre de Vigia.

O diretor Nathan H. Knorr é o homem mais calmo, não tão conhecido como os anteriores, mas prosseguem sem perda de tempo, proclamando suas doutrinas no mundo inteiro. Convém lembrar aos Cristãos as palavras de Jesus, em Mt 7.15 – “Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mais por dentro são lobos devoradores”. No versículo 16 diz: “pelos seus frutos os conhecereis”.

II. FALSAS PROFECIAS

1. As falas profecias de russell.

Russell profetizou que a batalha do Armagedom ocorreria em 1914. Neste ano, segundo ele, dar-se-ia também a vinda de Cristo. Mas na referida data, nada aconteceu. Depois ele mesmo refez o cálculo e estabeleceu o ano de 1915 e depois o de 1918. Como das vezes anteriores, nada aconteceu.

Profetizou que até 1914 viria um tempo de tribulação tal qual nunca houve desde que há nação para que fosse estabelecido o Reino de Deus. Os judeus seriam restaurados, os reinos gentios seriam quebrantados em pedaços como um vaso de oleiro, e os reinos deste mundo passariam para o nosso Senhor e para o seu Cristo. Nada, absolutamente, se cumpriu. Refazendo novamente seus cálculos chegou a seguinte conclusão: Jesus voltou a terra em 1914, está vivendo num lugar não revelado. Mas quando se manifestar e estabelecer o seu reino, ocupará a casa Bet-Sarim como sede do seu governo e residência real durante o milênio. Próximo da morte o juiz negou que a casa estivesse registrada em nome de Jesus Cristo e declarou que talvez ela seja ocupada por Davi, durante o Milênio.

Russel dizia em suas publicações que se tratava de data estabelecida por Jeová. Colocava-se como profeta com a mesma autoridade dos profetas da Bíblia e dos apóstolos. Falava em nome de Jeová e nada absolutamente, se cumpriu.

2. Falsas profecias de Rutherford.

Rutherford também refez o cálculo, e estabeleceu o ano de 1925 como o início do milênio. Isso também não aconteceu.

3. Falsas profecias de Knorr.

Em 1946, a organização lançou o livro “A Verdade vos Tornará Livres”, contendo a base da profecia do armagedom para 1975. Muitos venderam propriedades; outros abandonaram estudos e carreiras profissional. Nada aconteceu.

Nenhuma movimento da atualidade profetizou tão falsamente como a organização das Testemunhas de Jeová. Essa marca está presente ao longo de sua história. A Bíblia diz “Quando tal profeta falaz em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele” (Dt 18.22).

III. A BÍBLIA

Se alguém quiser envenenar uma pessoa certamente lhe ofereceria um copo de água com uma dose de estricnina? Você tomaria um copo com veneno? Certamente que não? Pois bem, os ensinos das Tjs são assim. Parecem bíblbicos. Suas literaturas sempre realçam a Bíblia. Mas, na verdade, os ensinos que divulgam são do seu fundador, Charles Taze Russell.

Dizem que ninguém pode compreender a Bíblia sem a revista a Sentinela. Não reconhecem qualquer outra versão da Bíblia. Tem versão própria chamada Tradução Novo Mundo, que foi adulterada para apoiar seus falsos ensinos.

As Testemunhas de Jeová crêem que a Bíblia inteira é a inspirada Palavra de Deus, e, em vez de aderirem a uma crença baseada na tradição humana, se apegam à Bíblia como base para todas as crenças.

Mas verificamos que não é bem assim. Sempre buscam a direção do Corpo Governante, que representa o “escravo fiel e discreto” para lhes dizer o que é certo ou errado em relação à Bíblia. Assim, não possuem a Bíblia como bússola.

Muitos Testestemunhas de Jeová adquirem outras versões da Bíblia simplesmente porque se interessam por alguns versículos para o seu trabalho de proselitismo, dando assim a impressão de que conhecem outras versões, também procuram dar a impressão de que se valem só da Bíblia para apoiar seus ensinos.

