TEOLOGIA EM FOCO: fevereiro 2017

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O NOVO NASCIMENTO


João 3.1-10 “E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 2- Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. 3- Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4- Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? 5- Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 6- O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 7- Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. 8- O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. 9- Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso? 10- Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?”

INTRODUÇÃO. O capítulo 3 de João, Jesus traz um ensinamento sobre o novo nascimento que é um dos fundamentos da fé cristã e carrega em seu conteúdo versículo bíblico, mais lido de todos os tempos (João3.16).

Novo nascimento é um ato exclusivo de Deus na vida do homem, transformando sua inclinação ao mal em uma disposição para fazer o bem, capacitando-o através do Espírito Santo a fazer aquilo que é correto diante dele. A verdade de que o homem precisa nascer de novo, isto é, a necessidade da regeneração, é um dos pontos centrais da teologia cristã.

Embora o destino do homem seja o de glorificar a Deus e viver com Ele por toda eternidade, a sua inerente e depravada natureza impede-o de fazer tanto uma coisa como outra. Além do veredito que absorveu do pecado, o homem precisa de uma transformação espiritual total do seu caráter. Essa transformação é a regeneração.

I. CONTEXTO HISTÓRICO

1. Quem era Nicodemos. Seu nome é grego e significa “vencedor do povo” ou “vitorioso sobre o povo”.

Nicodemos era um líder religioso bem-intencionado. V. 1 “E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.”

Nicodemos era um fariseu e príncipe entre os judeus.

Ele fazia parte do sinédrio. De forma bem resumida, o Sinédrio era um tipo de Corte Suprema dos judeus que se reunia em Jerusalém. O sinédrio era composto de 70 homens. No tempo de Jesus, a jurisdição do Sinédrio era tanto civil quanto, de certa maneira, criminal.

2. O encontro de Jesus e Nicodemos. V. 2 “Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.”

2.1. Porque Nicodemos foi ter de noite com Jesus? Porque temia a repreensão do sinédrio, foi ter de noite com Jesus.

2.2. Nicodemos sabia que Jesus era Rabi. “e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.

·         Jesus era Mestre;

·         Enviados por Deus;

·         Visto que ninguém poderia realizar tal milagres, se Deus não estiver com Ele.

3. Nicodemos era um mestre da Tora. V. 10 “Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?”

Apesar ser mestre não sabia o que era “nascer de novo”. Vs 4-5 “Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?

4. Nicodemos se tornou um cristão? João 19.39,40 “E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés. 40- Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumam fazer, na preparação para o sepulcro.”

Após a última referência sobre Nicodemos na Bíblia, nada mais se sabe de concreto sobre ele.

II. O QUE É O NOVO NASCIMENTO

Existem duas palavras na Bíblia (regeneração e novo nascimento), que tem o mesmo sentido, e ambas refere-se a uma mudança de vida.

1. O significado do termo. Existem aqui duas palavras gregas que podem transmitir um duplo significado, quando traduzidas para o português. O adjunto adverbial grego “anothen” admite os significados “de novo” e o verbo “geneto” nascimento. A expressão nascer de novo do grego pode ser interpretada como “nascer de cima” ou “nascer do alto.

2. O que significa regeneração. Tito 3.5 “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.”

A palavra regeneração do grego paliggenesia significa: novo nascimento, renovação. Sua etimologia vem de duas palavras gregas “palin” (“de novo”) e “genesis” (“geração”). Estas duas palavras normalmente são traduzidas como “nascer de novo”, mas poderiam ser traduzidas “gerado” e “de cima” (Jo 3.3,4; 1ª Pe 1.3; 2ª Co 5.17; Gl 6.15). Sem esse nascimento espiritual, ninguém pode conhecer as coisas espirituais (1ª Co 2.10, 13-16) nem entrar no Reino de Deus (v. 5).

A palavra regeneração não significa voltar à vida, ou reencarnar como é ensinado no espiritismo. A regeneração é uma mudança de vida, obra do Espírito Santo.

III. COMO ACONTECE O NOVO NASCIMENTO

Existem ao menos três principais explicações para esta expressão. O espiritismo entende que é a reencarnação. Alguns acham que isto significa a cerimônia de batismo. Outros identificam a água como símbolo da Palavra de Deus e com a pessoa do Espírito Santo.

