TEOLOGIA EM FOCO: OS MÚSICOS E O USO DE INSTRUMENTOS NO LOUVOR

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

OS MÚSICOS E O USO DE INSTRUMENTOS NO LOUVOR


Há muitos cuidados que o músico na igreja deve tomar para não quebrar a ética na Casa de Deus. Gostaríamos de citar aqueles que julgamos mais necessário.

Se os instrumentistas vão fazer solo, deverão o volume dos aparelhos numa altura que seja a ideal, confortável ao ouvido, e não abrir todo o volume, como muitos fazem, achando que todo mundo está gostando.

Com toda honestidade, muitas igrejas hoje aumentaram tanto o volume que dá para rachar a parede do prédio da igreja. A Bíblia nos ensina a louvar “ao Senhor com harpa, cantai a Ele com saltério de dez cordas….. tocai bem e com JÚBILO” (Sl 33.2-3). Mas, nesta época quando o som é amplificado eletronicamente e somos bombardeados por todos os lados, muitas vezes se torna impossível até pensar. Portanto, é a opinião deste autor que o uso de instrumentos musicais na adoração pública deve ser limitado em número – e com certeza o volume nunca deve chegar ao ponto de atrapalhar a adoração verdadeira que sobe do coração e da mente.

Se vão acompanhar, devem apenas acompanhar. Acompanhamento quer dizer executar em segundo plano. O que muitos fazem hoje, é abafar as vozes principais, que estão no primeiro plano. Isso é falta de sabedoria, de bom-senso. Significa que não há um responsável por isso, e que estão agindo de modo absoluto, como bem entendem. Significa que o dirigente deixou tudo à vontade, com a desculpa que isso é “liberdade no Espírito”, quando na realidade é desorganização do responsável. O instrumento não é para abafar a voz de quem canta, mas acompanhá-la.

A adoração não é para exibição do homem – não é para ele aparecer nem ser admirado por sua capacidade artística. Nunca se deve permitir que os instrumentos transformem a adoração em divertimento. Jamais devem interferir no caráter espiritual da adoração.

A música na Igreja, segundo a Bíblia, deve ter pelo menos três propósitos, a saber (Cl 3.16):
1. O propósito da adoração a Deus.
2. O propósito do louvor a Deus.
3. O propósito do serviço para Deus.

Podemos ter muita música na igreja, mas sem o propósito da adoração. Nesse caso, a nossa música será tão somente “metal que soa e sino que tine” (1ª Co 13.1). De todos os ministérios que integram o culto cristão, o que mais está sofrendo é o da música. Têm igrejas que os líderes perseguem os músicos, em vez de educá-los e orientá-los. Em outras, eles fazem como desejam, pois estão “louvando”.

Os músicos e dirigentes, precisam ter uma preparação musical, teórica e acima de tudo espiritual, para que o louvor possa atingir o coração de Deus.

Muitas música nas igrejas é simplesmente uma coisa qualquer, mas não é música espiritual, que arrebata, que transforma, que fala ao coração, que edifica, que inspira, que toca a alma, e não apenas os nossos ouvidos e sentimentos.

Não me refiro só à melodia, harmonia e ritmo. Não. Refiro-me também à letra, muitas vezes anti-bíblica, irreverente, filosófica. Isso é porventura “música de Deus”, como está escrito em 1º Crônicas 16.42? Porque acontece isso? Geralmente, porque seus autores não andam com Deus para d’Ele receberem a Palavra que edifica.

A música na igreja não deve apenas encher nossos ouvidos, mas muito mais o nosso coração, de modo que ela sirva de instrumento para Deus revelar e manifestar Sua presença em nosso meio. É isso que eu chamo de música como um serviço a Deus.

É necessário que cada igreja tenha um departamento de música sob a direção de alguém competente e escolhido pra isso, para coordenar todas as atividades musicais da igreja.

Enquanto a congregação canta dois ou três hinos em todo o culto, solistas, conjuntos, corais e bandas de metais canta e tocam cerca de 20 hinos (como já presencie)! Sim, em muitas igrejas, a congregação não canta mais ao Senhor por causa da desordem do culto.

Segundo as Escrituras, o incenso sagrado (que simboliza a oração e a adoração) era composto de vários ingredientes, mas todos de peso igual (Êx 30.34).

O Azeite vinha na frente (Êx 30.22-23). Depois o incenso (Êx 30.34-38). O azeite fala do Espírito Santo. A predominância do Espírito Santo na vida do crente e no ambiente leva a uma profunda e santa adoração.

Montagem e arrumação de instrumentos durante o culto é desorganização, bem como afina-los durante o culto. Preparem tudo antes do culto. Honrem a Deus, fazendo do seu culto um momento de encontro com Ele, e não uma miscelânea que ninguém sabe o que é.

A questão dos cantores é outro assunto bastante delicado, especialmente quando são de fora, embora com seus estilos peculiares, procuram deixar uma impressão de espiritualidade, quando muitas vezes não são. Geralmente são indisciplinados, autoritários, chegam quase sempre atrasados e, nesse caso, perturbam o culto.

Ele conversão durante o tempo em que não estão cantando, não dizem quantos hinos vão cantar, nem pedem permissão ao pastor para isso. Acham que, por serem cantores, tem a liberdade de fazerem o que querem. Onde está a humildade e as características de um verdadeiro ministérios de canto? Então, só porque sou cantor e vou adorar a Deus noutra igreja terei de cantar? Se os dirigentes não tomarem providências, não teremos outro elemento no culto a não ser a música, e nem isso, porque, como já vimos, é música sem unção, sem mensagem, sem graça divina, e muitas vezes sem nada!


Muitos hinos são como uma flor artificial: quase perfeita, mas sem vida, sem perfume, sem crescimento” [GILBERTO. Mensageiro da Paz. P. 15].

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