1. Tradução Novo Mundo.

Foi preparada para contrabandear as crenças pré-fabricadas da Torre de Vigia para o texto das Escrituras. É uma obra mutilada, tendenciosa, viciada e cheia de interpolações. A Bíblia Tradução Novo Mundo, não está conforme o original do grego e hebraico. Esta publicação não leva o nome universalmente conhecido de Bíblia, mas Escrituras Sagradas, a fim de suscitar polêmica e confusão.

2. Quem são os tradutores?

“Quando a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia doou os direitos autorais da tradução realizada, ela pediu que seus membros permanecessem no anonimato […] Os tradutores não buscavam proeminência para si, mas apenas dar honra ao autor Divino das Sagradas Escrituras” [Raciocínio à base das Escrituras, p. 391].

3. A Bíblia é suficiente.

Paulo, escrevendo a Timóteo, declarou que ele sabia as Sagradas Letras que poderiam fazê-lo sábio para a salvação pela fé em Jesus Cristo (2ª Tm 3.15). Em continuação, afirma que toda a Escritura divinamente inspirada é suficiente para nos capacitar em toda boa obra (2ª Tm 3.16-17). O Espírito Santo é o Consolador que nos guia em toda a verdade (Jo 16.13, 16).

4. Distorção da Bíblia Tradução do Novo Mundo.

Os autores da TNM, declaram no prefácio da sua Bíblia que procuram fazer sua tradução ser a mais exata da possível em confronto coma as línguas originais da Bíblia. Mas as passagens abaixo não confirmam isso. Vejamos:

Bíblia Original Hebraica: “…ruwach ‘elohiym rachaph ‘al mayim” (Gn 1.2b).
Bíblia RA: “…e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gn 1.2b).
Bíblia TNM: “…e uma força ativa pairava sobre as águas” (Gn 1.2b).

No original a Palavra hebraica “ruwach” quer dizer Espírito e não “força ativa” como dizem as testemunhas-de-jeova. Eles não reconhecem o Espírito Santo com um Deus, apenas como uma força, energia. Quem for inteligente notará que os TJs, usam uma Bíblia falsificada e fora das línguas originais.

Em Mateus 4.1-3, a palavra Espírito aparece grifado com letra minúscula; Diabo e Tentador, com letra Maiúscula. A palavra Filho também aparece minúscula.

Em Mateus 27.52-53: (negação da ressurreição corporal dos santos) Apenas foram expostos fora das sepulturas os corpos, e não ressuscitados. A versão TNM diz os corpos mortos e não ressuscitados como no original grego. “Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos”.

Em Mateus 14.33; 15.25; 28.9, 27; João 9.38 e Hebreus 1.6: usam a palavra “prestar homenagem” em vez de “adorar” a Jesus. A palavra no original grego proskuneo é sempre traduzida por “prestar homenagem” para Jesus. Mas para o Pai, Satanás e deuses falsos sempre é traduzida por “adorar”.

Mateus 27.50: eles usa a palavra “estaca de tortura” em lugar de cruz.

João 1.1: um deus falando de jesus (deus com letra minúscula refere-se a um deus falso).

O que notáveis eruditos do grego afirmam sobre João 1.1 na TNM:

Dr. Eneste C. Colwell, da universidade de Chicago: “Um nominativo defino no predicado tem o artigo quando segue o verbo; não têm o artigo quando precede o verbo […] essa declaração não pode ser considerada estranha no prólogo do evangelho que alcança seu clímax na confissão de Tome: ‘Senhor meu e Deus meu’” (Jo 20.28).

“O movimento russelita constitui a contra-ofensiva satânica frente à enorme difusão que está para dar-se das Sagradas Escrituras. A literatura russelita oferece ao mundo uma interpretação da Bíblia cuja inspiração brota das profundezas do reino das trevas”. (Os Falsos Testemunhas de Jeová, pág. 49).