A primeira regra da hermenêutica diz que a Bíblia interpreta a própria Bíblia. Qualquer ensinamento com base em revelações e fora da Sagradas Escritura é uma heresia. Portanto, vamos estudar este tema com base na Palavra de Deus.

Jo 3.3-5 “Na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. 4- Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? 5- Jesus respondeu: Na verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus”.

1. O novo nascimento é necessário para entrar no céu. Jo 3.3 “Na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.

2. O novo nascimento é espiritual. Jo 3.5 “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.”

A água é o símbolo da Palavra de Deus. O Espírito Santo, transforma o homem numa nova criatura. O Espírito Santo e a Palavra de Deus têm dupla função na vida do homem.

O novo nascimento não é a água do batistério e também não é a reencarnação. É o lavar regenerador do Espírito Santo.

3. A água simboliza a Palavra. Efésios 5.26 “Para santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra.”

3.1. A água serve para limpar algo que está sujo. Jo 15.3 “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.”

O homem nasce sujeito ao pecado (Sl 51.5), a Palavra limpa o homem interior.

3.2. O primeiro passo para o homem ser regenerado é ouvir a Palavra de Deus. Rm 10.17 “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”

3.3. Somos gerados pela Palavra. Tg 1.18 “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.”

“...ele nos gerou pela palavra.” Como já vimos acima, a palavra gerou no grego paliggenesia significa “nascimento de novo” “novamente”; “de novo”; “nascimento”.

Satanás com sua astúcia enganou Adão e Eva levando ao pecado (Gn 3.1-7). O homem foi destituído da glória de Deus (Rm 3.23). Mas, pela Sua vontade, “Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (Jo 3.17-18).

Aquele que ouvir pregação do evangelho e crer no Filho de Deus como seu salvador, é gerado de novo pela redenção de Cristo Jesus (Ef 1.6,12,14).

4. Nascer do Espírito. O Espírito Santo e a Palavra de Deus têm dupla função na vida do homem.

Mediante aceitação da Palavra pelo ouvinte, o Espírito Santo transforma numa nova criatura.

4.1. O Espírito convence o homem do pecado. João 16.8 “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.

O Espírito Santo, é o único capaz de promover o tipo de transformação indispensável para a nossa vida.

4.2. O novo nascimento não é mérito do homem, mas unicamente do Espírito Santo. Tt 3.5 “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação pelo Espírito Santo.”

“Não pelas obras de justiça...”. A causa da nossa salvação não se baseia em nossas próprias boas obras, mas unicamente do Espírito Santo.=

“...lavagem da regeneração...” A palavra traduzida como “lavagem” λούω (louō) ocorre no Novo Testamento aparece duas vezes e significa “enxaguar, lavar com água”.

Ef 5.26 “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra.”

A palavra “lavagem da água” não significa “pia”, ou o recipiente para lavagem. Portanto, essa palavra não pode ser aplicada corretamente à fonte batismal. Observe que Paulo diz: “purificando-a com a lavagem da água, pela palavra.”

O batismo é uma das ordenanças de Jesus. Marcos 16.16, “Quem crer e for batizado será salvo.” Mas o batismo em si não salva o homem, é um ato público de fé. O ladrão da cruz não foi batizado, mas reconheceu o seu pecado por isso Jesus disse: “hoje mesmo estará comigo no paraíso” (Lc 23.43).

“...purificando-a com a lavagem da água, pela palavra.” A água do lavatório fala da Palavra de Deus (Ef 5.26). O propósito claro na morte de Jesus: santificar Sua igreja, feita com a lavagem de água, ação da Palavra de Deus na vida daqueles que já foram alcançados pelo sangue de Jesus.

O símbolo da Palavra com a água não se refere ao batistério. A Palavra é o instrumento remoto e anterior do novo nascimento; batismo, o instrumento próximo. A Palavra, o instrumento para o indivíduo; batismo, em relação à sociedade dos cristãos.

“E renovação pelo Espírito Santo.” Ef 4.23,24 “E vos renoveis no espírito da vossa mente. 24- E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.”