5. Contradição.

“A Bíblia é um livro de organização e pertence à congregação cristã como organização, não a indivíduos, não importa quão sinceramente creiam poder interpretar a Bíblia. Por esta razão, a Bíblia não pode ser devidamente entendida, sem se ter presente a organização visível de Jeová” [A Sentinela, p. 327, 1/6/1968].

Como podemos ver, a Bíblia, para eles tem pouco valor se não for interpretada pelo escravo fiel e discreto. Como afirmam, então, que não seguem tradição humana? Chegam ao cúmulo de afirmar que as verdades que tem de anunciar são aquelas que o escravo fiel e discreto publica por intermédio da literatura da Sociedade Torre de Vigia.

“As verdades que havemos de publicar são aquelas que a organização do escravo fiel fornece, não algumas opiniões pessoais contraditórias ao que o escravo providenciou como sendo sustento conveniente” [Ibid., 164, 1952].

Russel acreditava que somente a Bíblia Sagrada não poderia dar ao homem a resposta certa sobre a vontade de Deus, começou então inserir nas escrituras textos criados por ele mesmo procurando apoio as doutrinas que ele criava. Os TJs, são assim. Parecem bíblicos. Suas literaturas sempre realçam o valor da Bíblia. Mas, na verdade, os ensinos que divulgam são do seu fundador, Charles Taze Russel.

Paradoxalmente, ensinam:

“O homem que apenas fala ao povo e expõe suas conclusões ou as opiniões de outros homens não é ‘pregador’ no sentido das Escrituras. O termo mais apropriado para designar tal individuo seria ‘charlatão’”[Riqyesas, p. 133].

IV. CONSIDERAM-SE A ÚNICA RELIGIÃO CORRETA

Quando passamos a estudar as crenças de alguma religião herética, deparamos-nos com um problema comum: elas interpretam que a análise e a critica de suas crenças não passam de uma forma de perseguição religiosa. Com as testemunhas-de-jeová não é diferente.

Criticando a Igreja Católica num artigo publicado na revista “Despertai”, um dos leitores desse periódico escreveu à Sociedade e recebeu resposta dos editores no seguinte teor: “A Igreja Católica ocupa posição muitíssimo significativa no mundo, e afirma ser o único caminho da salvação para dezenas de milhões de pessoas. Qualquer organização religiosa que assuma tal posição deve estar disposta a ser esmiuçada e criticada. Todos que criticam têm a obrigação de ser verdadeiros na apresentação dos fatos e justos e objetivos na avaliação dos mesmos”.

Ora, perguntamos: As testemunhas-de-jeová não se ufanam de pertencer à única religião verdadeira sobre a face da Terra? Não dizem: “Tenha fé na organização vitoriosa de Jeová?” Não reivindicam para si a analogia feita pelos católicos de comparar sua Igreja a Arca de Noé, fora da qual não há salvação? E o que fazem dizendo: “Foi apenas aquela única arca que sobreviveu ao dilúvio e não um sem-número de embarcações. E haverá apenas uma organização. A organização visível de Deus, que sobreviverá à ‘grande tribulação’ que rapidamente se aproxima. Você precisa pertencer à organização de Jeová e fazer a vontade de Deus, afim de receber sua bênção de vida eterna”.

Naturalmente, devemos fazer a vontade de Deus para recebermos a bênção de vida eterna, mas essa bênção de vida eterna só é encontrada em Jesus (Jo 6.66-68). Afirmar que alguém deve tornar-se membro da Torre de Vigia para obter a bênção de vida eterna é um disparate inqualificável.

Não estamos difamando a “denominação”, mas fazendo uma critica ortodoxa como o apostolo Paulo fez a igreja da galáxia: “Tornei-me, porventura, vosso inimigo, por vos dizer a verdade?” (Gl 4.16).

As testemunhas de Jeová seguem hoje falsas doutrina propagadas pelos: Arianismo, ebionismo, apolinarianismo e nesterianismo, doutrinas que são distorções da Palavra de Deus e que levam milhares de pessoas à perdição porque não aceitam um confronto com a Palavra de Deus.

V. ATIVIDADES

Suas armas prediletas é a literatura. Seus preços são os mais razoáveis possíveis. O método preferido de trabalho é o pessoal. Cada membro da seita é considerado um ministro da mesma. Andam sempre com farto material impresso. O trabalho é feito de casa em casa de modo sistemático e com grande habilidade. São insistentes. Não respeitam a fé religiosa de ninguém.

Hoje estão usando o livro Conhecimento que conduz à vida eterna como um manual para as pessoas que aceitam o convite para o estudo da Bíblia. Este estudo é feito na residência da família. As pessoas, quando recebem a visita das TJs, pensam que estão estudando a Bíblia, mas na verdade, estão estudando as doutrinas ensinadas pela seita. As perguntas são feitas pelo instrutor e as resposta de cada páginas são lidas pelos aprendizes e, por fim, vão à Bíblia para apoiar seus ensinos como se fossem bíblicos.

VI. CONCEITUAÇÃO

Os testemunhas de Jeová afirmam que são uma sociedade organizada inteiramente religiosa, que seus membros aceitam como seus princípios de crença a santa Bíblia, conforme afirmação de Russel.

“A organização visível de Deus hoje recebe orientação e direção teocrática. Na sede das Testemunhas de Jeová em Brooklyn, Nova Yorque, existe um corpo governante de anciãos cristãos de várias partes da terra que dão a necessária supervisão às atividades mundiais do povo de Deus. Este corpo é composto de membros do escravo fiel a discreto. Serve qual porta-voz do escravo fiel”.

A seita Testemunha de Jeová é falsa, por ser anti-bíblica e anticristã. Anti-bíblica porque fundamenta-se em doutrinas bíblicas falsificadas ou forjadas, e, anticristã porque nega abertamente a divindade de Cristo. Torcem por completo o ensino da Segunda vinda de Cristo, conforme Ele mesmo ensinou, dizendo que Ele voltou em 1914, estabeleceu seu reino espiritualmente e está agora no céu.

VII. SÃO CONTRA O MINISTÉRIO E RELIGIÕES ORGANIZADAS

Ensinam que as igrejas organizadas, com pastores, recebendo os seus salários, pelo trabalho realizado no ministério da Palavra, conduzindo cultos dominicais, são coisas que vem diretamente do diabo.

No livro ‘Seja Deus Verdadeiro’ escrevem: “Jesus Cristo está vivo pelo século dos séculos, e não necessita de homem na terra como cabeça visível da congregação, como representante, pessoal de Cristo” (Ap 1.18).

Afirmam que Jesus vive no céu e se utiliza do Espírito Santo para dirigir a congregação aqui na Terra (João 15.26).

Se os Testemunhas de Jeová não necessitam de homem na terra como representantes de Deus, então eu pergunto: por que elas afirmar que as verdades que tem de anunciar são aquelas que o escravo fiel e discreto publica por intermédio da literatura da Sociedade Torre de Vigia.

Se eles crêem que a Bíblia é uma inspiração divina deveriam ler os ensinos do apóstolo Paulo: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4.11-15).

Podemos notar que Ele mesmo (Jesus), distribuiu entre Sua igreja, cinco ministérios para edificação do Seu corpo, que são: Apóstolo, profeta, evangelista, pastores e mestres.

Primeiro Deus nos chama para a salvação (Mt 11.27) e segundo, Ele nos vocaciona para Sua obra, ou seja, para o trabalho de Sua ceara (Jo 4.34-38). Portanto, os que trabalham no Evangelho devem viver do Evangelho. É isso que Paulo diz na carta de 1ª Co 9.4-7, 13-14: “Não temos nós o direito de comer e beber? 5 E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? 6 Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? 7 Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?13 Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? 14 Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho”. “Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário (1ª Tm 5.18). “O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos” (2ª Tm 2.6).