A salvação implica numa lavagem da água pela Palavra e numa regeneração que o Espírito Santo faz no interior do homem, ou seja, “no espírito da vossa mente.” Portanto, é um absurdo pensar que as águas do batismo de uma criança é que regeneram, porque a criança não tem entendimento ou consciência.

5. O novo nascimento não é a relação física entre o homem e a mulher, mas algo sobrenatural. Jo 3.6-7 “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 7- Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.”

1ª Pe 1.23 “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.”

Novamente aparece a palavra gerados pela Palavra, isto é, pela pregação da Palavra de Deus. Disse Paulo: “e como ouvirão, se não há quem pregue? (Rm 10.14). Sem a pregação da Palavra de Deus, não haverá regeneração no homem.

Observe que Pedro afirma que o novo nascimento não é de uma semente corruptível (a semente do homem e da mulher), mas é da semente incorruptível pela Palavra, que permanece para sempre. Quando o homem responde positivamente a esta mensagem, aceitando a Cristo pela fé, é que terá lugar a transformação divina no coração.

Observe a diferença entre os dois nascimentos, o primeiro nascimento é carnal; o segundo é espiritual, transformando os que passam por ele em homens espirituais. Esses dois nascimentos são opostos entre si: o primeiro vem de pais pecadores e acontece à imagem deles; o segundo vem de Deus e acontece à imagem d’Ele. O primeiro é de semente corruptível, o segundo, de incorruptível. O primeiro acontece em pecado, o segundo, em santidade e justiça. Por meio do primeiro nascimento, os homens são corrompidos e depravados; pelo segundo, eles se tornam consagrados e começam a ser santos.

A palavra de Deus é meio ou intermediário, para o Espirito Santo trabalhar na mente do homem. Nenhum ser vivo pode operar em si mesmo esse novo nascimento, como nenhum ser morto pode dar a vida a si mesmo.

Nós nascemos de novo do Espírito, mas não sem o uso de meios, mas pela palavra de Deus. A palavra não é o próprio princípio gerador, mas apenas aquilo pelo qual o homem recebe a semente incorruptível do Espírito Santo, e assim se torna um “nascido de novo” (Jo 3.3-5).

“...pela viva palavra de Deus...”. A Bíblia nos ensina que a Palavra do Senhor “é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos.” (Hb 4.12).

A Palavra é viva porque o Espírito de Deus que traz em si a semente da vida. A vida está em Deus, mas é comunicada a nós através da Palavra. É o único instrumento que penetra até a divisão alma e do espírito.

É porque o Espírito de Deus o acompanha que a palavra traz em si a semente da vida. Aqueles que assim nasceram de novo vivem e permanecem para sempre, em contraste com aqueles que semeiam na carne.

“...que permanece.” Mt 24.35 “Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão.” Céus e terra passarão, mas as palavras do Senhor hão de permanecer para sempre. Ou seja, a Palavra de Deus pronunciada desde toda a eternidade é eterna e permanece para sempre.

6. O novo nascimento não é obra humana, mas divina. Jo 1.13 “Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”

Jo 3.6 “O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito.”

A regeneração é o maior milagre que acontece na vida de um ser humano. E é Deus que opera esta renovação espiritual.

O novo nascimento é a obra sobrenatural e instantânea de Deus que concede nova vida ao pecador que aceita a Cristo como seu Salvador. Através deste milagre, ele é ressuscitado da morte (do pecado) para a vida (na justiça de Cristo). A regeneração é uma mudança profunda operada pelo Espírito Santo na vida do ser humano, é uma divina comunicação duma nova vida à alma do homem. O homem natural está morto pelas ofensas e pecados (Ef 2.1-2). Portanto, o homem natural é um ser cujo viver é deste mundo, isto é, o homem sem Deus está vivo para o pecado, para a carne e para o mundo, mas está morto para Deus. Deste modo, certamente ele não pode salvar-se a si mesmo. Somente Deus pode regenerá-lo. O morto espiritual não tem forças para regenerar-se.

7. O novo nascimento é uma obra pelo poder do Espírito Santo. Jo 3.8-9 “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. 9- Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?”