Viver do Evangelho é o direito dos que pregam o Evangelho. Isto Paulo prova pela analogia da vida social, no caso do soldado e do lavrador. O lavrador concede ao boi o direito de comer o grão que trilha. Pelo exemplo dos demais ministros da Palavra que, ministrando coisas espirituais, recebem daqueles a quem serviam coisas materiais. E pelo exemplo do sacerdócio que, servindo o altar, participava do altar. Com estes argumentos chega à conclusão: “Assim ordenou o Senhor aos que anunciam o Evangelho, que vivam do evangelho”.

VIII. CANAL DE COMUNICAÇÃO

O líder dessa “religião” é considerado ou considera-se a si mesmo “canal de comunicação de Deus” com os homens.

“Jeová Deus proveu também sua organização visível, seu escravo fiel e discreto, composto dos ungidos com o espírito, para ajudar os cristãos na sua vida. A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa o quanto leiamos a Bíblia” [A Sentinela, p. 27, 1/8/1982].

É pela literatura que o suposto canal de comunicação de Deus com os homens é mantido aberto.

Importante é saber que os TJs condenam os pastores que recebem uma ajuda de custo pelo trabalho de evangelização. Porém, eles usam seus adeptos para vender suas literaturas de casa em casa, para sustentar a organização Torre de Vigia; o escravo fiel e discreto.

São obrigados a venderem suas literaturas, pois vivem sob pressão, caso não atinjam o limite suficiente de literatura, serão rebaixados a classe de servos maus ou negligentes.

IX. OS FALSOS ENSINOS DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

Declaração: “Não existe tal coisa como “religião cristã”, pois toda religião procede do inimigo de Deus, o diabo. ‘Religião Cristã’ é um nome trocado, fraudulento e deceptivo” [Inimigos, p. 111].

Contradição: “A religião verdadeira precisa harmonizar-se em todos os sentidos e todos os seus ensinos precisam estar em plena harmonia com a Palavra de Deus. Só assim pode tal religião ser realmente agradável a Jeová de Deus. Não são muitas as religiões que satisfazem a esses requisitos” [A verdade que conduz à vida eterna, p. 130].

1. Sobre filiar-se a uma organização religiosa.

Declaração: “Para se colocar ao lado de Jeová não é preciso filiar-se a nenhuma organização humana, porém, em secreto, dentro de seu lar devotar-se a Deus e a seu Reino, regido por Cristo” [Jeová, p. 25].

Contradição: “O melhor modo de fazer isso é assistir às reuniões no salão do Reino das Testemunhas de Jeová. Assim poderá observar por si mesmo como funciona a organização e como os associados com ela aplicam a Palavra de Deus na sua própria vida” [A verdade que conduz à vida eterna, p. 130].

2. Sobre o casamento dos ressuscitados durante o Milênio.

Declaração. “Casarão os que forem despertados da morte durante a ressurreição geral e tomarão parte no cumprimento do mandato divino? Não, se for um dentre a humanidade cuja esperança é viver na terra, sob a regência do reino celestial de Deus” [Despertai, p. 27-8, 22/2/1975].

Contradição: “Mas que dizer dos que são trazidos de volta dos mortos para viver na terra? Serão reunidos com seus cônjuges anteriores? Nenhuma declaração na Bíblia indica que será assim. Portanto, se alguém decidir casar-se agora de novo, não precisa preocupar-se com o efeito que isso possa ter no futuro sobre o cônjuge ressuscitado. Se o celibato não for para ele, não precisa lutar para mantê-lo, na esperança de ser reunidos em casamento com seu cônjuge anterior, na ressurreição. Certamente, pois uma bondade da parte de Deus não exigir que as anteriores relações maritais vigorem no tempo da ressurreição da pessoa, conforme afirmaram erroneamente os saduceus” [É esta vida tudo o que há, p. 178-9].

Pr. Elias Ribas

FONTE DE PESQUISA

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