A palavra ruach no hebraico e pneuma no grego e significam “vento ou espírito”. O vento sopra onde quer. Não sabemos de onde vem nem para onde vai. Assim é todo o que é nascido do Espirito. O vento é livre, soberano e misterioso.

Assim é o Espírito também sopra onde quer e em quem quer. Ninguém segura o vento nem pode detê-lo ou domesticá-lo. A obra do Espírito é soberana e eficaz. Não podemos explicar o vento, mas podemos senti-lo e ouvir sua voz. Assim é a obra do Espírito Santo no novo nascimento.

A comparação que Jesus faz da obra do Espirito com o vento nos ensina, que não podemos vê-lo, mas podemos ver Seu efeito na vida dos convertidos.

7. O novo nascimento é uma mudança de vida. Ef 4.22-32 “Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano. 23- E vos renoveis no espírito da vossa mente. 24- E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. 25- Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. 26- Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. 27- Não deis lugar ao diabo. 28- Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. 29- Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. 30- E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. 31- Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós. 32- Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”

“.... quanto ao trato passado...”. Refere se à sua conduta anterior ou hábitos de vida, deixe de lado tudo o que pertence à natureza corrupta e decaída. Tudo o que procedeu do pecado; todo hábito, costume e modo de falar e de conduta resultantes da depravação devem ser deixados de lado.

“...vos despojeis do velho homem...”. Não podemos viver mais na prática do pecado. Precisamos agora despir do velho homem e viver uma vida digna e correta perante a sociedade e o Senhor Deus.

Como disse o apóstolo Paulo: “Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.” (Rm 6.6).

Gl 2.20 “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.”

“E vos revistais do novo homem...”. O novo homem se refere à natureza nova, ou nova criatura, ou a nova criação” (2ª Co 5.17), e refere-se à condição depois que o coração é trocado.

Segundo Deus...”. Isto é, a imagem de Deus na qual o primeiro Adão foi corrompida, é restaurada, para nós muito mais gloriosamente no segundo Adão, a imagem do Deus invisível (2ª Co 4.4; Cl 1.15; Hb 1.3).

A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Deus: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos de nossa carne e éramos por natureza filhos da ira. Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo” (Ef 2.2-3).

8. Somos gerados para uma viva esperança na ressureição de Jesus Cristo. 1ª Pe 1.3 “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança pela ressurreição de Jesus Cristo, dentre os mortos.”

O nosso espírito, também é chamado na Bíblia de “Homem interior” (1ª Co 5.16) ou “Homem interior do coração” (1ª Pe 3.4) e em muitas outras passagens do novo testamento podemos ver essa verdade.

Ele nos deu vida. Ef 2.5 “E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos.”

O homem sem Jesus no seu coração está morto espiritualmente. Mas pela fé, mediante a conversão e o arrependimento, o seu espírito nasce de novo. E essa vida só é outorgada a nós mediante os méritos de Cristo Jesus pelo Seu sacrifício na cruz do Calvário.

Paulo afirma que todos estamos mortos espiritualmente e só vamos ter acesso ao Reino de Deus se nascermos de novo. Portanto, entenda isso, quando ele diz “nos deu vida”, é o mesmo que dizer, “nasceu de novo”.

9. A regeneração é obra da graça de Deus. Tt 2.11-12, 14 “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.”

Deus se aproximou de todos nós com o intuito de nos resgatar de nossas iniquidades. Pela Sua graça o Espírito Santo age na vida interior do homem, provocando o entendimento de que Deus, nos amou de tal forma que nossa salvação está segura, para todos aqueles que crer em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.

IV. O NOVO NASCIMENTO É UMA TRANSFORMAÇÃO TOTAL

1. É uma mudança radical. Tudo se faz novo (2ª Co 5.17); nova vida (Jo 3.3-5); novidade de vida (Rm 6.4); novo alvo (Fp 3.14); novo testemunho (Gl 1.23-24); novo cântico (Sl 40.4); novo homem (Ef 2.15); novas bênçãos (At 3.19); nova incumbência (Lc 22.32), etc.

2. Estamos mortos para o pecado. Rm 6.11 “Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.”

Você morreu para o pecado quando nasceu de novo pelo Espírito (Jo 3.3-5). Você recebeu o poder de Cristo para resistir ao pecado (vs. 1 4- 1 8); para morrer diariamente para o pecado, aniquilando os maus desejos da carne (8.13) e vivendo uma nova vida em obediência a Deus (vs. 5-23).

Agora o velho homem foi crucificado com Cristo (Gl 2.20). Portanto, o cristão não é a mesma pessoa de antes de sua conversão; ele é uma nova criatura em Cristo (2ª Co 5.17).

1ª João 3.9 “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.”

3. É uma mudança de mente. Rm 12.2 “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, qual seja a boa e agradável e perfeita vontade de Deus.”

 A regeneração é uma mudança de pensamento ou uma mudança de opinião. E só pode ser verdadeiro se tiver uma genuína conversão e um verdadeiro arrependimento.

Conformar no original suschematizo que quer dizer: conformar-se com a mente e caráter de alguém; ao padrão de outro; moldar-se de acordo com.

Transformar é moldar a nossa mente e caráter segundo a Palavra de Deus, que é nossa regra de fé e de vida. É uma transformação de entendimento, uma metamorfose, ou seja, mudar a maneira de pensar, agir e viver, tendo a mente de Cristo (cf. 1ª Co 2.16). Devemos deixar os preceitos e injustiças do mundo, o pecado e a corrupção e viver segundo os padrões bíblicos.

4. Tornando-se uma nova criatura. 2ª Co 5.17 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

Ef 4.22-24 “Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano. E vos renoveis no Espírito do vosso entendimento. E vos revistais do novo homem, que segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade”.

Ef 2.1 “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados”. 

Cl 3.10 “E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.”

Sem esta milagrosa transformação espiritual, o pecador arrependido permanecia morto na sua natureza pecaminosa e incapaz de conhecer a Deus num relacionamento pessoal (1ª Co 2.14).

5. O novo nascimento é uma mudança de coração. Ez 36.25-27 “Então espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados: de todas as vossas imundícies e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardareis os meus juízos, e os observeis”.

Regeneração consiste em uma mudança radical da disposição governante da alma. O coração é uma vida interior com seus pensamentos, sentimos onde sentimos a emoção. É o centro da nossa vida interior e pessoal. É o nosso centro governante (Pv 4.23). O coração do não regenerado é perverso (Pv 12.8; Hb 3.12), rebelde (Jr 5.25), insensato (Rm 1.21), maligno (Pv 26.23) e endurecido (Mt 13.15).

Uma vez que o homem se volta para Deus, o seu espírito, alma e corpo, são restaurados segundo a “imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2ª Co 3.18b), ao propósito original de Deus, em cada pessoa que nasceu de novo.

9. É uma transladação espiritual. Cl 1.13 “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.”

V. OS RESULTADOS DEFINIDOS DO NOVO NASCIMENTO

1. Estabelecimento da justiça como prática de justiça. 1ª Jo 2.29 “Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.”

Um sinal da regeneração é que a pessoa é confirmada à vontade divina e que temos comportamento correto e moral aceitável a Deus.

2. Limpo de coração. Sl 24.3-5 “Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do SENHOR a bênção e a justiça do Deus da sua salvação.”

Quem há de permanecer no seu santo lugar? É a pergunta do salmista. O lugar onde Deus está já diz: “santo”, e para permanecer lá deve se santificar. Santidade e regeneração é necessário para ver a Deus (Hb 12.14; Jo 3.3-5). Aquele que é regenerado mostra através de seus atos: “puro, não entrega a sua alma a falsidade (adoração de outros deuses), e nem jura dolosamente”. Importante ressaltar que é necessário ter uma vida digna e conforme a verdade para entrar no lugar santíssimo de Deus.

3. Não peca mais. 1ª Jo 3.9 “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.”

1ª Jo 5.18 “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado.”

O apóstolo João diz que ninguém nascido de novo, deliberadamente e conscientemente, pratica habitualmente o pecado. Ele não pode viver pecando, não porque seja impossível pecar, mas antes “como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Rm 6.2).

4. Vitória sobre o mundo. 1ª Jo 5.18 “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado; aquele que nasceu de Deus o protege, e o Maligno não o atinge.”

João diz que: “aquele que é nascido de novo está constantemente vencendo o mundo. Isto é deve ser porque a luta está em progresso e o cristão recebe constantemente forças para vencer. Mas também ele diz que “e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”, ou mais literalmente: “esta é a vitória que vence o mundo uma vez para sempre, a nossa fé.

Como obter essa fé? Rm 10.17 “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. A Palavra de Deus, é o instrumento para que tenhamos fé. Pela Palavra Jesus venceu Satanás no deserto. (Mt 4.1-10).

Assim a pessoa regenerada goza de certos privilégios, como ser guardado (protegido) por Deus dos ataques do diabo.

5. Ama seu próximo. 1ª Jo 4.7 “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.”

O amor tem sua origem em Deus e pertence à esfera divina. João não está dizendo que qualquer pessoa que mostre amor é um filho de Deus, mas sendo que somos filhos de Deus, devemos estar amando aos outros porque este amor se origina com Deus.

6. Uma fé viva em Cristo. 1ª Jo 5.1 “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.”

Aquele que é nascido (gerado) de Deus, se refere a pessoas transformadas e renovadas pela fé, verdadeiramente crê que Jesus é o Cristo (Messias), e que também ama o que é gerado por Ele. Como todos os filhos de uma família amam seu pai em comum, assim deve ser na grande família da qual Deus é o Cabeça.

VI. OS TRÊS EFEITOS DA NOVO NASCIMENTO

1. Posicionais (adoção). Torna-se filho e beneficiário dos privilégios (Gl 4.1-7).

2. Espirituais (união com Deus). Mediante o Espírito Santo, resulta em novo caráter; crente deve manter contato com Deus, preservando e nutrindo sua vida espiritual (2ª Pe 1.4 e Rm 6.4).

3. Práticos. Pessoa nascida odiará o pecado, 1ª Jo 3.9 e 5.8; em obras de justiça, amor fraternal e vitória que vence o mundo.

Observação: Estamos sujeitos a falhar: (Não podemos habituar com o pecado, mas se pecarmos, não voluntariamente, de forma premeditada, temos o bom advogado (1ª Jo 2.1 e 3.9) Temos que vigiar e orar.

Pr. Elias Ribas - Dr. em teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

A DOUTRINA DA CONVERSÃO


O homem sem Jesus está morto em seus delitos, precisa ouvir o evangelho da salvação, precisa crer, arrepender-se e converter-se de seus pecados.

Salvação é obra de Deus para com o homem e não a obra do homem para com Deus. O homem é completamente incapaz e agradar a Deus por si próprio, pois leva sobre si a sentença da “morte espiritual”. Deus tomou a iniciativa da redenção, efetuando a provisão para a salvação, pela morte e ressurreição do Seu Filho, e deste modo ajudou o homem a aceitar esta provisão pelo poder do Seu Espírito Santo.

Somente uma coisa Deus não podia fazer ao promover a salvação: forçar o homem à aceita-la. Vem então a pergunta: “Que devo fazer para ser salvo?” A resposta é voltar-se para Deus com fé, tendo as mãos vazias, e Ele as encherá por sua misericórdia. Essa nossa ida a Deus implica rejeitar todo pecado, sem tentar obter a nossa salvação por esforços humanos. Significa abandonar todos os nossos pecados através de um total e sincero arrependimento. Este ato de rejeitar o pecado e aceitar a Deus como nossa salvação, é chamado conversão.

I.         A DEFINIÇÃO DA PALAVRA CONVERSÃO

“Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados” (At 3.19).

A palavra conversão no grego epistrophe, significa literalmente: “volver, voltar-se, virar e retomar; virar para a direção oposta”. É uma mudança voluntária da mente do pecador, qual ele vira para Cristo. De acordo com a Bíblia, esta palavra é usada para descrever a mudança total que ocorre na vida da pessoa que abandona o pecado e vem para Deus, para receber o perdão e libertação dos pecados. Conversão é uma mudança de pensamentos e opiniões, de desejos e vontades, que envolve a convicção de que a direção anterior da vida era insensata e errônea e altera todo o curso da vida. A conversão é o resultado do ato consciente do pecador pelo qual ele, pela graça de Deus, volta-se para Deus com arrependimento e fé (Is 31.6; Ez 14.6; 18.32; 33.9-11; Mt 18.3; At 3.19).

A conversão está muito relacionada com o arrependimento e a fé, pois andam juntos (At 3.19; 26.10). O arrependimento é a mudança interna, no coração; enquanto que a conversão é o abandono do pecado em relação com o mundo e suas concupiscências (1ª Jo 2.16). Enquanto o arrependimento refere-se à mudança total do homem e sua nova atitude para com Deus, a conversão expressa nova posição para com o mundo e o pecado. O homem que estava andando no caminho do pecado e da perdição (caminho largo), faz uma mudança de direção e passa a andar no caminho estreito que conduz a salvação (Mt 7.13-14). Na primeira pregação do apóstolo Pedro no dia do pentecoste ele disse: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados” (At 3.19). E sem está conversão não podemos entrar no reino do céu (Mt 18.3).

O segundo ato da conversão é a pessoa crer em Deus, voltando-se para Ele e abraçando a vida eterna: “Para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26.30).

A conversão pode ser ilustrada da seguinte forma: Imagine um homem andando num caminho que leva à destruição e condenação eterna causada pelo pecado. Quando ele é avisado do que vai lhe acontecer em breve, ele reconhece seu erro, e vira-se para a direção oposta. Em busca da justiça e da salvação. Todavia ele é salvo não somente porque deixou o caminho do pecado, mas porque ele se voltou para Cristo. Enquanto seu olhar permanecer na obra redentora de Cristo, ele estará salvo da destruição e condenação eterna: “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Is 45.22). “Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hb 12.2).

Na parábola do Filho pródigo (Lucas 15.17-20), Jesus deixou um grande exemplo de conversão e arrependimento:

1. O primeiro passo para salvação é reconhecer que é pecador. “Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome”.

2. Segundo passo foi sua decisão de retornar a casa se seu pai. “Levantar-me-ei, e irei ter com meu Pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante Ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros”.

3. O último passo foi o de agir, com o coração arrependimento e com fé. Podemos analisar que houve uma conversão sincera, pois ele “levantou-se”, deixou o “chiqueiro” do pecado e “foi para seu pai”, iniciando, uma nova maneira de viver.

Está história nos ensina outra verdade relacionada à conversão. Observe que o filho pródigo achava que seu pai estava zangado com ele e que teria que primeiro obter seu favor e perdão. O filho estava disposto a ser tratado como empregado e servo da família a fim de conseguir, aos poucos, o favor e as boas graças do pai.

Ainda hoje, muita gente faz penitencia, acende velas, cumpre as tradições e dogmas de sua igreja, maltrata seu corpo, procurando aplacar uma suposta ira de Deus. Tal atitude, embora pareça louvável, é realmente um insulto à graça de Deus e à obra consumada do Calvário. Deus já aplacou sua ira contra o pecado quando seu Filho morreu por causa dele (2ª Co 5.19-20). Tudo o que precisamos fazer agora, é irmos a Ele e aceitar o seu amor e perdão.

Observe que o pai do pródigo abraçou e beijou o filho, alegrando-se com sua volta, antes que o filho tivesse oportunidade de pedir um simples emprego (Lc 15.10-21). Afinal de contas ele não teve oportunidade de fazer este pedido, mas a ação de retornar arrependido fez com que o pai se compadecesse dele, restaurado à posição de filho. Fé e arrependimento são os elementos da conversão.

 “... deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro” (1ª Ts 1.9).


“....vos convertestes a Deus...”. Não são os santos que se convertem a si mesmos, no sentido de que se voltam ou se entregam, até que sejam persuadidos pelo Espírito Santo. Deus os converte, no sentido de que Ele de modo eficaz os atrai ou os persuade. Os santos se voltam, no sentido de que essa volta seja um ato próprio de cada um. Deus os converte, no sentido de que Ele os induz ou produz a sua conversão.

Pr. Elias Ribas